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INSTABILIDADE INTENSA

TEMPESTADE: Entenda o que torna sistema que atinge RS tão perigoso

Sistema pode chegar no RS com temporais severos, queda de granizo, chuvas excessivas e ventos de até 100 km/h

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Publicado em: 16/01/2024 às 17h:25
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O sistema de tempestades que atinge o Rio Grande do Sul nesta terça-feira (16) até meados de quinta-feira (18), quando vai em direção ao oceano, pode chegar com temporais severos, queda de granizo, chuvas excessivas e ventos de até 100 km/h. Mas por qual razão fenômeno é tão perigoso?

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Instabilidade atinge o RS ainda nesta terça-feira  | abc+



Instabilidade atinge o RS ainda nesta terça-feira

Foto: Arquivo/GES

O cenário é complexo, segundo a MetSul Meteorologia, e envolve mais de um fenômeno. Tudo começa na Argentina, nos Andes chiles e na região de Mendonza, onde uma baixa pressão atmosférica de níveis alto e médio – uma baixa fria – avança para o centro durante a terça.

Incomum – e perigoso – no verão

Esse tipo de sistema é comum durante o outono, onde avança do oeste para o leste da América do Sul e causa chuva no deserto do Atacama, seguido de tempestades e formação de ciclones no centro do continente. Mas não no verão, onde acaba sendo mais perigoso.

Chegando em janeiro, o período mais quente do ano, o sistema fica sob um ar tropical aquecido e instável, com uma corrente, de forte a intensa, de jato em baixos níveis trazendo um ar muito quente. Essa corrente, quando interage com a baixa fria em um nível alto ou médio, potencializa o risco de fenômenos severos, com chuva intensa e temporais destrutivos em certos pontos.

A baixa pressão, acompanhada de um ar mais frio, encontra a atmosfera aquecida, formando nuvens “extremamente carregadas” na Argentina, Uruguai e no Rio Grande do Sul. Assim, a onda de tempestades tem origem. Mas não é o fim.

No nordeste da Argentina, avançando para o RS nesta quarta-feira (17), uma segunda baixa pressão em superfície se aprofunda. Isso acaba reforçando a instabilidade, com chuvas fortes e intensas em grnade parte do Estado.

Ou seja:

Primeiramente, uma área de baixa pressão atmosférica em nível médio e alto avança dos Andes chiles para o oeste e centro da Argentina, seguindo em direção ao Uruguai até chegar no RS. Essa baixa continua até o oceano, onde atinge com chuvas.

Depois, uma segunda baixa vai do nordeste da Argentina até o RS, o que potencializa a instabilidade.

Enquanto isso, existe uma intensa corrente avançando pelo norte do país argentino para Uruguai e Estado, trazendo um ar muito quente, que serve como combustível para a instabilidade já em potencial.

Riscos

A junção de todas acaba por aumentar o risco para chuvas com volumes extremos, temporais severos, quedas de granizo e vendavais, com grandes chances de causar danos como destelhamentos, queda de árvores, alagamentos e até falta de luz em pontos variados do Rio Grande do Sul.

Avisos

Há pelo menos três avisos para temporais no Estado, pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e pela Defesa Civil do RS. Além disso, cidades gaúchas também estão alertando a população dos possíveis riscos e onde encontrar ajuda especificamente nos municípios.

Em caso de emergências, é recomendado usar os telefones 190 e 193, do Corpo de Bombeiros. Para contatar a Defesa Civil do RS, é preciso ligar para o 199.

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