CRIME
São Leopoldo e Sapucaia estão entre as cidades com mais 'gatos' de luz
Conforme a Rio Grande Energia (RGE), São Leopoldo registrou 917 ligações irregulares em 2021; em Sapucaia do Sul, no ano passado foram desfeitas 532 ligações
Última atualização: 01/03/2024 08:55
O número pode e deve ser muito maior. Mas aos poucos, as fiscalizações e a conscientização, além de projetos que auxiliem as comunidades de regiões mais periféricas das cidades, começam a mudar um pouco o cenário das ligações clandestinas de energia elétrica. São Leopoldo, por exemplo, segue entre as cidades com o maior número de ligações irregulares, os populares "gatos", no sistema de energia elétrica. Mas a situação melhorou um pouco.
Conforme a Rio Grande Energia (RGE), São Leopoldo registrou 917 ligações irregulares em 2021. No ano passado, foram desfeitas 627 ligações de desvio de energia da rede. Redução de 31,6%. Um avanço no trabalho. No entanto, um desafio que segue na programação.
Em Sapucaia do Sul, em 2021, foram desfeitas 532 ligações. Em 2022, foram 516 ligações. Queda de 3%. Entre as cidades da região com mais casos de ligações clandestinas desfeitas no ano passado estão ainda Canoas, Gravataí e Novo Hamburgo.
Concessão
No geral, as ações de inspeção contra fraudes e furtos de energia permitiram à RGE regularizar 9,7 mil ligações clandestinas na sua área de concessão ao longo do ano passado. A distribuidora realizou milhares de inspeções nos 381 municípios da área. O dado positivo foi a redução da quantidade de "gatos" em relação às ações de 2021 em algumas cidades, embora elas sigam na lista, com o maior número de ligações irregulares, como São Leopoldo. "Fizemos 89,3 mil inspeções em campo", destaca Victor Rios Silva, gerente de Recuperação de Energia da empresa.
Parceria com Polícia Civil e Brigada Militar
Além dos investimentos em processos de monitoramento, a RGE informa que atua em parceria com a Polícia Civil e Brigada Militar para a identificação, fiscalização e combate ao furto de fiações e cabos em sua área de concessão. A companhia ressalta também que essa atividade criminosa causa interrupção no fornecimento de energia para os clientes.
Por meio da sua campanha Guardião da Vida, a distribuidora reforça os possíveis riscos à integridade física da população e dos próprios praticantes de furto, uma vez que os cabos, quase sempre, encontram-se energizados, podendo causar choques elétricos.
E a atenção com o sistema elétrico é necessária, pois a RGE é responsável por distribuir 65% da energia consumida no Rio Grande do Sul e atender mais de 3 milhões de clientes em 381 municípios gaúchos. É a maior distribuidora do grupo CPFL Energia em extensão territorial e número de cidades atendidas.
Risco na comunidade para a família e vizinhos
“Essas verificações (inspeções em campo) são cada vez mais assertivas, já que partimos de uma base de dados que nos indica endereços onde possivelmente a prática está presente. Além das inspeções, seguiremos trabalhando em tecnologias e sistemas cada vez mais robustos e integrados”, explica Silva. Ele destaca que ao fazer uma ligação clandestina, o morador coloca em risco a sua vida, a da família e a dos vizinhos.
O gerente detalha que o “gato” não segue qualquer padrão de segurança da rede elétrica. Em geral, ele é feito com fios, relógios e disjuntores adulterados, sem a certificação do Inmetro. Além disso, o risco de oscilações no fornecimento de energia, curto-circuito e incêndio é constante porque as ligações irregulares podem causar sobrecarga na rede elétrica. O furto de energia é crime previsto no Código Penal. Além de cobrança do valor correspondente, a pena pode chegar a oito anos de prisão.
Inteligência artificial e denúncias
Para qualificar as ações, a companhia investe em inteligência artificial (IA) e sistemas integrados que tornam as inspeções mais assertivas. “A IA consegue identificar, por exemplo, se um cliente teve uma queda brusca no consumo de energia, além de outras informações que podem indicar uma fraude na ligação. Assim, o sistema consegue nos listar endereços para os quais o alerta de fraude já está ligado”, completa Silva.
Conforme a comunicação da RGE, o combate às fraudes e ao furto de energia também é importante pelo aspecto comercial. Parte da energia furtada é reconhecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no cálculo da tarifa, ou seja, os demais clientes, com fornecimento e conta regulares, acabam pagando parte do valor que deixou de ser pago pelos fraudadores.
Denúncias podem ser realizadas pelo aplicativo CPFL Energia, site ou pelo email denunciafraude@cpfl.com.br.
Foco na prestação de serviços
Questões do fornecimento de energia, especial na prestação de serviços, estão em destaque nos últimos dias com atenção para o consumidor. A equipe do Procon de São Leopoldo participou de uma reunião com representantes do setor comercial da RGE. As servidoras Patrícia Ferreira, Sabrina Soares, Maria Eduarda Dalpiaz e Adriane Studzinski também conheceram as instalações da agência de São Leopoldo.
O número pode e deve ser muito maior. Mas aos poucos, as fiscalizações e a conscientização, além de projetos que auxiliem as comunidades de regiões mais periféricas das cidades, começam a mudar um pouco o cenário das ligações clandestinas de energia elétrica. São Leopoldo, por exemplo, segue entre as cidades com o maior número de ligações irregulares, os populares "gatos", no sistema de energia elétrica. Mas a situação melhorou um pouco.
Conforme a Rio Grande Energia (RGE), São Leopoldo registrou 917 ligações irregulares em 2021. No ano passado, foram desfeitas 627 ligações de desvio de energia da rede. Redução de 31,6%. Um avanço no trabalho. No entanto, um desafio que segue na programação.
Em Sapucaia do Sul, em 2021, foram desfeitas 532 ligações. Em 2022, foram 516 ligações. Queda de 3%. Entre as cidades da região com mais casos de ligações clandestinas desfeitas no ano passado estão ainda Canoas, Gravataí e Novo Hamburgo.
Concessão
No geral, as ações de inspeção contra fraudes e furtos de energia permitiram à RGE regularizar 9,7 mil ligações clandestinas na sua área de concessão ao longo do ano passado. A distribuidora realizou milhares de inspeções nos 381 municípios da área. O dado positivo foi a redução da quantidade de "gatos" em relação às ações de 2021 em algumas cidades, embora elas sigam na lista, com o maior número de ligações irregulares, como São Leopoldo. "Fizemos 89,3 mil inspeções em campo", destaca Victor Rios Silva, gerente de Recuperação de Energia da empresa.
Parceria com Polícia Civil e Brigada Militar
Além dos investimentos em processos de monitoramento, a RGE informa que atua em parceria com a Polícia Civil e Brigada Militar para a identificação, fiscalização e combate ao furto de fiações e cabos em sua área de concessão. A companhia ressalta também que essa atividade criminosa causa interrupção no fornecimento de energia para os clientes.
Por meio da sua campanha Guardião da Vida, a distribuidora reforça os possíveis riscos à integridade física da população e dos próprios praticantes de furto, uma vez que os cabos, quase sempre, encontram-se energizados, podendo causar choques elétricos.
E a atenção com o sistema elétrico é necessária, pois a RGE é responsável por distribuir 65% da energia consumida no Rio Grande do Sul e atender mais de 3 milhões de clientes em 381 municípios gaúchos. É a maior distribuidora do grupo CPFL Energia em extensão territorial e número de cidades atendidas.
Risco na comunidade para a família e vizinhos
“Essas verificações (inspeções em campo) são cada vez mais assertivas, já que partimos de uma base de dados que nos indica endereços onde possivelmente a prática está presente. Além das inspeções, seguiremos trabalhando em tecnologias e sistemas cada vez mais robustos e integrados”, explica Silva. Ele destaca que ao fazer uma ligação clandestina, o morador coloca em risco a sua vida, a da família e a dos vizinhos.
O gerente detalha que o “gato” não segue qualquer padrão de segurança da rede elétrica. Em geral, ele é feito com fios, relógios e disjuntores adulterados, sem a certificação do Inmetro. Além disso, o risco de oscilações no fornecimento de energia, curto-circuito e incêndio é constante porque as ligações irregulares podem causar sobrecarga na rede elétrica. O furto de energia é crime previsto no Código Penal. Além de cobrança do valor correspondente, a pena pode chegar a oito anos de prisão.
Inteligência artificial e denúncias
Para qualificar as ações, a companhia investe em inteligência artificial (IA) e sistemas integrados que tornam as inspeções mais assertivas. “A IA consegue identificar, por exemplo, se um cliente teve uma queda brusca no consumo de energia, além de outras informações que podem indicar uma fraude na ligação. Assim, o sistema consegue nos listar endereços para os quais o alerta de fraude já está ligado”, completa Silva.
Conforme a comunicação da RGE, o combate às fraudes e ao furto de energia também é importante pelo aspecto comercial. Parte da energia furtada é reconhecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no cálculo da tarifa, ou seja, os demais clientes, com fornecimento e conta regulares, acabam pagando parte do valor que deixou de ser pago pelos fraudadores.
Denúncias podem ser realizadas pelo aplicativo CPFL Energia, site ou pelo email denunciafraude@cpfl.com.br.
Foco na prestação de serviços
Questões do fornecimento de energia, especial na prestação de serviços, estão em destaque nos últimos dias com atenção para o consumidor. A equipe do Procon de São Leopoldo participou de uma reunião com representantes do setor comercial da RGE. As servidoras Patrícia Ferreira, Sabrina Soares, Maria Eduarda Dalpiaz e Adriane Studzinski também conheceram as instalações da agência de São Leopoldo.