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ALTO RISCO

TEMPESTADE: Muita chuva, granizo e rajadas de vento chegam com temporais nesta terça no RS

Previsão é que tempestade chegue no Estado ainda durante a terça-feira e vá em direção ao oceano até a quinta-feira

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Publicado em: 16/01/2024 às 13h:54 Última atualização: 16/01/2024 às 14h:35
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O alerta para a onda de tempestades que chega ao Rio Grande do Sul nesta terça-feira (16) foi reforçado pela MetSul Meteorologia. A previsão é que a chuva chegue durante a tarde e fique até parte de quinta-feira (18) em diferentes regiões. Há pelo menos três avisos para temporais no Estado, emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Defesa Civil do RS.

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Região metropolitana de Porto Alegre está no ponto de mais alto risco para chuvas excessivas | abc+



Região metropolitana de Porto Alegre está no ponto de mais alto risco para chuvas excessivas

Foto: Carlos Prestes Reinheimer

Começando na Argentina, passando pelo Uruguai, o tempo severo chega ao Estado com chuvas elevadas a excessivas, tempestades com raios e vento, queda de granizo, além de vendavais intensos com rajadas acima de 100km/h. Há possibilidade de danos, segundo a MetSul.

Os acumulados isolados podem ter de 100 a 200 milímetros até quinta, mas há possibilidade de cidades terem marcas de 200 a 300 milímetros. A região metropolitana de Porto Alegre, a mais densamente povoada do Estado, está na área de mais alto risco para volumes extremos.

Segundo dados, a previsão é que a chuva de dois meses caia em apenas dois dias em algumas cidades do RS. Um evento climático extremo em janeiro de 2024 já era previsto e pode ser este. As condições desta onde serão propícias a “inundações repentinas, alagamentos, cheias de rios, transbordamento de córregos, deslizamentos de terra e queda de barreiras”.

Granizo pode cair, mas a maior ameaça é o vento. Vendavais podem causar danos, já que as rajadas serão fortes, podendo passar dos 100 km/h em certos pontos do RS. Quedas de árvores e postes, destelhamentos e falta de luz são alguns dos estragos possíveis.

Como a tempestade passa pelas regiões

Os locais mais afetados por temporais severos serão sul, oeste, centro e parte do leste nesta terça. Na quarta, instabilidade atinge todas as regiões.

A terça iniciou ensolarada em todo Rio Grande do Sul, com temperaturas elevadas, mas o tempo na oeste e a fronteira com Uruguai começa a mudar. A instabilidade viaja para a campanha e o sul, com a precipitação localmente extrema e possibilidade de temporais fortes a severos, com granizo e rajadas de até 100 km/h.

Do final da tarde até madrugada de quarta-feira (17) é quando as coisas pioram muito no oeste e sul, parte do centro e leste do Estado. As regiões de Pelotas, Jaguarão, Rio Grande e Bagé são as que mais preocupam, tendo excesso de chuva e risco de ventos intensos em diferentes pontos no período.

Do sul, as tempestades se deslocam por parte do leste. O calor intenso das demais regiões pode formar nuvens isoladas, carregadas com temporais ainda na segunda metade desta terça-feira. Em locais do norte e noroeste, a instabilidade pode chegar somente na quarta.

Ainda não se sabe em que momento as tempestades chegam na região metropolitana de porto alegre, podendo ser desde fim da tarde de terça até a madrugada de quarta. Entretanto, com o calor intenso que faz na área, o risco para temporais com vento forte e chuva intensa no começo da virada de tempo é alto.

Durante a quarta-feira, outra baixa pressão reforça a instabilidade na maioria das regiões do Rio Grande do Sul, trazendo precipitações intensas, com raios e risco de temporais com vento.

A previsão é que o pior da instabilidade no Estado se concentre entre a tarde de terça e ao longo de quarta. Na quinta, ainda pode ter chuvas ocasionais fortes no norte e noroeste, mas o resto do RS vê o tempo melhorar ao longo do dia com a presença do sol. Já na sexta-feira (19), nuvens e chuvas isoladas podem aparecer por conta do calor, mas ainda terá o sol presente. No fim de semana, tempo firme predomina com temperaturas agradáveis e dias ensolarados.

Formação

Duas baixas pressões ajudam a formar as áreas de tempestades poderosas entre Argentina, Uruguai e RS. Uma vem do Chile em níveis de atmosfera médios e altos, chegando até o Estado. Outra sai do nordeste do país argentino, com potencial de alto impacto devido a péssimas condições atmosféricas.

Diferente de nuvens carregadas de chuva, formadas pelo calor durante o verão, um sistema de grande escala atua e, no lugar de precipitação isolada, vem com um alto potencial de volumes excessivos e tempo severo, com riscos.

Semelhança com 2010

Em janeiro de 2010, uma tempestade causou grandes estragos no Rio Grande do Sul, também em época de El Niño. Altos volumes de chuva atingiram o centro gaúcho, além de ter acontecido o desastre da ponte em Agudo. O momento é semelhante e as condições serão propícias a “inundações repentinas, alagamentos, cheias de rios, transbordamento de córregos, deslizamentos de terra e queda de barreiras”.

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