ENCHENTE
TEMPORAL: Força da água arranca asfalto sobre ponte; há famílias ilhadas em Rolante
Avenida Anexação, principal acesso à localidade de Rolantinho e ligação ao município de Santo Antônio da Patrulha, foi destruída
Última atualização: 19/11/2023 16:20
A forte chuva que atingiu o Rio Grande do Sul entre a madrugada de sexta-feira (17) e a manhã de sábado (18) ainda gerava transtornos a motoristas em Rolante neste domingo. A Avenida Anexação, principal acesso à localidade de Rolantinho e ligação ao município de Santo Antônio da Patrulha, foi destruída.
A força da água foi tão grande que levou parte do asfalto sobre a ponte que liga a região à Fazenda Fleck, onde cerca de 30 famílias estão isoladas.
Ninguém se feriu. De acordo com a Defesa Civil, choveu 140mm em 24 horas na cidade. “Não é comum, porque a água subiu muito rapidamente, pegando toda a comunidade de forma inesperada”, afirma o coordenador da Defesa Civil do município, Gustavo Madruga da Rosa.
O trecho foi isolado e sinalizado
Enquanto aguardam os reparos, motoristas que seguem em direção a Rolantinho ou Santo Antônio da Patrulha precisam fazer um desvio de cerca de um quilômetro de estrada de chão batido. Com isso, condutores precisam ficar atentos para evitar acidentes.
Bairros isolados
Conforme Rosa, outras duas localidades seguem com acessos interrompidos devido ao deslizamento de terra. “Os casos mais preocupantes são o bairro Maragata, que segue sem luz, onde residem cerca de 50 famílias, e o Glória que está sem água.”
Dia de limpeza
Moradores de Rolante começaram o domingo conferindo os estragos provocados pela enchente. Com a chuva, casas e estabelecimentos comerciais foram alagados. Em um atelier de calçado, no Centro da cidade, o dia é de mutirão de faxina.
Conforme o empresário Leandro Born, 50, os funcionários que não tiveram suas casas atingidas pela água se reuniram no início da manhã com vassouras, rodos e lava jato para ajudar na limpeza da fábrica. “Já temos, infelizmente, uma certa experiência com enchentes, mas desta vez a água subiu muito rápido e mesmo elevando as máquinas, em cima de caixotes, não conseguimos evitar os estragos”, relata o empresário.
Ele afirma que enfrenta a oitava enchente em um ano e meio. “Quando a gente começa a se recuperar, começa tudo outra vez”, lamenta, mostrando na parede da fábrica a marca onde a água atingiu.
No balanço preliminar, pelo menos duas esteiras estragaram devido à água ter atingindo os motores dos equipamentos. “O prejuízo deve chegar na casa dos 6 mil reais.”