O Rio Grande do Sul iniciou a campanha de vacinação contra a monkeypox (mpox) por Porto Alegre na terça-feira (11) e pretende alcançar três públicos-alvo: imunossuprimidos, pós-exposição e profissionais de laboratório. As 1.450 doses do imunizante recebidas pela Secretaria da Saúde (SES) do Estado são direcionadas para esses grupos, que são vulneráveis ao vírus causador da doença.
Divisões de doses:
- Para imunossuprimidos: 1.360 doses para vacinar 680 homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com 18 anos ou mais e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses;
- Para pós-exposição: 28 doses para vacinar 14 pessoas de 18 a 49 anos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco;
- Para profissionais de laboratório: 62 doses para vacinar 31 pessoas que trabalham diretamente com o Orthopoxvírus, causador da mpox, em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), de 18 a 49 anos de idade.
Esquema de aplicação
O esquema de aplicação será realizado em duas doses, com intervalos de um mês entre elas, permitindo vacinar 725 pessoas neste primeiro momento. “São pessoas com a condição imunológica bastante prejudicada, com mais risco de adoecimento e de morte se tiverem mpox”, explicou a especialista em Saúde do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Fernanda Maria da Rocha. A campanha de vacinação contra a mpox não será aberta ao público em geral, diferentemente das demais campanhas.
Ampliação
A vacinação será ampliada para os demais municípios conforme os serviços municipais de saúde identificarem as pessoas selecionadas para receberem a vacina e organizarem a logística local para a aplicação. “As vacinas ficam congeladas com validade até 2025, sem risco de perda”, completou Fernanda. Após resfriadas, a validade é de quatro semanas.
Queda progressiva
O Ministério da Saúde considera em queda progressiva o atual cenário de casos em todo o mundo, inclusive no Brasil. Segundo o Ministério, a principal estratégia de contenção é a identificação de casos e rastreamento de contatos.
No RS, entre 2022 e março de 2023, 329 casos de mpox foram registrados. Não houve nenhum caso de óbito em decorrência da doença.
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