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"Sem movimentos bruscos": Especialista explica o que fazer se você se deparar com uma cobra em regiões urbanas

Aparições pela região nos últimos meses podem surpreenderam a população

Ubiratan Júnior
Publicado em: 05/12/2023 às 19h:42 Última atualização: 08/12/2023 às 18h:42
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O surgimento de cobras em regiões urbanas, como as vistas nos últimos meses em São Leopoldo, no Vale do Sinos, pode ter deixado muita gente apreensiva. No entanto, há dicas do que fazer quando se deparar com uma serpente. A primeira delas é evitar ser picado. Como fazer isso? O zoólogo Marcelo Pereira de Barros, professor da Universidade Feevale, explica o comportamento do animal e dá detalhes de como se afastar de uma forma segura.

Picada da espécie cruzeira, capturada no pátio de um casa em São Leopoldo, pode levar à morte  | Jornal NH



Picada da espécie cruzeira, capturada no pátio de um casa em São Leopoldo, pode levar à morte

Foto: Divulgação

De acordo com o especialista, quando ocorre o encontro entre um ser humano e uma serpente, geralmente, a tendência é de que cada um vá para um lado. “Se encontrar uma serpente, não mexe no bicho. Não toca, não se aproxima. Se afaste lentamente, sem movimentos bruscos”, orienta o professor. Esses animais possuem bote curto, por essa razão é importante manter distância.

“Quem trabalha para fora, por exemplo, o recomendado é usar bota, no mínimo até o joelho, para roçar ou passear no campo. Se vai mexer em pilhas de lenhas, se vai mexer em grama alta, use uma luva”, recomenda Barros. De acordo com ele, esses assessórios podem auxiliar contra os ataques desses animais. “A maioria das picadas sempre são nas mãos, no antebraço, nos pés ou então abaixo do joelho. São os locais que as serpentes conseguem alcançar”, pontua.

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Quando cobras aparecem em locais urbanos, como casas e escolas, por exemplo, o indicado é acionar o Corpo de Bombeiros ou órgão ambientais do município, para fazerem a captura do animal de forma apropriada.

Em caso de picada de cobra, o professor orienta a busca rápida por atendimento médico. A distinção de se é venenoso ou não deve ser feita por especialistas. Segundo com Barros, cada pessoa pode ter uma reação diferente da picada do animal, independentemente de ser peçonhento ou não. “Tem pessoas que são mais alérgicas, outras que são menos. A reação do veneno vai depender do estado de saúde das pessoas, o peso, etc. A gente sempre tem que ter cuidado.”

Barros reforça que a ajuda deve ser buscada em postos de saúde, UPAs e hospitais mais próximos em caso de picadas. Ações próprias devem ser evitadas. “Evitar fazer as coisas em casa, aquelas coisas de filme, de tentar chupar o veneno, de cortar, de passar álcool, essas coisas assim, nada funciona”, enfatiza.

“O mais importante é precaução. Não se aproximar. Em caso de acidente, buscar auxílio médico é o mais importante”, reforça o professor. Ele ainda argumenta que deve-se lembrar que, se o animal não está em locais urbanos, como uma residência ou escola, por exemplo, não é indicado invadir o espaço delas, como em campos ou matas. “As cobras são animais controladores, consomem roedores e outros animais que transmitem doenças, tem importante papel ecológico”, finaliza. 

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