O drama na vida da aposentada Maria Iris da Silva Policarpo, 65 anos, tem sido agravado a cada dia que passa. A moradora de Taquara aguarda desde janeiro na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para uma cirurgia de retirada de um cálculo na bexiga. De acordo com o laudo médico, a pedra possui o tamanho de 1,5 por 0,4 centímetros.
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A presença do cálculo vesical é somada a mais dois problemas de saúde: um cisto renal e uma fístula vesico-vaginal, o que causa episódios de incontinência urinária e crises crônicas de cistite. A somatória dessas situações prejudicam significativamente a vida de Maria Iris, que se vê refém de consultas no posto de saúde e remédios controlados. “Eles acham que é simples, que eu não tenho nada e não sinto dor. Só que eu sinto dores horríveis, preciso ficar esperando e não sei mais o que fazer”, relata.
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Em um episódio de fortes dores, a aposentada chegou a ir três vezes em um único dia ao hospital. A operação, que foi solicitada com urgência na Secretaria de Saúde de Taquara, precisa ser feita em Porto Alegre. “Não sei mais o que eu faço, não estou mais aguentando. É uma dor muito triste”, afirma Maria Iris.
Encaminhamentos enviados
A reportagem buscou contato com a Prefeitura de Taquara. Em nota, o município esclarece que a paciente está em acompanhamento na especialidade de urologia adulto no Hospital de Parobé, que recebeu a indicação do procedimento de litotripsia em junho deste ano.
Desde então, segundo o Executivo, Maria Iris foi encaminhada ao serviço de alta complexidade em urologia e está devidamente cadastrada, aguardando acesso via Sistema Gercon, que é regulado pela Secretária de Saúde do Estado através da Central Estadual de Regulação Ambulatorial. Em relação à posição na fila de espera, a prefeitura afirma que não possui essa informação, pois fica a cargo do Estado.
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Também em nota, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informa que, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a todos os pacientes que aguardam por atendimento e seguem o devido processo técnico de regulação, não pode fornecer dados sobre casos específicos.
Segundo a pasta, “pacientes que necessitam de atendimento especializado são regulados conforme avaliação técnica de profissionais de saúde do município de origem e da Central de Regulação”. “É esta avaliação que determina as prioridades, a situação de saúde e as condições de transporte do paciente, entre outros critérios.”
É dessa forma que a Secretaria justifica como funcionam as definições para que os casos de cirurgia sejam chamados. “Dessa forma, é possível definir o momento adequado e seguro para a realização de procedimentos e transferência de pacientes. Se o paciente entrou com pedido judicial ou administrativo, ele ou familiares podem acompanhar os trâmites e o andamento do pedido nos respectivos órgãos”, esclarece a nota.
A orientação é que o paciente entre em contato com a ouvidoria do SUS pelos canais de atendimento no telefone 0800 6450 644, WhatsApp (51) 98405-4165 ou e-mail ouvidoria-sus@saude.rs.gov.br. Ainda, é possível busca orientação presencial no endereço Av. Borges de Medeiros, nº 1501, de segunda a sexta-feira, das 08h30 às 17h30.
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