A Prefeitura de Cachoeirinha, foi alvo, na manhã desta sexta-feira (7), de mandados de buscas e apreensão do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). A ação foi motivada por investigações que apuram a ocorrência de sobrepreço e superfaturamento na aquisição de cestas básicas por parte do poder público. Os alimentos seriam encaminhados para vítimas das enchentes.
Além das instalações da prefeitura, a casa do prefeito Cristian Wasem (MDB) também foi objeto dos mandados de busca. As residências de empresários e empresas envolvidas na compra e venda dos produtos, foram outros locais com a presença do MPRS e agentes da Polícia Civil.
Essa foi a segunda vez em que a residência de Wasem foi alvo de cumprimento de mandados em 2024. A primeira ocorreu em março deste ano.
As ordens para o cumprimento das ações foram expedidas pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Constam como investigados, agentes públicos e particulares, todos envolvidos nas contratações emergenciais suspeitas.
Reportagem de Giovani Grizotti, da RBS TV, mostra que itens foram adquiridos por valores exorbitantes.
Alguns apresentam diferença de até 400% nos preços praticados no mercado ao cobrado pela empresa.
Durante a reportagem, a prefeitura afirma que houve um erro no momento do lançamento das notas, mas que nenhum dos valores foi realmente pago e a compra acabou suspensa. Uma sindicância interna foi aberta para esclarecer a situação.
As investigações são conduzidas pela promotora de Justiça Letícia Elsner Pacheco, sob a coordenação do procurador de Justiça Fábio Costa Pereira, coordenador da Procuradoria da Função Penal Originária.
LEIA TAMBÉM