Em reunião realizada nesta terça-feira (5) com representantes da Secretaria Especial para o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), o presidente da Trensurb, Fernando Marroni, foi comunicado que a empresa será retirada do Plano Nacional de Desestatização (PND). Com isso, o governo cumpre uma promessa de campanha e afasta a possibilidade de privatização.
Foto: Arquivo/GES
Além de manter a gestão pública, o anúncio também confirmou que o plano de expansão do modal será para o trecho na cidade de Alvorada e região norte de Porto Alegre.
Em coletiva realizada no final da tarde desta terça, Marroni evitou estipular um prazo para a oficialização da retirada da empresa do PND bem como para os investimentos de expansão. “Tenho por critério não dar prazo nas questões públicas, porque a gente sempre acaba mordendo a língua.”
Presidente do Sindicato dos Metroviários (Sindimetrô RS), Luis Henrique Chagas, comemorou o anúncio. “Passamos dois anos do governo [de Michel] Temer, quatro anos do governo Jair Bolsonaro e agora mais de um ano do governo Lula, quer dizer, pressionando o governo para que fosse retirado do PND. Então, para nós, é uma grande vitória e a gente quer agora discutir o que nós sempre gostaríamos de ter discutido, que é a expansão do sistema.”
Estudos e formalização
A definição sobre como e quanto serão os investimentos de ampliação do Trensurb só será conhecida após a finalização dos estudos que estão sendo feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que também está avaliando a questão da integração tarifária.
“Tão logo termine os estudos o governo vai decidir como será feito o investimento e quando”, aponta Marroni. O presidente da Trensurb acredita que com os apontamentos do BNDES, serão viabilizados outros investimentos. “A partir da expansão para Alvorada e renovação da frota, a nossa perspectiva é que com a expansão a gente possa substituir os nossos trens mais antigos.”
Um anúncio semelhante já havia sido feito no ano passado, mas não havia tido avanço concreto. Mas para que a retirada seja concretizada é preciso que o Conselho Nacional de Desestatização aceite de forma unânime a decisão. “O secretário deve estar baseado nessa premissa que o governo fez. Concluímos uma etapa importantíssima que é a decisão de retirada e expansão para Alvorada”, reforçou Marroni falando da posição política do governo federal.
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