abc+

CHURRASCO, GALINHADA, COSTELÃO...

SEMANA FARROUPILHA: Culinária típica é uma das atrações nos acampamentos

Pratos tradicionais no Rio Grande do Sul não podem faltar nos galpões durantes os festejos

Priscila Carvalho
Publicado em: 16/09/2024 às 12h:54 Última atualização: 16/09/2024 às 15h:58
Publicidade

O primeiro fim de semana de atividades nos acampamentos farroupilhas da região já levou milhares a aproveitarem as atrações oferecidas. E uma delas foi a culinária campeira, já tradicionalmente servida pelos piquetes nos locais.

Entre os diversos pratos que podem ser apreciados, galinhada, carne de panela, vaca atolada, arroz com linguiça, costelão e, claro, churrasco, fazem parte do cardápio que pode ser saboreado pelos visitantes todos os dias.

Luís Henrique, Nilson e Élio no preparo dos costelões no galpão do GT Sepé Tiaraju



Luís Henrique, Nilson e Élio no preparo dos costelões no galpão do GT Sepé Tiaraju

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Costelão

No acampamento montado no Parque do Trabalhador, em São Leopoldo, cada grupo organiza um calendário próprio do que vai oferecer. Mas, uma das atrações certas é o famoso costelão.

No galpão do Grupo Tradicionalista (GT) Sepé Tiarajú, o prato típico está no cardápio em vários dias, inclusive na abertura da Semana Farroupilha. “No ano passado, fizemos 86 costelões aqui no total. Esse ano, acho que vamos passar dessa marca”, comenta um dos assadores oficiais do GT, Élio Veiga, 64 anos.

LEIA MAIS: Confira a programação da Semana Farroupilha de Esteio para os próximos dias

No sábado (14), o principal prato do acampamento foi feito no almoço e na janta. “Chegamos às 5h e 5h50 já estava espetado e arrumado no fogo”, contou Nilson Veiga, 57, primo de Élio, e um dos que ajudou a fazer os 16 costelões oferecidos ao meio-dia no galpão. “A gente coloca até umas 10h30 o lado do osso, pra que ele fique soltando o osso, depois muda o lado”, ensina.

“O fogo não pode ser muito alto e também não pode parar, se não, a carne fica crua”, recomenda Élio. “Se ele aquecer bastante e tu baixar o fogo, ela vai encruar e não vai ficar suculenta”, completa, destacando que é necessário controlar a altura das chamas.

“Se tu colocar muito fogo, queima a carne. Se deixar menor, fica crua. Até ficar pronta, tem que ter fogo”, reforça mais um dos responsáveis por ajudar no preparo, Luís Henrique Siqueira, 32.

Bufê completo para acompanhar

Enquanto os costelões assam no fogo de chão, na cozinha, os acompanhamentos são preparados com muito carinho pela mulherada. Cemilda Costa Marcon, 63 anos, está há mais de 15 como responsável do espaço. E a cada dia, conta com uma equipe que a ajuda nos preparos.

Para acompanhar o costelão, sábado, além de feijão, arroz e aipim, havia variedade de saladas: de maionese, repolho, cenoura, beterraba, alface e chuchu. Tudo feito no fogão campeiro, à lenha, e voluntariamente. “Fazemos porque a gente gosta. Gosto de fazer comida e de participar do acampamento farroupilha. Estou sempre junto”, disse, acompanhada de Nair da Rosa, 59, e Jaqueline Wiest das Dores, 39.

Élio é um dos assadores no galpão do GT Sepé Tiaraju, no Parque do Trabalhador



Élio é um dos assadores no galpão do GT Sepé Tiaraju, no Parque do Trabalhador

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Nilson também ajuda no preparo do costelões



Nilson também ajuda no preparo do costelões

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Na cozinha, Cemilda, Nair e Jaqueline preparam os acompanhamentos do costelão



Na cozinha, Cemilda, Nair e Jaqueline preparam os acompanhamentos do costelão

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Vaca atolada incrementado

Outro prato bastante conhecido foi a opção no galpão do CTG Pedro Fernandes. Integrante do grupo, Cristiano Rossa Model, 45 anos, foi o responsável pelo preparo da vaca atolada e conta que gosta de incrementar com alguns temperos para deixar a iguaria tradicional ainda mais gostosa.

“O mais tradicional seria fritar a carne, botar a água e colocar o aipim dentro. Mas eu boto um tomate, que vai desmanchar e ficar encorpado, com cebolinha, alho, chimichurri, pra ficar saboroso”, detalha, contando que primeiro frita a carne, que deve ser de gado, junto com os temperos e, só depois, coloca o aipim. “É prato de uma panela. Bota um pouco mais de água, só o suficiente para cozinhar o aipim, e quando o aipim der aquela amolecida, já serve direto na panela.”

VEJA AINDA: Feira do Livro de São Leopoldo atrai cerca de 3 mil pessoas por dia à Praça da Biblioteca

Programação desta segunda-feira (16)

SÃO LEOPOLDO

Associação dos Gaúchos Acampados no Parque (AGAP) – acampamento no Parque do Trabalhador (Rua Vicentina Maria Fidélis, 350, bairro Vicentina)
8h – Recepção da Chama Crioula (hino)
8h30 – Recepção das escolas
14h30 – Recepção das escolas
18h – Palco Livre
20h às 22h – Tertúlia das entidades
22h – Saída da Chama Crioula e bandeiras

Associação Tradicionalista Gaúcha da Feitoria (ATGF) – acampamento da Feitoria (Rua Otto Daudt, 831)
19h30 – Tertúlia dos Grupos GT Tropeando Horizontes/GT Mateadores/Piquete Sinos
21h – Show com Grupo Sangue Farrapo

ESTEIO (Parque Assis Brasil)
9h30 – Contação de histórias com Bárbara Catarina
10h30 – Oficina de brincadeiras folclóricas
14h – Contação de histórias com Bárbara Catarina
15h – Oficina de brincadeiras folclóricas
19h30 – Apresentação do Coro Municipal de Esteio
21h – Show com o Grupo Carqueja
23h – Baile com o grupo Som do Sul

PORTÃO (Centro de Eventos Lothar Kern)
19h – Sessão da Câmara de Vereadores
21h – Jantar AGTP (Velha Cambona – carreteiro)
21h – Grupo Pontaço

SAPUCAIA DO SUL (Parque Municipal de Eventos Jayme Caetano Braum)
19h – Apresentação de Chula
20h – Daniel Torres
22h – Alexandre Konflanz

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade