O temporal que atingiu a região no fim da tarde desta quinta-feira (26) causou estragos em Taquara, no Vale do Paranhana. De acordo com a prefeitura do município, foram registrados alagamentos, destelhamentos, queda de árvores e de barreiras.
No Centro da cidade, um posto de gasolina perdeu parte do telhado. Também na área central, a Rua Rio Branco ficou alagada e um prédio da Rua Ernesto Alves foi detelhado durante a passagem do vento. De acordo com prefeita Sirlei Silveira, houve também falta de energia elétrica pela cidade.
Equipes da Defesa Civil Municipal, da Secretaria de Obras e da Diretoria de Trânsito trabalhavam até a noite desta quinta para atender a população, junto com a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros. Conforme a administração, a prioridade é a desobstrução de vias e entrega de lonas.
O Observatório Espacial Heller & Jung, localizado na cidade, relatou que, além da chuva forte, os ventos que atingiram Taquara passaram dos 80km por hora. Segundo a MteSul Meteorologia, na estação meteorológica da Faccat, que também fica em Taquara, o que chamou atenção foi a temperatura: à tarde, a máxima chegu a 38,6 graus.
Os meteorologistas da instituição ressaltam que, ao observar os vídeos de moradores que circulam pelas redes sociais, pode ser possível indicar que o vento se aproximou, ou até passou, dos 120 quilômetros por hora. Isto, de acordo com eles, reforça a hipótese de que a cidade foi atingida por um downburst.
De acordo com a MetSul, o fenômeno é caracterizado por uma “corrente descendente de vento violenta” que, por conta da velocidade que pode atingir, tem a capacidade de produzir estragos tão graves quanto os de um tornado. Um microexplosão atmosférica como essa já atingiu Novo Hamburgo em 2014, também no fim do mês de janeiro. Na época, a temperatura na cidade antes do temporal era de 37 graus. Há cerca de um ano, a cidade de Guaíba, na região metropolitana, também foi atingida por um downburst.
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