ARTE SACRA
Santuário Coração de Jesus recebe objetos sacros esculpidos em madeira
Obras feitas pelo escultor Valter Frasson incluem Arca das Intenções e novo ambão
Última atualização: 25/01/2024 16:34
Construído entre os anos de 1958 e 1968, o Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Padre Reus, em São Leopoldo, recebeu nos últimos dias uma série de objetos sacros em madeira criados pelo escultor Valter Frasson. O artista tem dedicado por mais de 50 anos um espaço intenso de sua produção voltada para a fé, para a imagens da religiosidade, como Maria Acolhe seu Filho, exposta no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, e que foi inaugurada pelo Papa Bento XVI em 2007.
Para o Santuário, que abriga o túmulo Padre Reus, Frasson criou cristãos, novas poltronas, Arca das Intenções, Oratório e novo ambão do santuário, também conhecido como Altar da Palavra. O padre Raimundo Nonato Resende, reitor do santuário, destaca as novidades e dá detalhes sobre o ambão e seu significado.
Evangelistas
Segundo ele, é São Jerônimo quem nos explica o símbolo dos quatro evangelistas que estão talhados no novo Altar da Palavra: "... Estes quatro animais alados simbolizam os quatro santos evangelistas, é o que demonstra o próprio início de cada um destes livros dos evangelhos".
De acordo com padre Resende, "Mateus é corretamente simbolizado pelo homem porque ele inicia seu evangelho com a geração humana; Marcos é corretamente simbolizado pelo leão, porque inicia sua narrativa evangélica com o clamor no deserto; Lucas é bem simbolizado pelo bezerro, porque começa seu livro com o sacrifício; e João é simbolizado adequadamente pela águia, porque começa seu evangelho com a divindade do Verbo, dizendo: 'No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus' (Jo 1, 1), e assim tem em vista a substância divina, fixando o olhar no sol à maneira de uma águia."
Desafio
Para Frasson, formado em Engenharia e que na adolescência começou a trabalhar com madeira e também escultura, trata-se de mais um importante desafio feito com muita determinação para encontrar o caminho da arte em toras de madeira. Um trabalho que exige força e também muita delicadeza. Um equilíbrio essencial para revelar detalhes da história e simbologias da religiosidade.
Na cidade, também há obras criadas por Frasson no saguão da Prefeitura de São Leopoldo e na Unisinos, como o impactante Painel Imigração Alemã de 1824 até hoje. O escultor conta com obras em diferentes países. Além do Brasil, há trabalhos elaborados por ele na Alemanha, Estados Unidos, Japão e Itália.
Culto ao Padre Reus
Os sinais da força do culto ao religioso estão em todo o lugar no santuário, desde a imponência do próprio espaço até o fluxo incessante de romeiros, que se deslocam até o local para pagar promessas por graças alcançadas e depositar flores junto ao túmulo de Padre Reus. De acordo com pesquisa do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, o padre chegou no Brasil em 1900. Atuou por algum tempo em Rio Grande e Porto Alegre.
Foi designado em 1913 como pároco da Igreja Matriz de São Leopoldo. Por vários anos, Padre Reus também foi professor e conselheiro espiritual no Seminário Teológico (atual Unisinos), onde era conhecido por sua piedade e devoção. Ao falecer em 1947, foi sepultado no Cemitério dos Jesuítas, localizado na então “Chácara dos Padres”, contígua ao recém-criado Colégio Máximo Cristo Rei.
Muitos milagres lhe foram atribuídos, rendendo fama de santo. Em função disso, já em 1953, foi iniciado seu processo de beatificação.
Construído entre os anos de 1958 e 1968, o Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Padre Reus, em São Leopoldo, recebeu nos últimos dias uma série de objetos sacros em madeira criados pelo escultor Valter Frasson. O artista tem dedicado por mais de 50 anos um espaço intenso de sua produção voltada para a fé, para a imagens da religiosidade, como Maria Acolhe seu Filho, exposta no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, e que foi inaugurada pelo Papa Bento XVI em 2007.
Para o Santuário, que abriga o túmulo Padre Reus, Frasson criou cristãos, novas poltronas, Arca das Intenções, Oratório e novo ambão do santuário, também conhecido como Altar da Palavra. O padre Raimundo Nonato Resende, reitor do santuário, destaca as novidades e dá detalhes sobre o ambão e seu significado.
Evangelistas
Segundo ele, é São Jerônimo quem nos explica o símbolo dos quatro evangelistas que estão talhados no novo Altar da Palavra: "... Estes quatro animais alados simbolizam os quatro santos evangelistas, é o que demonstra o próprio início de cada um destes livros dos evangelhos".
De acordo com padre Resende, "Mateus é corretamente simbolizado pelo homem porque ele inicia seu evangelho com a geração humana; Marcos é corretamente simbolizado pelo leão, porque inicia sua narrativa evangélica com o clamor no deserto; Lucas é bem simbolizado pelo bezerro, porque começa seu livro com o sacrifício; e João é simbolizado adequadamente pela águia, porque começa seu evangelho com a divindade do Verbo, dizendo: 'No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus' (Jo 1, 1), e assim tem em vista a substância divina, fixando o olhar no sol à maneira de uma águia."
Desafio
Para Frasson, formado em Engenharia e que na adolescência começou a trabalhar com madeira e também escultura, trata-se de mais um importante desafio feito com muita determinação para encontrar o caminho da arte em toras de madeira. Um trabalho que exige força e também muita delicadeza. Um equilíbrio essencial para revelar detalhes da história e simbologias da religiosidade.
Na cidade, também há obras criadas por Frasson no saguão da Prefeitura de São Leopoldo e na Unisinos, como o impactante Painel Imigração Alemã de 1824 até hoje. O escultor conta com obras em diferentes países. Além do Brasil, há trabalhos elaborados por ele na Alemanha, Estados Unidos, Japão e Itália.
Culto ao Padre Reus
Os sinais da força do culto ao religioso estão em todo o lugar no santuário, desde a imponência do próprio espaço até o fluxo incessante de romeiros, que se deslocam até o local para pagar promessas por graças alcançadas e depositar flores junto ao túmulo de Padre Reus. De acordo com pesquisa do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, o padre chegou no Brasil em 1900. Atuou por algum tempo em Rio Grande e Porto Alegre.
Foi designado em 1913 como pároco da Igreja Matriz de São Leopoldo. Por vários anos, Padre Reus também foi professor e conselheiro espiritual no Seminário Teológico (atual Unisinos), onde era conhecido por sua piedade e devoção. Ao falecer em 1947, foi sepultado no Cemitério dos Jesuítas, localizado na então “Chácara dos Padres”, contígua ao recém-criado Colégio Máximo Cristo Rei.
Muitos milagres lhe foram atribuídos, rendendo fama de santo. Em função disso, já em 1953, foi iniciado seu processo de beatificação.