Um encontro promovido pelo Sulpetro, sindicato que representa os revendedores dos postos de combustíveis do Estado, reuniu mais de 60 empresários da região para falar sobre legislação e debater assuntos da categoria. A reunião-almoço aconteceu no Locanda Hotel e Restaurante, em Novo Hamburgo, nesta terça-feira (26).
O presidente do Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua, destaca que esse é um projeto desenvolvido pela diretoria do sindicato para estar próximo dos associados, para levar informações “fiéis” aos revendedores.
Os encontros acontecem todos os meses e são regionais. “Realizamos uma mini feira, digamos assim, focada na troca de ideias. Vamos para todas as regiões do Estado, com pessoas especializadas em pautas relativas à categoria, para levar informações confiáveis e esclarecer dúvidas recorrentes dos revendedores sobre legislação, entre outros assuntos”, pontua.
Um dos temas abordados no encontro de Novo Hamburgo foi o novo regramento da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), do Ibama.
O TCFA é uma espécie de tributo para controle e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais como, no caso, os combustíveis. O assessor jurídico do Sulpetro, Maurício Fernandes, ficou responsável por apresentar as novidades e os pontos de atenção aos revendedores.
Alterações na legislação dos biocombustíveis
O Sulpetro também está atento às constantes mudanças na legislação dos biocombustíveis, que podem impactar no preço dos combustíveis. Dal’Aqua afirma que os revendedores estão sendo bastante impactados pelas alterações de governo, motivo pelo qual o sindicato está atento e buscando defender o setor através da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis).
Conforme o dirigente, tanto o etanol, que terá seu percentual de adição [à gasolina] aumentado, e o biodiesel, que conta com um programa nacional de desenvolvimento, estão nessa pauta. “Tem também o CBio, o crédito de descarbonização, que promove outra discussão nacional” e pode causar impactos para quem está na ponta final da cadeia do combustível: os postos de gasolina e o consumidor.
“Não há mágica em nenhum setor. Se você compra algo por ‘um X’, tu vai ter que vender por um ‘X mais alguma coisa’ para ter resultado. Por isso, temos que ter muito cuidado com políticas não convencionais. O que mais precisamos é de um mercado regular”, pontua.
LEIA TAMBÉM