PODE DEMORAR
Rompimento de tubulação deixa 26 mil clientes sem água em Novo Hamburgo; saiba quais os bairros afetados
Moradores de Novo Hamburgo vivem instabilidade no abastecimento de água desde o último domingo
Última atualização: 18/01/2024 14:32
Moradores de Novo Hamburgo voltaram a sofrer com a falta de água na manhã desta quinta-feira (18). O rompimento de uma tubulação que liga ao reservatório situado na Avenida Maurício Cardoso deixa 26 mil clientes sem água.
A previsão para normalização é até a noite, segundo a Comusa. O reparo da rede começou por volta das 10 horas, após os reservatórios ficarem completamente secos.
De acordo com a Comusa, companhia responsável pelo abastecimento, oito bairros estão sem água. Em alguns destes bairros, os moradores sofrem com a instabilidade no abastecimento de água desde o último domingo (14), depois do temporal que afetou o Vale do Sinos.
O Canudos é um destes bairros. A constante oscilação no abastecimento, irrita os moradores da Rua Athanásio Becker, que já não conseguem mais identificar quando a água retorna por conta da gangorra.
A aposentada Oneida dos Santos conta que a última vez que abriu as torneiras, na noite de ontem, teve a felicidade de encontrar água saindo dos canos. Mas a frustração voltou nesta manhã, quando as torneiras já estavam secas outra vez.
A dona de casa Maria Aparecida do Carmo que também reside nas imediações do aeroclube reclama que a falta de água a impede de colocar em dia os afazeres domésticos. “Tenho roupa para lavar aos montes, mas não consigo colocar em dia porque tá faltando água direto”, afirma.
Sem previsão para normalização do abastecimento
Além dos moradores do Canudos, segundo a Comusa, clientes dos bairros Centro, Diehl, Guarani, Hamburgo Velho, São Jorge, São José e Vila Nova enfrentam o mesmo problema.
A Comusa avisou que trabalha desde a madrugada para restabelecer o abastecimento o mais rápido possível.
O rompimento, conforme a companhia, é resultado do temporal que atingiu o Município na terça (17). “O rompimento é em consequência da falta de energia elétrica após o temporal que causou o ressecamento da tubulação, fragilizando a rede, que, durante o reabastecimento, com o aumento da pressão, se rompeu, o que pode ocorrer em períodos de prolongado desabastecimento”, diz a empresa, em nota.
Ainda de acordo com a companhia, a rede que liga ao reservatório é de ferro e fibrocimento, uma rede antiga e mais frágil do que as atuais de PEAD. Com a falta de energia e, consequentemente, o desabastecimento, as tubulações ressecaram e pararam de receber pressão.
Quando o abastecimento foi retomado, com o aumento de pressão, o fato de ser uma tubulação antiga e devido às mudanças de temperatura, fez com que a rede se rompesse. “Isso não teria acontecido sem a queda de energia”, garante a Comusa.