SEGURANÇA
Sistema de videomonitoramento de São Leopoldo completa 15 anos
Serviço, que começou com 27 câmeras em 2008, hoje conta com 130 equipamentos
Última atualização: 23/01/2024 12:55
O arrombamento de um automóvel estacionado na Rua João Neves da Fontoura. Uma dupla que furta um televisor pela janela de um apartamento na Independência. Um homem que anda tranquilamente de bicicleta pelas ruas do Centro carregando um micro-ondas em um dos ombros.
Estas foram apenas três situações que ocorreram nas madrugadas de três dias distintos de janeiro em São Leopoldo e que foram flagradas pelo Sistema Integrado de Monitoramento (SIM) da cidade. Os flagrantes possibilitaram uma ação rápida e precisa da Guarda Civil Municipal (GCM) e resultaram, só nestes três casos, nas prisões de cinco pessoas.
Há 15 anos, as imagens captadas por câmeras espalhadas por pontos estratégicos da cidade e acompanhadas em tempo real por agentes da GCM têm reforçado a segurança em São Leopoldo. O sistema, que começou com 27 câmeras na data da implantação, em fevereiro de 2008, hoje conta com 130 equipamentos, entre eles, 64 que integram o chamado cercamento eletrônico. Estas câmeras, que contam com um sistema OCR (sigla em inglês para reconhecimento óptico de caracteres) fazem a leitura da placa dos carros.
Caso o veículo esteja em situação irregular, é emitido o alerta na sala de comando e repassado à Brigada Militar. Enquanto isso, na sala, agentes da Guarda passam a acompanhar o deslocamento do automóvel suspeito pelas câmeras do Município. Graças a este sistema, diversos carros em situação de furto ou roubo foram recuperados desde setembro de 2020, quando começou a operação do cercamento na cidade.
Completam o SIM ainda outras 54 câmeras PTZ, com imagens em alta resolução, movimentos panorâmicos e para cima e para baixo e zoom, e 12 câmeras instaladas no Parque Imperatriz. De acordo com o diretor-geral da GCM, José Carlos Pedrozo, desde que foi implementado, o sistema passou por atualizações e ampliações. “Toda comunicação que era por rádio hoje é 100% por fibra óptica, a maioria das câmeras é de alta definição. Foi necessário ampliação do storage (dispositivo usado para armazenar dados) e modernização do servidor, para comportar estas atualizações”, comenta.
Conforme Pedrozo, as imagens capturadas pelas câmeras são acompanhadas 24 horas por dia por agentes na central de monitoramento, localizada dentro do prédio da GCM. “Todas as câmeras e alarmes do Município são interligados à secretaria a partir de um grande sistema de fibra óptica. As imagens são tratadas dentro de modernos servidores de informática e disponibilizadas dentro da sala de monitoramento, onde agentes da GCM fazem o monitoramento em tempo integral”, explica.
R$ 1 milhão para a manutenção do serviço
Conforme o diretor-geral da GCM de São Leopoldo, o custo com a manutenção do sistema em funcionamento gira em torno de R$ 1 milhão ao ano. Por isso, o Município espera pela volta de recursos federais para ampliar o sistema integrado. “Esperamos que retornem os investimentos federais em segurança pública, pois foram estes recursos que deram início a implantação do sistema no passado. No entanto, nos últimos seis anos não tivemos novos investimentos de recursos federais nesta área. Ainda assim existem possibilidades de ampliação do sistema com verbas municipais para os próximos anos, visto que o governo atual prestigia muito o investimento em tecnologia”, pontua Pedrozo.
Uma das centrais mais modernas do Brasil
Segundo Pedrozo, hoje São Leopoldo conta com uma das centrais de monitoramento mais modernas do Brasil. “A partir da sala monitoramos todo o trânsito da cidade, flagramos diversos crimes e ilícitos em tempo real. Disponibilizamos as imagens gravadas para investigação de crimes para a Polícia Civil, para os cidadãos envolvidos em acidentes de trânsito, além de receber alertas de veículos suspeitos de crimes pelo sistema de cercamento eletrônico, que também é disponibilizado para a Polícia Civil e Brigada Militar”, conta.
“Além disso, monitoramos todo o Parque Imperatriz por um moderno sistema de vigilância. Toda esta estrutura é fundamental para a segurança da cidade e além de inibir crimes, auxilia as forças de segurança no combate à criminalidade. Não possuir este sistema hoje seria impensável.”
Guarda conta com videowall
Titular da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Comunitária (Semusp), Giselda Matheus, ressalta que os investimentos na otimização dos serviços prestados para a comunidade, passam “inevitavelmente” pela tecnologia. “Nosso sistema de monitoramento é bastante eficaz. Contamos com um monitor videowall. O equipamento consiste em uma série de monitores conectados que formam uma de grande dimensão. Com a tela ampliada, os agentes possuem uma capacidade maior de visualização do que é monitorado em tempo real em 45 câmeras de videomonitoramento interligadas com o centro de comando e monitoramento”, explica.
Reflexo na redução da criminalidade
Para o comandante do 25.º Batalhão de Polícia Militar (BPM), o tenente-coronel Alexsandro do Nascimento Goi, o sistema de videomonitoramento de São Leopoldo é um dos fatores que contribuíram para a diminuição, ano após ano, de furtos, roubos e crimes contra a vida na cidade, bem como auxiliaram na elucidação de muitos casos e identificação de suspeitos envolvidos em crimes.
“O cercamento eletrônico tem, ao longo dos anos, uma contribuição extremamente importante na redução do furto e do roubo de veículos. Além disso, colabora no tempo-resposta para a Brigada Militar ir em direção aos criminosos que diminui consideravelmente na medida em que nós somos informados do fato e, imediatamente, a guarnição de serviço é direcionada para interceptar o veículo que está em situação irregular”, frisa o comandante da Brigada.
“O videomonitoramento contribui da mesma forma, só que ele engloba um hall bem maior, onde temos flagrantes de roubos e furtos a pedestres e de veículos, agressões, aglomerações de pessoas, perturbação do sossego alheio. As imagens também têm nos ajudado bastante na identificação e prisões dos indivíduos que praticam esses crimes”, completa o tenentecoronel Goi.
O arrombamento de um automóvel estacionado na Rua João Neves da Fontoura. Uma dupla que furta um televisor pela janela de um apartamento na Independência. Um homem que anda tranquilamente de bicicleta pelas ruas do Centro carregando um micro-ondas em um dos ombros.
Estas foram apenas três situações que ocorreram nas madrugadas de três dias distintos de janeiro em São Leopoldo e que foram flagradas pelo Sistema Integrado de Monitoramento (SIM) da cidade. Os flagrantes possibilitaram uma ação rápida e precisa da Guarda Civil Municipal (GCM) e resultaram, só nestes três casos, nas prisões de cinco pessoas.
Há 15 anos, as imagens captadas por câmeras espalhadas por pontos estratégicos da cidade e acompanhadas em tempo real por agentes da GCM têm reforçado a segurança em São Leopoldo. O sistema, que começou com 27 câmeras na data da implantação, em fevereiro de 2008, hoje conta com 130 equipamentos, entre eles, 64 que integram o chamado cercamento eletrônico. Estas câmeras, que contam com um sistema OCR (sigla em inglês para reconhecimento óptico de caracteres) fazem a leitura da placa dos carros.
Caso o veículo esteja em situação irregular, é emitido o alerta na sala de comando e repassado à Brigada Militar. Enquanto isso, na sala, agentes da Guarda passam a acompanhar o deslocamento do automóvel suspeito pelas câmeras do Município. Graças a este sistema, diversos carros em situação de furto ou roubo foram recuperados desde setembro de 2020, quando começou a operação do cercamento na cidade.
Completam o SIM ainda outras 54 câmeras PTZ, com imagens em alta resolução, movimentos panorâmicos e para cima e para baixo e zoom, e 12 câmeras instaladas no Parque Imperatriz. De acordo com o diretor-geral da GCM, José Carlos Pedrozo, desde que foi implementado, o sistema passou por atualizações e ampliações. “Toda comunicação que era por rádio hoje é 100% por fibra óptica, a maioria das câmeras é de alta definição. Foi necessário ampliação do storage (dispositivo usado para armazenar dados) e modernização do servidor, para comportar estas atualizações”, comenta.
Conforme Pedrozo, as imagens capturadas pelas câmeras são acompanhadas 24 horas por dia por agentes na central de monitoramento, localizada dentro do prédio da GCM. “Todas as câmeras e alarmes do Município são interligados à secretaria a partir de um grande sistema de fibra óptica. As imagens são tratadas dentro de modernos servidores de informática e disponibilizadas dentro da sala de monitoramento, onde agentes da GCM fazem o monitoramento em tempo integral”, explica.
R$ 1 milhão para a manutenção do serviço
Conforme o diretor-geral da GCM de São Leopoldo, o custo com a manutenção do sistema em funcionamento gira em torno de R$ 1 milhão ao ano. Por isso, o Município espera pela volta de recursos federais para ampliar o sistema integrado. “Esperamos que retornem os investimentos federais em segurança pública, pois foram estes recursos que deram início a implantação do sistema no passado. No entanto, nos últimos seis anos não tivemos novos investimentos de recursos federais nesta área. Ainda assim existem possibilidades de ampliação do sistema com verbas municipais para os próximos anos, visto que o governo atual prestigia muito o investimento em tecnologia”, pontua Pedrozo.
Uma das centrais mais modernas do Brasil
Segundo Pedrozo, hoje São Leopoldo conta com uma das centrais de monitoramento mais modernas do Brasil. “A partir da sala monitoramos todo o trânsito da cidade, flagramos diversos crimes e ilícitos em tempo real. Disponibilizamos as imagens gravadas para investigação de crimes para a Polícia Civil, para os cidadãos envolvidos em acidentes de trânsito, além de receber alertas de veículos suspeitos de crimes pelo sistema de cercamento eletrônico, que também é disponibilizado para a Polícia Civil e Brigada Militar”, conta.
“Além disso, monitoramos todo o Parque Imperatriz por um moderno sistema de vigilância. Toda esta estrutura é fundamental para a segurança da cidade e além de inibir crimes, auxilia as forças de segurança no combate à criminalidade. Não possuir este sistema hoje seria impensável.”
Guarda conta com videowall
Titular da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Comunitária (Semusp), Giselda Matheus, ressalta que os investimentos na otimização dos serviços prestados para a comunidade, passam “inevitavelmente” pela tecnologia. “Nosso sistema de monitoramento é bastante eficaz. Contamos com um monitor videowall. O equipamento consiste em uma série de monitores conectados que formam uma de grande dimensão. Com a tela ampliada, os agentes possuem uma capacidade maior de visualização do que é monitorado em tempo real em 45 câmeras de videomonitoramento interligadas com o centro de comando e monitoramento”, explica.
Reflexo na redução da criminalidade
Para o comandante do 25.º Batalhão de Polícia Militar (BPM), o tenente-coronel Alexsandro do Nascimento Goi, o sistema de videomonitoramento de São Leopoldo é um dos fatores que contribuíram para a diminuição, ano após ano, de furtos, roubos e crimes contra a vida na cidade, bem como auxiliaram na elucidação de muitos casos e identificação de suspeitos envolvidos em crimes.
“O cercamento eletrônico tem, ao longo dos anos, uma contribuição extremamente importante na redução do furto e do roubo de veículos. Além disso, colabora no tempo-resposta para a Brigada Militar ir em direção aos criminosos que diminui consideravelmente na medida em que nós somos informados do fato e, imediatamente, a guarnição de serviço é direcionada para interceptar o veículo que está em situação irregular”, frisa o comandante da Brigada.
“O videomonitoramento contribui da mesma forma, só que ele engloba um hall bem maior, onde temos flagrantes de roubos e furtos a pedestres e de veículos, agressões, aglomerações de pessoas, perturbação do sossego alheio. As imagens também têm nos ajudado bastante na identificação e prisões dos indivíduos que praticam esses crimes”, completa o tenentecoronel Goi.
Estas foram apenas três situações que ocorreram nas madrugadas de três dias distintos de janeiro em São Leopoldo e que foram flagradas pelo Sistema Integrado de Monitoramento (SIM) da cidade. Os flagrantes possibilitaram uma ação rápida e precisa da Guarda Civil Municipal (GCM) e resultaram, só nestes três casos, nas prisões de cinco pessoas.