A corrente de solidariedade que se formou para auxiliar o skatista Alexandre Carvalho de Oliveira, o Tonel, de 56 anos, que se acidentou no fim de 2022, já teve resultados. A meta era alcançar R$ 35 mil para a colocação de uma prótese no quadril e ela foi batida na madrugada de segunda-feira (20) por meio de uma vaquinha virtual.
“Foi uma surpresa alcançar a meta. Eu nem sabia da existência do site ‘vakinha’, a Débora, fisioterapeuta que fazia a fisioterapia no meu pai, já falecido, que entrou em contato com minha irmã. Eu estava na fila do SUS e esperava pela prótese, mas seria uma que nem é adequada ao meu biotipo. Minha irmã se informou e fez a ‘vakinha’, me marcou nas redes, coloquei também nas minhas redes e o pessoal foi comprando a ideia. Fui vendo que aumentava o valor todo dia. Eu só tenho a agradecer”, diz o skatista que tem recebido muito apoio dos familiares e amigos durante todo o processo de recuperação.
O grave acidente ocorreu durante uma competição de skate realizada no município de Portão em dezembro do ano passado.
Próximos passos
Nesta sexta-feira (24), Oliveira passará por exames e também por uma avaliação médica e possivelmente já terá sua cirurgia agendada. “Na sexta se completam 75 dias desde a queda. Seria uns 70% de calcificação para quem tem apenas uma fratura, mas meu problema é que a cabeça do fêmur foi esmagada, detonou a articulação. A cabeça do fêmur encosta no ílio, o osso da bacia, e é uma sensação estranha e incômoda, para dormir tem que achar posição correta. Ainda não faço força sobre a perna, por isso, não sinto a dor. Acho que o médico vai deixar eu usar o andador, mas deixando mais peso sobre a perna direita para fortalecer a musculatura que está sem exercício algum há dois meses e meio. Acho que a cirurgia já deve ser em março”, detalha o hamburguense.
Balanço da vida
Ainda segundo o skatista, as consequências do acidente têm trazido reflexões sobre sua vida. “É uma situação diferente, o trabalho deixa de existir. Eu tenho uma oficina de carro, como vou tirar uma roda se não consigo me abaixar? E todos os medos passam na cabeça da gente, posso dizer que fiz um balanço da vida. Deus chegou e disse: ‘tá, senta quieto aí e começa a ver tudo que tu fez de bom e de ruim e um dia, quem sabe, te dou oportunidade de corrigir as coisas erradas de quando tu tinha tudo aos teus pés, quando tu fazia o que tu queria e hoje tu precisa de outras pessoas’. É como uma revolução dentro de mim”, avalia.
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