Uma casa inteira veio abaixo na localidade do Moquém, no Distrito de Rio da Ilha, interior de Taquara, ao ser atingida pelo vendaval que assolou parte do Vale do Paranhana na noite desta terça-feira (16). O local atingido fica às margens da RS-239, a caminho de Rolante, outra cidade bastante afetada pela tempestade.
As paredes da casa, estilo cabana, desmoronaram e ficaram espalhadas pelo pátio, assim como o telhado. Móveis, eletrodomésticos, entre outros objetos que estavam no interior da residência, foram encontrados em um potreiro a 100 metros de distância de onde estavam.
Além da cabana, no mesmo terreno há um galpão e um quiosque, que também foram danificados e tiveram os telhados arrancados. Pela manhã, os donos da propriedade chegaram para iniciar a limpeza do local sem saber por onde começar.
A suspeita é de que uma telha do galpão tenha voado e quebrado a fachada da cabana, que era totalmente de vidro. “Depois o vento embocou dentro da casa e levou tudo embora”, conjectura Maria Inês Marques da Silva, 48 anos.
“Estamos em choque”
Nesta manhã, a dona de casa contava com a ajuda do filho Everton Vinicius da Silva Maciel, 18, para recolher pedaços de telhas, madeiras e do que sobrou da casa. “Estamos em choque, não sabemos o que falar”, disse.
Não havia ninguém no local no momento do desastre. A família, que atualmente reside em Igrejinha, preparava o local para fazer a mudança. “Já éramos para estar morando aqui, mas acontece que algumas coisas atrasaram e, no fim, tivemos ‘sorte’, pois se a gente estivesse dentro da cabana, teríamos voado junto e talvez nem vivos estaríamos”, narra.
No último final de semana, a família fez os últimos ajustes na casa para preparar a mudança definitiva, mas o resultado da tempestade desta terça-feira muda o destino da família. “Ainda eu fico com o sentimento de gratidão por não ter acontecido nada com a gente. Deus é bom e sabe das coisas”, colocou.
Na casa ao lado
No terreno ao lado, o vento também provocou estragos em duas casas e em um salão de festas. Telhas foram levadas e o vento chegou a deslocar uma porta de correr. “Meu marido escorou uma mesa e ficou por uma hora segurando para essa porta não cair. Chegou a desprender ela da parede”, revela a empreendedora Giovana Oliveira, 56.
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