ECONOMIA
Sistema Fecomércio projeta investir mais de R$ 230 milhões no RS em 2024; veja onde o valor deve ser aplicado
Entidade analisou cenário econômico estadual e nacional durante apresentação nesta segunda-feira (4); algumas melhorias em Novo Hamburgo estão no planejamento
Última atualização: 04/12/2023 16:58
A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS) realizou nesta segunda-feira (4) o balanço de ações de 2023 e perspectivas econômicas para o ano de 2024. O presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, conduziu a primeira parte do evento.
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Entre as ações destacadas por Bohn estão os R$ 60 milhões investidos em obras e reformas de unidades e escolas do Serviço Social do Comércio (Sesc) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) este ano.
"E em 2024, o Sistema Fecomércio investirá mais de R$ 230 milhões na modernização e condução de novos espaços. E isso é possível graças aos empresários do setor", ressalta.
Entre as ações pensadas para o Senac, está o aumento gradativo de turmas, principalmente no Ensino Médio, assim como novas instalações em Porto Alegre, Jaguarão, São Sepé, Três de maio, São Gabriel e Ijuí; e reformas nas escolas de Caxias, Novo Hamburgo e Santa Cruz do Sul.
No Sesc, o esporte e lazer serão focos de ampliação e investimento em 2024 com novos projetos de ginásio poliesportivo, em Novo Hamburgo; a cobertura da piscina olímpica, no Sesc Protásio Alves; ampliações e melhorias nas academias das Unidades de Alegrete, Cachoeirinha, Novo Hamburgo, Protásio Alves, Santa Maria, Santo Ângelo e Três de Maio. Ainda terão investimentos direcionados a espaços de lazer infantil em Cachoeira do Sul, Centro Histórico/Porto Alegre e Tramandaí.
Na educação, serão implantadas escolas de ensino fundamental nas cidades de Bento Gonçalves, Pelotas e Porto Alegre (Sesc Protásio Alves). Além disso, a unidade de Santa Cruz do Sul será ampliada.
Sobre o cenário estadual, o presidente da Fecomércio criticou o aumento do ICMS proposto pelo governador Eduardo Leite, que de 17% passaria para 19,5%. "A elevação da alíquota modal aumenta o desembolso por parte das empresas, que pode chegar a notórios 20%. Os gaúchos acabarão pagando esta conta", disse.
Crescimento morno
A segunda parte do evento, que ocorreu na sede da Fecomércio RS, em Porto Alegre, foi com o economista da entidade, Marcelo Portugal. De acordo com Portugal, o ano de 2024 deve ser ter um "crescimento morno". "Vamos ter crescimento, mas algo normal. Com uma queda na inflação menor do que tivemos este ano", adianta.
Sobre o comércio gaúcho, o economista projeta crescimento de 3% nas vendas do comércio. Já o setor de serviços, deve ter crescimento de 2,7%.
"No ano passado, na nossa projeção dizíamos que o setor de serviços ia vender mais em 2023, as famílias estavam se recompondo e passando a passear, tirar férias, gastando em serviços e foi o que aconteceu. Se pegar janeiro, outubro deste ano e comparar com ano passado, o volume do comércio ficou em 2%, 2,5% e serviços na faixa dos 3%. Em 2024, isso deve se inverter um pouco."
O principal desafio apontado por Portugal no cenário nacional é o ajuste fiscal. "Se tinha um sistema baseado no teto de gastos e isso acabou não por defeitos, mas virtudes. Era uma política que estava funcionando. Vínhamos conseguindo reduzir pelo percentual do PIB. Não caía, mas não crescia. O objetivo final do teto era reduzir, fazer gastos caber dentro da arrecadação. Mas, substituímos por teto móvel. A estimativa é que devemos terminar o ano com déficit primário de mais de R$ 177 bilhões", avalia o economista.