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INCÊNDIOS FLORESTAIS

Sem chuva há 5 meses: Casal que se mudou da região conta como enfrenta a fumaça das queimadas em Goiás

Rotina dos aposentados mudou com a situação que assola vários estados brasileiros. Nos três primeiros dias deste mês, só viam uma névoa na cidade onde moram

Susete Mello
Publicado em: 16/09/2024 às 10h:46 Última atualização: 16/09/2024 às 10h:49
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Um casal da região está enfrentando os incêndios e fumaça em um estado do Centro-Oeste do País. O professor universitário aposentado Telmo Adams, 68 anos, e a enfermeira aposentada Marili Adams, 66, estão vivendo desde março em Goiás, em uma área de cerrado castigada pelas queimadas. “Só resta torcer para que a irmã água e o irmão vento consigam nos ajudar a apaziguar o fogo. Mas que também os humanos tenham juízo e evitem os incêndios criminosos”, frisa Telmo.

Telmo e Marili Adams | abc+



Telmo e Marili Adams

Foto: Arquivo pessoal

O casal que morou em Morro Reuter por mais de 25 anos, relata que a última chuva foi em 16 de abril deste ano na cidade de Terezópolis de Goiás e nas últimas semanas as queimadas têm revelado os desequilíbrios da relação entre os quatro elementos: terra, água, ar e fogo. “Mas, é importante salientar que, nos últimos tempos, esse desequilíbrio não é apenas causa natural, mas cada vez mais decorrência da ação humana”, sublinha Telmo.

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A Ecovila onde moram foi ameaçada pelo fogo de fazendas vizinhas. Por isso, em maio deste ano, moradores e funcionários da Associação da Ecovila e organizações vizinhas passaram por um treinamento de prevenção e combate a incêndios.

A prática do que aprenderam foi colocada à prova. No último dia 9, providências tiveram que ser tomadas para que dois focos de incêndio não atingissem a vegetação e as moradias da Ecovila.

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A ação durou cinco horas com o apoio do Corpo de Bombeiros, funcionários e voluntários. “Estávamos em um mutirão de umas 50 pessoas. Qualquer faísca que voasse de volta para a direção da Ecovila colocaria tudo a perder, pois onde cai qualquer fagulha, o fogo se espalha como se tivesse uma camada de pólvora sobre a terra. É algo impressionante”, relembra.

A preocupação permanece porque fazendas e propriedades foram afetadas nas redondezas. “Até hoje, o fogo continua rondando o lado norte e leste nas regiões ainda não queimadas”, lamenta Telmo.

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