O Rio Grande do Sul sente os efeitos, desde a noite de segunda-feira (29), da atuação de um potente sistema quase estacionário conhecido na meteorologia como “V invertido”. As regiões cobertas por esta área têm chuva extrema e um temporal atrás de outro.
Imagens de satélite mostravam, no começo da semana, nitidamente o “V invertido”. Na ocasião, extremidade do V estava entre a região central do Estado e a Fronteira Oeste. As duas linhas se “abriam”, uma em direção à Lagoa dos Patos e outra em direção à Serra.
“É dentro da área do ‘V invertido’ que estava ocorrendo a chuva mais intensa, ou seja, as regiões Centro-Oeste, Centro, Vales, Região Carbonífera, Grande Porto Alegre e parte da Serra e do Litoral Norte”, diz a meteorologista Estael Sias, da MetSul Meteorologia.
Segundo Estael, estes sistemas de tempestade em forma de “V” ocorrem a partir do chamado cisalhamento positivo do vento, ou seja, da divergência de vento em altitude. “As tempestades são formadas por diversas células, próximas umas das outras, e em diferentes estados evolutivos”, resume.
“As tempestades surgem na ponta do V, no Oeste, a todos momento, e avançam para os dois ramos do V, ou seja, para o Centro e o Leste do território gaúcho, despejando grandes quantidades de chuva à medida que as nuvens carregadas não param se formar e avançar por uma mesma área, como um “trem de células de chuva forte e temporais”.
É por isso que choveu muito nas últimas em alguns pontos do Estado e pouco em outros.
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