Inspirado nos mercados europeus de Natal, Canela tem um atrativo inédito na programação do Sonho de Natal: a Vila de Artesanato. Diferente de outros locais, o local reúne produtores e microempresários da cidade não apenas com itens para a data, mas suas produções de maneira geral.
Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial
As empresas montam seus estandes diariamente na Praça João Corrêa e atendem das 10 às 21 horas. Nos próximos dias, o espaço público deve receber uma cobertura, para que possam melhor atender e vender em caso de chuva. A comunidade encontra de tudo um pouco: desde acessórios, peças de vestuário a artigos de decoração e presentes. E claro, também não faltam Papais Noéis e as tradicionais botas natalinas.
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Cheiro no ar
Um dos expositores que chama a atenção do público através do olfato é Everton de Oliveira, de 36 anos. Com notas que vão das florais, frutíferas até as mais intensas, comercializa velas e difusores de ambiente artesanais, produzidas por ele e sua equipe. Nas calçadas, turistas e moradores curiosos vão em busca de saber o que são os produtos.
O Atelier Select Aromas surgiu em 2019, através da paixão por fragrâncias. “Os aromas mudaram minha vida, minha estima dentro de casa. E eu precisava levar isso para outras pessoas. Comecei a fazer difusores pequenos, de 30 ml e vender para conhecidos. Veio a pandemia, perdi meu emprego, e como tinha esse pontapé inicial, busquei cursos e fui desbravando esse caminho. Hoje temos grandes parceiros na cidade e estamos em busca de ampliar”, afirma.
Everton Oliveira faz velas e perfumes de ambiente artesanais para a Vila do Artesanato
Fernanda Fauth/GES-Especial
Everton Oliveira fez linha especial de Natal para a Vila do Artesanato
Fernanda Fauth/GES-Especial
Everton Oliveira fez linha especial de Natal para a Vila do Artesanato
Fernanda Fauth/GES-Especial
Atualmente, o atelier atende, inclusive, parques temáticos da cidade, criando experiências olfativas exclusivas. Para o proprietário, ter a oportunidade de vender sua arte no coração da cidade é incrível. “Comecei a me dedicar principalmente depois da pandemia. É tudo feito de forma artesanal. E é uma excelente oportunidade estar aqui, a maioria aqui não tem loja física, trabalhamos apenas com rede social”, coloca.
No estande de Everton, o público encontrará as velas artesanais, difusores de ambiente e pastilhas aromáticas para o difusor elétrico, com preços a partir de R$ 15. Ele criou, também, uma linha exclusiva para o Sonho de Natal, que estará disponível apenas durante o evento. São velas em formatos de ursos polares, casinhas, Papais Noéis e renas.
“Começamos essa preparação cerca de dois meses antes, pois é tudo artesanal, precisamos envelhecer os produtos, há um processo de maceração. Como sou pequeno produtor, temos poucos moldes, um de cada desenho. E ela leva 1h40 num formato grande, se tirar antes, quebra. Usamos cera vegetal de coco, que tem uma queima mais limpa”, explica.
Paixão pelos laços
Ana Carolina, de 39 anos, levou dezenas de modelos de laços para vender. A empresária está em fase de transição e mudará a marca para Laços Ana Carolina.
Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial
“Sempre trabalhei com artesanato, com a pandemia, parou tudo e engravidei. Com 10 meses, ele teve um AVC e o tratamento foi na AACD, em Porto Alegre. Em uma das terapias em grupo, com outras crianças, me aconselharam a fazer algo, pois quando ele fosse para escola, eu estaria perdida. E realmente, hoje ele está na escola e eu comecei a fazer curso de body personalizado. Vi que precisava ter um diferencial, e adquiri curso de laços de cabelo e me apaixonei”, revela.
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No seu estande, vende os laços, rabicós de crochê e tecido e pulseiras com acabamento de macramê, que permite regulagem. O produto mais procurado atualmente é o laço xadrez, que atende uma tendência tanto infantil, quanto adulta. Há também os apliques de tênis, para atender ao público masculino.
Expectativas altas
O primeiro final de semana foi considerado muito bom em relação ao movimento e comercialização. “Sabemos que está só iniciando, decoração está sendo finalizada, mas os turistas estão chegando com a retomada do aeroporto, então a economia local está aquecendo”, pontua Everton.
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“Foi ótimo, maravilhoso, os turistas valorizam bastante o trabalho manual e ficam felizes em ter esse contato com quem fez, fabricou”, complementa Ana.