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TECNOLOGIA

São Leopoldo vai ganhar mapeamento via satélite

Representação gráfica da cidade ficará disponível de forma on-line

Publicado em: 07/12/2023 às 07h:31
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O prefeito Ary Vanazzi assinou, nessa quarta-feira (6), a ordem de início de implantação do procedimento de geoprocessamento do Município. O ato ocorreu na sala de reuniões do gabinete do prefeito e contou com a presença de diversas autoridades, entre elas, o secretário-geral de Governo (SGG) Nelson Spolaor, o superintendente de Urbanismo, João Henrique Dias e o representante do Consórcio Cadastrogeo Esteven Caceres.

Ary Vanazzi e Nelson Spolaor assinaram implantação



Ary Vanazzi e Nelson Spolaor assinaram implantação

Foto: Amanda Krohn/Especial

O procedimento consiste em um mapeamento territorial da cidade a partir de imagens aéreas para a produção e aprimoramento das representações cartográficas. A partir do geoprocessamento, será implantado um sistema de informações integradas à base de dados geográficos de todo o município.

O sistema consiste em um website com informações sobre todos os edifícios, imóveis e estabelecimentos que nela existem. Entre os dados que poderão ser encontrados estão imóveis irregulares, número de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e hospitais existentes – assim como suas respectivas quantidades de leitos e profissionais de saúde -, localização de escolas e diversos outros.

Investimento

Com um aporte financeiro de R$ 268 mil, obtidos mediante o Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal, o projeto será realizado pelo Consórcio Cadastro Geo, composto pelas empresas Engemap e Codex.

Vanazzi comentou que a novidade é um sonho antigo da gestão municipal. “Nós viemos desde 2017 tentando criar um processo de modernização de nossa cidade e tentando colocá-la na palma da mão”, celebrou. “Queremos viabilizar que a tecnologia sirva para uma dinâmica econômica mais ágil, para que a população tenha que se mobilizar menos para acessar a informação que precisa sobre seu local de trabalho e moradia”, acrescentou.

Nelson Spolaor destacou sobre o investimento da cidade na modernização da gestão pública. “O prefeito já investiu mais de R$ 40 milhões na tecnologia, pegando como exemplo a área da educação, com as telas interativas”, disse.

João Henrique Dias salientou a importância do novo procedimento de geoprocessamento. “A tecnologia que reúne nossos cadastros é tão desatualizada que hoje isso vai nos possibilitar um avanço muito grande. São Leopoldo está entrando na era das smart cities, ou seja, cidades inteligentes”, comentou. O superintendente de Urbanismo frisou ainda que a novidade não pesará no bolso da população.

“Quero destacar que não se preocupem, pois isso não implicará em aumento de tributos. Essa é uma ferramenta de controle do território que não apenas servirá para fiscalização de imóveis irregulares, por exemplo, mas também como a emissão rápida de informações on-line”, garantiu. Para exemplificar, João Henrique alegou que, durante a pandemia, esse sistema poderia ser utilizado para monitorar a localização e identificar os focos principais de incidência da Covid-19.

Processo deve iniciar em janeiro

A partir dessa ordem de início, as empresas possuem um prazo de cinco dias úteis para iniciar os trabalhos, que ainda demanda acertos com o Ministério da Defesa para sobrevoar a região. Dependendo das condições climáticas, a expectativa é que esse procedimento seja iniciado em janeiro. A partir de então, a estimativa é que o website com as informações fornecidas pelo mapeamento esteja disponível à comunidade e à gestão em seis meses.

Como será feito o procedimento de geoprocessamento para obter detalhes

Esteven Caceres apresentou o passo a passo de como será desenvolvido o procedimento de geoprocessamento. “Em primeiro lugar, será feita uma fotografia aérea da cidade, que chamamos de Mapeamento Móvel. Essa imagem será comparada com a foto e a base de dados do geoprocessamento anterior, feito em 2010”, descreveu.

“Então, vai ser gerada uma nova base, chamada de Lâmpada Geográfica Nova e, a partir disso, vamos fazer uma restituição da cidade, mostrando onde tem lotes, terrenos, edificações, casas, piscinas…”, continuou. A partir disso, será possível obter, de forma mais prática, as informações necessárias para o atendimento à população. Com isso, as demandas poderão ser resolvidas mais rápido.

Quais são os benefícios à comunidade leopoldense?

Caceres explicou ainda que o geoprocessamento resultará em um website com a reconstituição da cidade, que terá informações sobre todos os seus estabelecimentos e serviços. “Se alguém quiser saber onde fica a Unidade Básica de Saúde mais próxima, ele poderá verificar isso no geoprocessamento e ainda terá acesso ao seu número de leitos, quantidade de profissionais e diversos outros dados, conforme o que for disponibilizado pela gestão”, exemplificou. “Não se trata apenas de fiscalização, mas também de melhorias”, completou.

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