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ENCONTRO CATÓLICO

Simpósio sobre imigração alemã destaca cultura, religião e solidariedade

Evento realizado em Dois Irmãos homenageou os 200 anos da imigração alemã no Rio Grande do Sul

Susete Mello
Publicado em: 23/06/2024 às 15h:02 Última atualização: 23/06/2024 às 15h:03
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O Simpósio Solidário, comemorativo ao bicentenário da imigração alemã no Rio Grande do Sul, organizado pela Diocese de Novo Hamburgo, reuniu aproximadamente 90 pessoas, em Dois Irmãos, no sábado (22). O público assistiu a palestras sobre história, cultura, religiosidade dos imigrantes alemães.

Simpósio Solidário ocorre no sábado na Paróquia São  Miguel | abc+



Simpósio Solidário ocorre no sábado na Paróquia São Miguel

Foto: Susi Mello/GES-Especial

Com viés solidário, o evento permitiu que os participantes doassem alimentos não perecíveis, material de higiene e de limpeza. Os donativos foram entregues para a Cáritas diocesana, que vai distribuir entre as famílias atingidas pela enchente.

“É importante participar para conhecer a história de nossos antepassados, do sacrifício que passaram, a alegria que tiveram nessas terras, a vida que construíram e deixaram”, comentou uma das participantes, a regente musical, Dolores Kuhn Botter, 57 anos.

Dolores Kuhn Botter, 57 anos, no Simpósio | abc+



Dolores Kuhn Botter, 57 anos, no Simpósio

Foto: Susi Mello/GES-Especial

A programação do evento, realizado na paróquia São Miguel, contou também com conferências, almoço típico alemão, momentos culturais e encerrou com a missa celebrada pelo bispo diocesano, Dom João Salm, no final da tarde de sábado.

Bisp D. João Salm no Simpósio  | abc+



Bisp D. João Salm no Simpósio

Foto: Jéssica Glück

O bispo, na abertura do simpósio, frisou que é importante lembrar dos antepassados, mas também dos que migram hoje por causa da fome, de guerras, perseguições, sofrem muito e não são muito bem recebidos em alguns lugares.

“Precisamos recordar que um dia fomos acolhidos e outros acreditaram em nós. Se nossos antepassados encontraram dificuldades, se tivessem parado, não teriam mais a vida. Temos que continuar sempre pensando nos outros, estendendo a mão, porque o caminho continua. Se a gente não continua, nem a dificuldade se supera”, complementou.



Entre os palestrantes, o bispo emérito da Diocese de Novo Hamburgo, Dom Zeno Hastenteufel, discorreu sobre a chegada dos alemães no Estado. Ele destacou que as pessoas que vieram, trouxeram para experiência do trabalho, a religião católica ou evangélica e a ideia da cooperativa.

No Simpósio Solidário, Paróquia São  Miguel, o bispo emérito Dom Zeno fala da história da imigração | abc+



No Simpósio Solidário, Paróquia São Miguel, o bispo emérito Dom Zeno fala da história da imigração

Foto: Susi Mello/GES-Especial

“Muito dessa ideia de trabalhar em cooperativa, em conjunto, um trabalho comunitário pela união das forças para poder superar os obstáculos que eram tantos, os alemães trouxeram. Eles ajudaram a desenvolver o nosso Estado e implantaram aqui valores que são raros em outras partes do Brasil”, destaca.

Simpósio Solidário, na Paróquia São  Miguel, contou com banda típica | abc+



Simpósio Solidário, na Paróquia São Miguel, contou com banda típica

Foto: Susi Mello/GES-Especial

 Entre uma palestra e outra, o Hans e Helga, interpretados por Paulo Roberto Staudt e Nagane Raquel Frey, movimentavam o evento. A música também não ficou de lado. Pela manhã, a Banda Tannenwald, de Nova Petrópolis, animou os participantes com a música “Vai Nessa”.

Palmas não cessaram enquanto os sete integrantes, com seu saxofone, pistão, trombone, gaita e percussão, apresentavam-se. A programação contou ainda com o grupo de canto Povo de Deus e o grupo Acordes.

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