Técnicos do Departamento de Operações do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) realizaram uma primeira análise da “água preta” encontrada em uma área alagada pela enchente junto a um condomínio no bairro São Miguel, nas proximidades do dique, em São Leopoldo.
Segundo nota enviada pela Prefeitura, “o resultado da análise é de que se trata de água oriunda da chuva e do Rio dos Sinos, com a difusão de diversos resíduos acumulados e muitos dias de água parada”.
Nesta terça-feira (21), equipes do Semae realizaram uma segunda coleta no local para verificação. “Caso ocorra a identificação de sedimentos e substâncias com cargas tóxicas, a Prefeitura deverá promover uma limpeza mais criteriosa”, informa a nota, destacando, ainda, que “a Prefeitura de São Leopoldo, como sempre, manterá a população informada sobre esse tema”.
A coloração que a água da enchente vem demonstrando nos últimos dias têm assustado moradores da região, que se queixam, ainda, do cheiro forte e até mesmo de ardência nos olhos causada pela situação.
Em fotos feitas diariamente pelos moradores, é possível ver que a água deixou de ter o tom marrom dos primeiros dias da enchente, atingindo, na segunda-feira (20), a cor preta. Nesta terça (21), a coloração seguia escura no local.
Morador das proximidades, um comerciante de 50 anos, que prefere não ser identificado, diz temer pela saúde de quem tem contato com a água. “A gente não sabe o que tem nesta água para ela ficar desta cor, nem as consequências que o contato com ela traria à saúde das pessoas. Temo também por uma contaminação do solo”, comenta.
Por segurança, a Prefeitura orienta que os moradores de áreas submersas devem ter cuidados especiais com relação à água represada em vias públicas, casas, condomínios, empresas, comércio e demais locais públicos, que envolvam questões ambientais decorrentes do momento e situação em que a cidade passa pelo Estado de Calamidade Pública (ECP).
Entre as orientações, estão a de se evitar acessar esses territórios alagados até que ocorra a total drenagem e escoamento das águas das cheias.
“Caso se faça necessário, e dentro das possibilidades, que sejam utilizadas botas e luvas, e evitem o contato direto com a água, para prevenir eventuais doenças como leptospirose, hepatite e tétano, por exemplo, além de perigos decorrentes de água poluída e/ou materializadas por substâncias tóxicas”, destaca a Prefeitura.
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