Quem circula pela RS-240 com frequência sabe que existem várias pontes para se atravessar o Rio Caí e a sua várzea. Para evitar que as estruturas de concreto sofram avarias é necessário reforçá-las na medida que sofrem desgastes. Seis pontes da rodovia, todas sobre o Rio Caí e a várzea, estão passando por obras de manutenção para manter a integridade das estruturas e a segurança do tráfego, entre Capela de Santana e Montenegro. Os trabalhos, que iniciaram nesta semana, estão sendo realizados pela concessionária CSG, responsável pela administração da rodovia, e devem ser concluídos até o fim de novembro. O investimento estimado da companhia nestes seviços é de R$ 650 mil. O valor é proveniente da arrecadação das tarifas dos pórticos de pedágio free flow no Estado.
Segundo a assessoria de imprensa da CSG, estas intervenções não são decorrentes de eventuais estragos provocados pelas cheias recentes do Rio Caí, apenas integram o cronograma de manutenção.
As intervenções entre os km 29 e 32 têm como objetivo aumentar a vida útil das pontes, que suportam grande fluxo de veículos, inclusive de caminhões de carga. Os serviços incluem a execução de proteção do talude das cabeceiras, reforçando as bases para prevenir erosão, a recuperação da estrutura com reparos em fissuras e desgastes no concreto, além da substituição dos aparelhos de apoio, peças que permitem as movimentações das pontes para absorver impactos e variações de temperatura. Também será feita a recomposição de pontos danificados.
Durante os dois meses de trabalho, estão previstas interrupções pontuais no trânsito, com possibilidade da implantação do sistema de pare e siga e estreitamento de pista em alguns trechos. A operação será realizada de forma a minimizar os transtornos aos motoristas.
As alterações no tráfego serão informadas pelo site da CSG e no perfil da concessionária no Instagram. A companhia alerta para que os motoristas redobrem a atenção e respeitem a sinalização temporária no trecho.
A reportagem esteve no local na manhã desta sexta-feira (27) para acompanhar o trabalho realizado numa das pontes próximas ao pórtico do free flow. A movimentação era normal e não havia longas filas. O trecho estava sinalizado com placas informando a realização de obras e também havia funcionários agitando bandeirolas para alertar motoristas e motociclistas. Cones demarcavam os pontos onde havia restrição de faixa para circulação.
Segundo comerciantes que trabalham na margem da rodovia, o congestionamento se intensifica nos horários de pico, principalmente no início da manhã e no final da tarde.
A empresa recomenda que os usuários tenham cuidado redobrado ao transitarem pelo trecho devido a movimentação de máquinas e operários.
Sobre a concessão da CSG
O conjunto de estradas concedidas da CSG representa 271,5 km. A concessionária é responsável pela administração e manutenção da totalidade da RS-122 (km 0 ao 168,65), RS-446 (km 0 ao 14,84) e RS-240 (km 0 ao 33,58), além de trechos da RS-453 (km 101,43 ao 121,41), BR-470 (km 220,50 ao 233,50) e RS-287 (km 0 ao 21,49). As rodovias estaduais fazem parte dos municípios de Antônio Prado, Bento Gonçalves, Bom Princípio, Campestre da Serra, Capela de Santana, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Ipê, Montenegro, Portão, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, São Vendelino, Triunfo e Vacaria.
Iniciado em fevereiro de 2023, o contrato de concessão de 30 anos, entre o governo do Estado e a CSG, prevê investimentos superior a R$ 4,6 bilhões, em obras de duplicação em 120 quilômetros, implantação de 59,96 quilômetros de terceiras faixas, ampliação da segurança viária e sinalização, atendimento 24 horas, manutenção, entre outras ações.
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