Bastou dez minutos de chuva forte na tarde deste sábado (2) para que moradores da parte baixa da Rua Odon Cavalcante, no Bairro Canudos, em Novo Hamburgo, voltassem a enfrentar problemas relacionados ao transbordo do valão que passa pelo local. Ao menos 20 residências próximas ficaram inundadas com a cheia do córrego no final da rua, próximo a Avenida dos Municípios.
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Apesar de a água ter escoado rápido do interior de praticamente todos os imóveis, o lodo e o odor permaneceram. Segundo os moradores, o problema ocorre há mais de dois anos e começou a partir de uma obra realizada pela Prefeitura de Novo Hamburgo.
O mestre de obras Maicon Felício Bueno, 37 anos, mora no local desde os dois anos de idade. Ele conta que o valão era aberto, largo e com um escoamento que nunca gerou transtornos. “Desde que fecharam o córrego no final da rua, e colocaram canos muito pequenos, sempre que ocorre uma pancada de chuva mais forte, o arroio transborda”, explica.
Bueno garante que os moradores não aguentam mais conviver com a situação e esperam providências da Prefeitura. “Semana passada teve um pessoal da Prefeitura aqui, como já estiveram outras vezes. O que a gente quer é uma solução, não desculpas e visitas para ver o que ocorreu”, frisa.
“Quero que venham dormir uma noite no molhado”
Com as constantes inundações, o profissional autônomo Daniel Fernando Hermes, 59 anos, está revoltado. “Quero que venham [gestores públicos] dormir uma noite no molhado, como estou há meses”, desabafa. Com água de esgoto até a altura da canela dentro de casa, Hermes afirma que não tem mais ânimo para comprar móveis novos para sua residência.
Desde setembro, quando iniciou o período chuvoso no Estado, o morador destaca que está com a casa úmida. “Não dá tempo de secar. O que eu tinha dentro de casa, perdi tudo. Vivo sobre tábuas, que hoje estão ali, boiando”, relata.
Morador da Rua Odon Cavalcante há 12 anos, ele confirma o relato de vizinhos sobre a origem das constantes inundações. “Criaram um problema que não existia, e desde então estamos vivendo nesse estresse”, pontua.
A Secretaria de Obras (Semopsu) informou, via assessoria, que estuda uma solução para minimizar a situação na localidade.
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