MEIO AMBIENTE
Saiba mais sobre os morcegos-vampiros, transmissores do vírus da raiva herbívora
Confira orientações sobre como prosseguir caso se depare com o animal
Última atualização: 25/01/2024 10:17
Existem mais de 180 espécies de morcegos no Brasil e apenas três são hematófagos, nos quais a mordedura é a principal forma de transmissão da raiva herbívora. Um deles é o chamado morcego-vampiro comum, o Desmodus rotundus. Conforme a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), alguns de seus esconderijos habituais são troncos ocos de árvores, cavernas, fendas de rochas, furnas, túneis e casas abandonadas, entre outros.Segundo o analista ambiental André Witt, do Programa de Controle de Raiva Herbívora, a orientação aos produtores rurais é de que, ao localizarem novos refúgios de morcegos-vampiros, não tentem capturá-los por conta própria e comuniquem imediatamente a localização dos esconderijos à inspetoria ou ao Escritório de Defesa Agropecuária do seu município.
Segundo a diretora de Proteção Ambiental de Novo Hamburgo, Maya Ruschel, os morcegos hematófagos são aqueles que se alimentam de sangue. E das três espécies existentes no País, uma delas se alimenta apenas do sangue de algumas aves. “É a saliva do Desmodus rotundus, nosso 'morcego-vampiro', que é o grande reservatório do Lyssavirus, que é o vírus da raiva. O que ocorre é que esse animal mordendo outro morcego, ou um cão, gato, bovinos, equinos, esse vírus pode sim ser transmitido”, explica Maya.
Maya reforça que a raiva transmitida que acomete o sistema nervoso central pode afetar também os seres humanos. “Evite manuseio desses animais, como todo silvestre deve ser manuseado com luvas e cuidados. Caso encontre tocas, famílias desses morcegos, entre em contato com órgão ambiental para que seja orientada a melhor conduta”, acrescenta Maya.
Matar morcegos é proibido por lei
A diretora de Proteção Ambiental, reforça que fazem parte da fauna brasileira, protegidos pela Lei Federal 9.605/98. Portanto, é proibido e se caracteriza como crime ambiental matar morcegos. “Lembrando que das mais de 180 espécies de morcegos no Brasil, apenas três são hematófagas”, diz Maya.
Maya diz, ainda, que existem formas corretas de controle dos animais. Em Novo Hamburgo, informações podem ser pedidas pelo plantão ou proteção ambiental (51) 99645-7266. “Podemos orientar o que seja feito, lembrando que a Prefeitura de Novo Hamburgo não executa serviço de expurgo. Podemos orientar e até receber animais caso o munícipe consiga colocá-los em alguma caixa”, explica Maya.
109 casos de raiva herbívora no RS
Dados do Informe Raiva 1/2023 apontam que no Rio Grande do Sul houve 109 casos de raiva no ano passado, distribuídos em 37 municípios, sendo que o resultado foi maior que o registrado em 2021, quando 48 focos foram identificados em 21 municípios. Em 2022, 99 bovinos, nove equinos e um ovino tiveram laudos positivos para raiva herbívora.
Segundo Witt, a estiagem do ano passado teve um papel importante nesse crescimento, pois provocou estresse nas colônias de morcegos, o que aumenta as agressões ao rebanho. “Este ano, de novo, temos seca, então é preciso vacinar o rebanho para não haver prejuízos nos próximos meses”, explica Witt.
De acordo com o levantamento, a maioria dos casos de raiva herbívora foi registrada nos meses de junho, julho e agosto. Entre os municípios estão três do Vale do Sinos – que são: Estância Velha, Novo Hamburgo e Sapucaia do Sul – e, ainda, duas do Vale do Paranhana – Parobé e Taquara.
“Em abril do ano passado, tivemos os dois primeiros casos, ambos em um mesmo rebanho, em Lomba Grande, depois que os animais, duas vacas, foram atendidas pela equipe de veterinários da Diretoria”, lembra a diretora de Fomento ao Desenvolvimento Rural, de Novo Hamburgo, Cristine Becker. Ao todo, foram dez casos em 2022, a maioria no primeiro semestre. Não houve ocorrências da doença no município em 2021 nem nestes primeiros meses de 2023.
Existem mais de 180 espécies de morcegos no Brasil e apenas três são hematófagos, nos quais a mordedura é a principal forma de transmissão da raiva herbívora. Um deles é o chamado morcego-vampiro comum, o Desmodus rotundus. Conforme a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), alguns de seus esconderijos habituais são troncos ocos de árvores, cavernas, fendas de rochas, furnas, túneis e casas abandonadas, entre outros.Segundo o analista ambiental André Witt, do Programa de Controle de Raiva Herbívora, a orientação aos produtores rurais é de que, ao localizarem novos refúgios de morcegos-vampiros, não tentem capturá-los por conta própria e comuniquem imediatamente a localização dos esconderijos à inspetoria ou ao Escritório de Defesa Agropecuária do seu município.
Segundo a diretora de Proteção Ambiental de Novo Hamburgo, Maya Ruschel, os morcegos hematófagos são aqueles que se alimentam de sangue. E das três espécies existentes no País, uma delas se alimenta apenas do sangue de algumas aves. “É a saliva do Desmodus rotundus, nosso 'morcego-vampiro', que é o grande reservatório do Lyssavirus, que é o vírus da raiva. O que ocorre é que esse animal mordendo outro morcego, ou um cão, gato, bovinos, equinos, esse vírus pode sim ser transmitido”, explica Maya.
Maya reforça que a raiva transmitida que acomete o sistema nervoso central pode afetar também os seres humanos. “Evite manuseio desses animais, como todo silvestre deve ser manuseado com luvas e cuidados. Caso encontre tocas, famílias desses morcegos, entre em contato com órgão ambiental para que seja orientada a melhor conduta”, acrescenta Maya.
Matar morcegos é proibido por lei
A diretora de Proteção Ambiental, reforça que fazem parte da fauna brasileira, protegidos pela Lei Federal 9.605/98. Portanto, é proibido e se caracteriza como crime ambiental matar morcegos. “Lembrando que das mais de 180 espécies de morcegos no Brasil, apenas três são hematófagas”, diz Maya.
Maya diz, ainda, que existem formas corretas de controle dos animais. Em Novo Hamburgo, informações podem ser pedidas pelo plantão ou proteção ambiental (51) 99645-7266. “Podemos orientar o que seja feito, lembrando que a Prefeitura de Novo Hamburgo não executa serviço de expurgo. Podemos orientar e até receber animais caso o munícipe consiga colocá-los em alguma caixa”, explica Maya.
109 casos de raiva herbívora no RS
Dados do Informe Raiva 1/2023 apontam que no Rio Grande do Sul houve 109 casos de raiva no ano passado, distribuídos em 37 municípios, sendo que o resultado foi maior que o registrado em 2021, quando 48 focos foram identificados em 21 municípios. Em 2022, 99 bovinos, nove equinos e um ovino tiveram laudos positivos para raiva herbívora.
Segundo Witt, a estiagem do ano passado teve um papel importante nesse crescimento, pois provocou estresse nas colônias de morcegos, o que aumenta as agressões ao rebanho. “Este ano, de novo, temos seca, então é preciso vacinar o rebanho para não haver prejuízos nos próximos meses”, explica Witt.
De acordo com o levantamento, a maioria dos casos de raiva herbívora foi registrada nos meses de junho, julho e agosto. Entre os municípios estão três do Vale do Sinos – que são: Estância Velha, Novo Hamburgo e Sapucaia do Sul – e, ainda, duas do Vale do Paranhana – Parobé e Taquara.
“Em abril do ano passado, tivemos os dois primeiros casos, ambos em um mesmo rebanho, em Lomba Grande, depois que os animais, duas vacas, foram atendidas pela equipe de veterinários da Diretoria”, lembra a diretora de Fomento ao Desenvolvimento Rural, de Novo Hamburgo, Cristine Becker. Ao todo, foram dez casos em 2022, a maioria no primeiro semestre. Não houve ocorrências da doença no município em 2021 nem nestes primeiros meses de 2023.
Segundo a diretora de Proteção Ambiental de Novo Hamburgo, Maya Ruschel, os morcegos hematófagos são aqueles que se alimentam de sangue. E das três espécies existentes no País, uma delas se alimenta apenas do sangue de algumas aves. “É a saliva do Desmodus rotundus, nosso 'morcego-vampiro', que é o grande reservatório do Lyssavirus, que é o vírus da raiva. O que ocorre é que esse animal mordendo outro morcego, ou um cão, gato, bovinos, equinos, esse vírus pode sim ser transmitido”, explica Maya.