INVESTIMENTOS
Shein no RS? Gigante chinesa pode firmar parcerias com setor coureiro-calçadista
Em reunião com representantes do governo do Estado, marca iniciou diálogo para contratação de fábricas gaúchas
Última atualização: 26/03/2024 21:17
Representantes da empresa chinesa Shein estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira (15) com o governador Eduardo Leite (PSDB) e o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Ernani Polo (PP). Na pauta do encontro a possibilidade de a empresa firmar parcerias com fábricas gaúchas, o que poderia beneficiar diretamente o setor coureiro-calçadista.
O encontro faz parte de uma estratégia da empresa que tem se reunido com governos locais e agências de desenvolvimento. A ideia é analisar o mercado e, de acordo com a assessoria de imprensa da Shein, “visualizar reais possibilidades de parcerias.”
A reunião foi intermediada pela deputada federal Any Ortiz (Cidadania), que se disse otimista com o primeiro contato. “Foi uma reunião muito produtiva, já temos vários estados em contato com a Shein e a gente não podia ficar de fora.”
No mesmo tom, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) avaliou este primeiro contato. Tanto Any como a assessoria da SDE deixaram claro que a intenção da empresa não é de instalar uma fábrica no Rio Grande do Sul, mas sim contratar os serviços das empresas já existentes.
Já a assessoria da marca deixou claro que este foi um contato inicial que “pode ou não” resultar em uma parceria, classificando este como um contato ainda incipiente. Em abril a empresa anunciou a intenção de investir R$ 750 milhões no Brasil nos próximos quatro anos, com isso, a Shein pretende nacionalizar 85% da sua produção.
Para alcançar essa meta, a gigante chinesa anunciou parceria com duas mil fábricas em todo País. A operação brasileira ainda está sendo estruturada, como esclarece a assessoria.
Segundo os representantes gaúchos, o modelo de negócios da Shein poderia beneficiar diretamente o setor coureiro-calçadista e de malharias do Estado. A intenção do governo é mostrar como estes segmentos gaúchos podem atender às necessidades da empresa chinesa.