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VIOLÊNCIA

Seis corpos foram desovados em 2022 no mesmo local onde cabeça humana foi encontrada nesta sexta-feira

Delegado de Cachoeirinha acredita que corpos são desovados na Estrada do Nazário por falta de cercamento eletrônico

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Publicado em: 13/01/2023 às 15h:54 Última atualização: 15/01/2024 às 15h:41
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A área na Estrada do Nazário, onde foi encontrado um crânio humano nesta sexta-feira (13), embora pertencente a Cachoeirinha, está localizada no limite entre a cidade com Canoas e Esteio. O local está no mapa do crime da Polícia Civil, e um dos motivos é que seis corpos foram desovados no ano passado, conforme o delegado Carlos Eduardo Silva de Assis, titular da 2ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha.

Local onde foi achada a cabeça está no mapa do crime da Polícia Civil (PC)



Local onde foi achada a cabeça está no mapa do crime da Polícia Civil (PC)

Foto: Paulo Pires/GES

O delegado confirmou que o local onde o cadáver foi encontrado nesta sexta-feira – em um matagal a cerca de 150 metros de onde estava a cabeça – se trata da mesma área onde esteve investigando cinco crimes ao longo do ano passado. No entanto, nenhum estava relacionado com a cidade onde responde pela Polícia Civil. “Em Cachoeirinha não tem homicídio. Os homicídios estão sendo cometidos e os corpos estão sendo abandonados nesta área que fica no limite da cidade”, expõe.

“Este é o primeiro cadáver deixado este ano e, ao que tudo indica, os autores são de Canoas, Sapucaia do Sul ou São Leopoldo. Foram as cidades por onde circulei no ano passado para investigar as mortes”, explica Assis. O delegado aponta que a área não possui cercamento eletrônico, facilitando a ação dos criminosos. Assim, se não houver uma mobilização para reforçar a vigilância do local, ele acredita que novos corpos vão aparecer baleados, queimados ou decapitados.

“Esta região é um lugar ermo, então é preciso que as autoridades trabalhem em cima do problema”, frisa. “É claro que o cercamento não vai evitar as mortes, mas inibe a ação dos criminosos e, principalmente, auxiliaria a Polícia Civil na repressão. Ficaria mais fácil encontrar um suspeito”, esclarece.

Apuração a partir da identidade

Na avaliação de Assis, o cadáver foi apenas deixado na Estrada do Nazário nesta sexta-feira. Já a cabeça, acabou parando no meio da via porque um cão teria pegado o crânio e levado para o local, informação que partiu de vizinhos. Devido ao estado em que foi encontrado o corpo, não é possível afirmar que trata-se de um homem ou de uma mulher.

“Eu estive no local e posso afirmar não haver indícios que possam levar a um suspeito. Não dá para dizer nem se era um homem ou uma mulher”, conta o delegado. De acordo com ele, a investigação partirá da identificação da vítima. A partir disso, a Polícia Civil começará as buscas pela autoria, a materialidade e as circunstâncias do crime.

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