SERRA GAÚCHA
Trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão estão desnutridos e doentes
Cerca de 50 dos mais de 200 trabalhadores estão nestas condições. Nesta sexta (24), secretários de Estado foram a Bento Gonçalves
Última atualização: 16/01/2024 16:12
Conforme o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira, cerca de 50 dos mais de 200 trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão na cidade estão desnutridos e com problemas de saúde. Foram disponibilizados cobertores, comida, banheiros e chuveiros para os trabalhadores.
Na tarde desta- sexta-feira (24), o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Mateus Wesp, juntamente com representantes da secretaria, em Bento Gonçalves para prestar apoio aos trabalhadores. As vítimas foram localizadas por meio de uma ação conjunta entre Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na noite de quarta-feira (22), em um alojamento.
Além de jornadas exaustivas, as vítimas relataram aos órgãos que recebiam comida imprópria para consumo, eram mantidas vinculadas ao trabalho por supostas "dívidas" contraídas com o empregador e viviam em ambiente insalubre. Eles foram contratados por uma empresa terceirizada para a colheita da uva, que prestava serviço a produtores rurais e três vinícolas.
Ao chegar a Bento Gonçalves, Wesp se encontrou com o prefeito Siqueira e com o procurador-geral do município, Sidgrei Spassini. No encontro, Wesp comentou sobre as articulações da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) para apoiar as vítimas. Relatou ainda a conversa que teve, por telefone, com o secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, que se comprometeu em ajudar todos os trabalhadores a retomarem suas vidas no Estado.
O titular da SJCDH informou que conversou, ainda pela manhã, com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, e com representantes da Secretaria de Assistência Social. “Estamos à disposição para auxiliar em ações que podemos ajudar e queremos desenvolver na secretaria. Precisamos pensar na reinserção desses trabalhadores no mercado de trabalho e em políticas de acolhimento provisório até que eles possam voltar aos seus municípios”, detalhou Wesp.“A presença de vocês aqui já mostra a real preocupação do Estado com essa situação. O caso é grave. Temos solidariedade com esse pessoal que foi induzido para trabalhar aqui”, disse Siqueira.O procurador-geral está buscando uma maneira de disponibilizar transporte para o grupo retornar à Bahia. “O Ministério Público do Trabalho está tomando depoimentos. A situação no ginásio é temporária”, explica Spassini.
Além de Wesp, estiveram na prefeitura a secretária adjunta Caroline Moreira, a diretora do Departamento de Justiça, Vivine Viegas, o assessor de gabinete Eduardo Vaz e a diretora adjunta do Departamento de Políticas para Criança, Juventude e Adolescente da SJCDH, Olga Biffi. A comitiva contou, ainda, com a representante da Secretaria de Assistência Social, Angélica Frigo Rocha.
Grupo resgatado está alojado em ginásio
Conforme o secretário municipal de Esportes e Desenvolvimento Social, Eduardo Virissimo, foi montada uma estrutura de campanha com logística para o Ministério do Trabalho, alimentação, banho com a disponibilização de itens de higiene, equipe de saúde para atender os trabalhadores, equipe da assistência social para solicitação de documentos ou outros atendimentos e roupas através da Central do Agasalho do Gabinete da primeira-dama. O empréstimo dos colchões foi realizado pelo Exército.
"Assim que fomos informados da ação nos colocamos à inteira disposição das autoridades para ajudar no que for possível. Nós, enquanto administração, estamos cuidando do atendimento, da alimentação e da saúde dos trabalhadores resgatados, enquanto as forças federais se ocupam do trabalho de investigação."
Conforme o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira, cerca de 50 dos mais de 200 trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão na cidade estão desnutridos e com problemas de saúde. Foram disponibilizados cobertores, comida, banheiros e chuveiros para os trabalhadores.
Na tarde desta- sexta-feira (24), o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Mateus Wesp, juntamente com representantes da secretaria, em Bento Gonçalves para prestar apoio aos trabalhadores. As vítimas foram localizadas por meio de uma ação conjunta entre Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na noite de quarta-feira (22), em um alojamento.
Além de jornadas exaustivas, as vítimas relataram aos órgãos que recebiam comida imprópria para consumo, eram mantidas vinculadas ao trabalho por supostas "dívidas" contraídas com o empregador e viviam em ambiente insalubre. Eles foram contratados por uma empresa terceirizada para a colheita da uva, que prestava serviço a produtores rurais e três vinícolas.
Ao chegar a Bento Gonçalves, Wesp se encontrou com o prefeito Siqueira e com o procurador-geral do município, Sidgrei Spassini. No encontro, Wesp comentou sobre as articulações da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) para apoiar as vítimas. Relatou ainda a conversa que teve, por telefone, com o secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, que se comprometeu em ajudar todos os trabalhadores a retomarem suas vidas no Estado.
O titular da SJCDH informou que conversou, ainda pela manhã, com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, e com representantes da Secretaria de Assistência Social. “Estamos à disposição para auxiliar em ações que podemos ajudar e queremos desenvolver na secretaria. Precisamos pensar na reinserção desses trabalhadores no mercado de trabalho e em políticas de acolhimento provisório até que eles possam voltar aos seus municípios”, detalhou Wesp.“A presença de vocês aqui já mostra a real preocupação do Estado com essa situação. O caso é grave. Temos solidariedade com esse pessoal que foi induzido para trabalhar aqui”, disse Siqueira.O procurador-geral está buscando uma maneira de disponibilizar transporte para o grupo retornar à Bahia. “O Ministério Público do Trabalho está tomando depoimentos. A situação no ginásio é temporária”, explica Spassini.
Além de Wesp, estiveram na prefeitura a secretária adjunta Caroline Moreira, a diretora do Departamento de Justiça, Vivine Viegas, o assessor de gabinete Eduardo Vaz e a diretora adjunta do Departamento de Políticas para Criança, Juventude e Adolescente da SJCDH, Olga Biffi. A comitiva contou, ainda, com a representante da Secretaria de Assistência Social, Angélica Frigo Rocha.
Grupo resgatado está alojado em ginásio
Conforme o secretário municipal de Esportes e Desenvolvimento Social, Eduardo Virissimo, foi montada uma estrutura de campanha com logística para o Ministério do Trabalho, alimentação, banho com a disponibilização de itens de higiene, equipe de saúde para atender os trabalhadores, equipe da assistência social para solicitação de documentos ou outros atendimentos e roupas através da Central do Agasalho do Gabinete da primeira-dama. O empréstimo dos colchões foi realizado pelo Exército.
"Assim que fomos informados da ação nos colocamos à inteira disposição das autoridades para ajudar no que for possível. Nós, enquanto administração, estamos cuidando do atendimento, da alimentação e da saúde dos trabalhadores resgatados, enquanto as forças federais se ocupam do trabalho de investigação."
Na tarde desta- sexta-feira (24), o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Mateus Wesp, juntamente com representantes da secretaria, em Bento Gonçalves para prestar apoio aos trabalhadores. As vítimas foram localizadas por meio de uma ação conjunta entre Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na noite de quarta-feira (22), em um alojamento.
Além de jornadas exaustivas, as vítimas relataram aos órgãos que recebiam comida imprópria para consumo, eram mantidas vinculadas ao trabalho por supostas "dívidas" contraídas com o empregador e viviam em ambiente insalubre. Eles foram contratados por uma empresa terceirizada para a colheita da uva, que prestava serviço a produtores rurais e três vinícolas.