REPRESENTATIVIDADE
SUPER BUBY: Super-heroína negra criada na região vai protagonizar série infantil
Publicitário e diretor criativo responsável pela produção trabalha com criação de personagens, clipes e shows, inclusive para o influenciador Luccas Neto
Última atualização: 02/10/2024 09:58
O publicitário e diretor criativo Marcelo Monegal procurou uma entidade da região para apresentar a ideia de uma série infantil. A parceria deu tão certo que o projeto foi contemplado em edital da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac/RS) e o roteiro está em desenvolvimento para chegar às plataformas de streaming.
A produção audiovisual chama-se Super Buby, nome da super-heroína negra, representada por uma adolescente de 16 anos, responsável em deixar uma mensagem de sustentabilidade e inclusão para crianças que futuramente irão assistir.
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O desenvolvimento da obra seriada é do Instituto Pró-Cidadania (IPC), uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos de Taquara, contemplada com recursos do edital da Lei Paulo Gustavo 16/2023, da Sedac/RS. A Super Buby foi criada por Monegal, conhecido como Bozó. Ele procurou o IPC, fundado em 2003 como Escola de Samba Mocidade Independente Jardim do Prado e transformado em instituto em 2019, para levar a ideia adiante. A associação, por sua vez, sugeriu que a personagem fosse negra e o publicitário topou.
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Ao todo, serão seis episódios de 22 minutos cada nessa primeira temporada. Neles, serão abordadas questões sobre representatividade, sustentabilidade e diversidade. Bozó conta que trabalha com criação de personagens, clipes e shows, inclusive para o influenciador Luccas Neto.
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"Eu tenho uma filha e pensei em deixar algo para ela. Sei criar e dirigir, então, resolvi produzir algo que diga o que quero. Por que não criar um entretenimento que passe uma boa mensagem de aprendizado, já que as crianças gostam tanto de assistir? Eu realmente quero que a minha filha Maitê assista algo de qualidade com bons valores", salienta o publicitário. Foi aí que nasceu a Super Buby.
Representatividade
A coordenadora geral do IPC, Vanessa Sanches, destaca que em consultas realizadas não foi encontrada uma super-heroína negra de série infantil criada no Brasil.
"Nesse projeto vimos que era uma oportunidade de trazer a representatividade de uma geração de crianças, onde se trabalha a diversidade, combate ao racismo e coloca em posição de destaque uma pessoa negra. Essa foi a minha colaboração no projeto, que queremos que seja pioneiro no Brasil", frisa Vanessa, acrescentando a decisão foi de muita alegria dos associados do IPC, dos quais 90% são negros.
Saiba mais sobre a história
O publicitário explica que a série infantil contará a história de uma super-heroína, que vive no planeta Celestia, desenvolvido de forma sustentável e onde há respeito aos seres humanos e aos animais. "Esse planeta, no entanto, recebe o alerta de que a Terra não está se desenvolvendo de uma maneira correta e Super Buby é designada para tentar mudar o rumo que a Terra está tomando", conta.
Super Buby não estará sozinha nessa missão. Ela vem acompanhada de Pipow, um robô ajudante, programado pelos pais da heroína, e uma nave. Na sua passagem pela Terra, Buby terá uma amiga, a May, responsável em ajudá-la a entender o que está ocorrendo aqui.