Três companhias de saneamento, que atendem a maior parte da população do Vale do Sinos, Paranhana, Caí e arredores, estão retomando, neste mês, a cobrança das tarifas sociais para os moradores em comprovada situação de vulnerabilidade social.
Um destes casos é do casal Iraci e João Lacorte, ambos de 79 anos, moradores do bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo. “De julho para cá, nós estamos pagando.”
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A conta mensal havia sido suspensa por 180 dias para aqueles que tiveram a casa atingida pela enchente de maio. Já aqueles não cadastrados em programas sociais, a cobrança retornou em julho.
Um destes casos é do casal Iraci e João Lacorte, ambos de 79 anos, moradores do bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo. “De julho para cá, nós estamos pagando.”
“Ajudou muito (aquele período sem cobranças), podíamos comprar alguma coisa a mais com o dinheiro que pagaríamos a conta, economizamos cerca de 400 reais”, comenta Iraci. Na casa deles, a água da enchente de maio ultrapassou a parte de cima da janela, alcançando quase dois metros dentro da residência.
Durante a visita ao bairro, a reportagem ouviu relatos de que o valor da tarifa teria aumentado após a retomada das cobranças por parte da Comusa. Questionada, a empresa hamburguense afirmou que “os valores cobrados nas faturas mais recentes estão dentro da média do consumidor no último ano, sem qualquer alteração significativa em ambos”.
As companhias, em movimento semelhante, concederam isenção da tarifa para cada residência atingida pela enchente: 60 dias para famílias que não pagam a tarifa social e 180 dias para moradores inscritos em programas sociais, como o CadÚnico. Desde julho, a cobrança foi retomada para grande parte da população.
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Leituras do consumo
De acordo com a Comusa, no período em que as cobranças não ocorreram, foram beneficiados 9.870 imóveis, o que gerou uma economia para os moradores no valor de R$ 3,447 milhões.
Durante o período, leituras regulares foram realizadas em cada endereço, e a conta de novembro será respectiva ao total consumido desde a última verificação. Desta forma, a empresa garante também que não haverá situações em que um valor desproporcional ao consumo será cobrado, tanto acima quanto abaixo.
Sem ampliação do prazo
A Aegea Corsan também retomou a cobrança em julho para as famílias não inscritas em programas sociais, e a volta da tarifa social será em novembro. Não há movimento para ampliação do prazo de isenção, conforme acertado na iniciativa junto ao Ministério Público e a Defensoria Pública. Foram beneficiados 906 mil imóveis em 64 municípios e o valor total que deixou de ser arrecadado não foi informado.
A empresa também disponibiliza canais de contato para que os clientes possam resolver dúvidas quanto a volta das cobranças. São eles o aplicativo Corsan (no telefone celular), site www.corsan.com.br (na Unidade de Atendimento Virtual), ligações gratuitas pelo 0800-646-6444 ou WhatsApp (51) 99704-6644. Pode também ser procurada a loja da Companhia mais próxima para verificação.
Já o Semae, que presta os serviços em São Leopoldo, informou que também retornará com a cobrança em novembro para as famílias inscritas na tarifa social. De acordo com a companhia, a leitura dos hidrômetros é realizada normalmente desde junho e caso surgir alguma divergência, a população pode buscar os canais de atendimento da empresa. Ao todo, a companhia deixou de arrecadar R$ 1.792.713,03 com a não cobrança, que beneficiou 94.546 residências entre sociais e regulares.
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