INSTABILIDADE INTENSA

TEMPESTADE: Os prejuízos registrados em cidades do interior gaúcho após primeira onda do temporal

Conforme a MetSul Meteorologia, há possibilidade que o acumulado de chuva esperado para um mês seja atingido em um dia em parte do RS

Publicado em: 16/01/2024 21:28
Última atualização: 17/01/2024 03:07

A tempestade que deve atingir fortemente todo o Rio Grande do Sul entre esta terça (16) e quarta-feira (17), já causa estragos em algumas regiões gaúchas. A chuva e os ventos intensos avançaram do Uruguai e Argentina para o Oeste e o Sul do Estado. 

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Estragos em Dom Pedrito Foto: PRF

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Nos países vizinhos, houve queda de árvores sobre casas e automóveis, destelhamento de casas e desabamento de estruturas. O Instituto Uruguaio de Meteorologia chegou a registrar rajadas de vento de 138 quilômetros por hora em Mercedes. O evento foi atribuído pelo órgão do Uruguai a um fenômeno conhecido como microexplosão, que é uma corrente de ventos descendente que pode produzir rajadas tão intensas quanto a de um tornado.

Conforme a MetSul Meteorologia, entre o fim da tarde e começo da noite desta terça, imagens de radar já mostravam áreas de intensas instabilidades, com fortes tempestades em alguns pontos, se deslocando por parte do Estado à medida que as nuvens de temporais avançavam do Uruguai e da Argentina para o território gaúcho.

Durante a tarde, houve registro de fortes temporais em cidades do Oeste e da Campanha, com chuva intensa, vendavais e granizo de variado tamanho.

Até as 19 horas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já havia registrado rajadas de vento de 80 quilômetros por hora em Dom Pedrito, cidade localizada na fronteira com o Uruguai. No mesmo horário, também já era registrado acumulado de chuva de 77 milímetros no município. 

Em Santana do Livramento, em pouco tempo, a chuva forte causou alagamentos e inundações. Uma geladeira chegou a ser arrastada pela correnteza na área central da cidade. O grande volume de chuva acabou atingindo atingiu a metade da média do mês no município. Apenas entre as 16 e 18 horas, o Inmet apontou acumulado de chuva de 50 milímetros.

Em Santa Maria, no Centro do Estado, foram registrados na região central da cidade, além de destruição de parte da estrutura de uma farmácia e de um posto de gasolina. Moradores relatam falta de energia e semáforos desligados em vários bairros.

 

Trânsito já é afetado

Em Dom Pedrito, o vento fez com que galhos ficassem espalhados pela BR-293. Por volta das 18 horas, um cabo também estava na pista, no quilômetro 277, e a companhia de energia elétrica responsável já trabalhava para retirá-lo. Os postes, no entanto, caíram dentro de uma propriedade.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) alerta sobre o acúmulo de água sobre a pista e alto risco de queda de árvores, não recomendando viagem pela rodovia na cidade.

Já na BR-158 e na BR-153, em Santa Maria, até as 20h30, havia pontos de bloqueios por quedas de árvores, além do registro de temporal com ventos fortíssimos. Equipes da PRF já trabalhavam no local.

Nas rodovias estaduais, foram totalmente bloqueados os seguintes trechos: o quilômetro 37 da RS-130, em Venâncio Aires, devido à erosão da pista; o quilômetro 22 da RS-431, em São Valentim do Sul, após a ponte ceder; e o quilômetro 23 da RS-448, em Nova Roma do Sul, por conta da queda de uma ponte metálica. 

Além disso, há bloqueios parciais no quilômetro 29 da RS-420, em Aratiba; no quilômetro 5 da RS-491, em Marcelino Ramos; no quilômetro 25 da RS-431, em São Valentim do Sul; e no quilômetro 11 da VRS-826, em Alto Feliz.

Essas situações eram registradas pelo menos até as 21h30 desta terça-feira.

 

Risco de temporais continua nesta quarta-feira

"A MetSul Meteorologia alerta que a instabilidade avança pelo Rio Grande do Sul nesta noite e madrugada, atingindo a maioria das regiões, podendo causar chuva forte a intensa e temporais em diferentes pontos com risco de vendavais", diz a empresa.

 

Apesar do granizo, a maior ameaça é de vendavais. Mas o grande risco meteorológico desta quarta no Estado é a chuva, já que os acumulados podem ser altos em muitas cidades gaúchas, conforme alerta o portal meteorológico. "Várias cidades devem anotar apenas na soma de hoje à noite e da quarta acumulados de 50 milímetros a 100 milímetros, mas em parte do Estado há possibilidade de marcas de 100 milímetros a 200 milímetros, ou seja, chover um mês ou um mês e meio inteiro em apenas um dia."

Assim, o alerta é para a possibilidade de inundações repentinas, alagamentos, cheias de alguns rios, transbordamento de córregos, deslizamentos de terra e queda de barreiras.

 

Como fica o tempo?

Especialmente no começo do quarta-feira, Porto Alegre e a região metropolitana vão estar na área de risco, com a previsão de chuva forte. A tempestade, que deve ser de moderada a forte, com risco de pancadas torrenciais durante o dia, deve vir acompanhada de raios e trovoadas.

A instabilidade, contudo, estará presente em todo o território gaúcho. Não deverá fazer calor na maior parte do Estado e risco de temporais e ventos fortes é mais intenso até a primeira metade do dia. De modo geral, a quarta-feira deve ser de muitas nuvens e chuvosa.

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