As reclamações dos pacientes oncológicos de Novo Hamburgo voltaram à Câmara de Vereadores na sessão desta segunda-feira (29), com a presença do secretário municipal da Saúde, Marcelo Reidel, e da presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer, Regina Dau.
Convidados pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Defesa do Consumidor (Codir), Reidel foi o primeiro a usar a tribuna. O secretário falou logo após exibição de vídeo do paciente oncológico Tarcísio Schöll, que esteve na Câmara no dia 10 de maio.
Reidel minimizou as críticas feitas pelo homem, destacando que as dificuldades dos pacientes com câncer não são uma exclusividade de Novo Hamburgo. “Tenho alguns pontos que divergem da informação passada por esse paciente”, disse. De acordo com Reidel, as dificuldades têm sido até maiores em outros municípios, inclusive com transporte.
O secretário ressaltou que o município possui vans que atendem em três horários, além de cinco carros para atendimentos especiais.
Posição
O secretário fez questão de dizer que a troca do tratamento dos pacientes para a cidade de Taquara não se deu por uma decisão do governo municipal. “Nós tínhamos uma opção, deixar os pacientes desassistidos ou ir para Taquara.”
Reidel também mencionou a possibilidade, recentemente colocada por Campo Bom, de ofertar a estrutura do Hospital Lauro Reus para referência no atendimento de pacientes oncológicos. “Não existe nenhuma conversa entre secretários”, afirmou Reidel. Mesmo assim, ele garantiu que a oncologia retornará para Novo Hamburgo até 2024.
“Escutei da secretária Arita que assim que Novo Hamburgo sinalizar vamos trazer a oncologia para cá”, acrescentou. De acordo com ele, o que precisa é a conclusão da obra do anexo 2 do Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH).
Já a presidente da Liga repetiu as críticas feitas em outras ocasiões e questionou, mais uma vez, o fato de Novo Hamburgo ter perdido a referência para atendimento oncológico. “Tudo que já sabíamos que ia acontecer, aconteceu. Se a tabela SUS estava defasada, e é defasada no Brasil inteiro, por que não planejar antes?”
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