FUTURO
Rio Grande do Sul lidera projetos em energia eólica gerada na costa brasileira
Estado projeta investimentos neste tipo de energia renovável em terra, no alto-mar e em lagoas
Última atualização: 04/03/2024 17:10
A capacidade do Rio Grande do Sul para receber investimentos em energia eólica, potencializada pela segurança de licenciamento ambiental, foi um dos destaques do Wind of Change - Encontro de investidores em Hidrogênio Verde e Eólicas Offshore/Nearshore.
Em Brasília, dos 74 projetos nacionais apresentados para energia eólica na costa, 22 são do Rio Grande do Sul, o Estado com maior número. Juntas, todas as propostas somam 12.508 torres e quase 183 Gigawatss, o que equivale a toda energia disponibilizada atualmente, por todas as matrizes energéticas, no País.
O evento, que ocorre em Porto Alegre, reúne cerca de 300 empresários e lideranças setoriais e políticas de todo o Brasil entre terça-feira (18) e hoje para discutir investimentos futuros em alto-mar e áreas de lagoas. A aposta é que a partir de 2030 esta tecnologia possa se tornar realidade nas águas gaúchas.
O papel da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), tido no passado como um órgão que "atrapalhava", foi destacado como impulsionador no setor elétrico. Hoje, na Fepam há 38 parques onshore (em terra) com licenças prévias e de instalação em andamento e 63 projetos funcionando, somando 3.346 torres em 31 municípios, com R$ 90 milhões em investimentos.Além disso, como informou a secretária estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, um estudo sobre a instalação de parques nas áreas de lagoas será concluído ainda neste semestre. Nas lagoas Mirim, dos Patos e Mangueira são projetadas a produção de quase 40 Gigawatts.
Em 2014, foi publicado o zoneamento de energia eólica do Estado, mas sem prever este tipo de investimento nas lagoas. Um termo de referência foi finalizado em 2022.
Ibama é responsável por licenciar parques no mar
Conforme o coordenador de Licenciamento Ambiental de Energia Nuclear, Térmicas, Eólicas e Outras Fontes Alternativas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Wagner, a eólica offshore já é assunto no órgão desde 2017. O Ibama é órgão responsável por licenciar empreendimentos instalados no mar.
Em 2019, foi publicado um termo de referência para este tipo de empreendimento, o que impulsionou o interesse de empresas do setor neste tipo de negócio.
Wagner salienta que muitos projetos estão sobrepostos, incluindo aqueles da costa gaúcha. No Nordeste, alguns a quatro quilômetros da costa, próximos a praias turísticas. Não há uma distância definida para a instalação dos parques. "Ainda tem que levar em conta as comunidades pesqueiras, que às vezes chegam a pescar 30 quilômetros da costa", alerta Wagner.
O Congresso Nacional ainda não definiu a legislação específica para o offshore. Sobre isso, a advogada Luciana Gil chamou atenção para a necessidade de estudos socioambientais bem feitos, de modo a avaliar os impactos sobre as comunidades tradicionais.
Embaixadora dos EUA estará hoje
Nesta quarta-feira, participa do Wind of Change a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e o governador Eduardo Leite. A iniciativa é do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do RS (Sindienergia), em parceria com a empresa de eventos em energias renováveis e meio ambiente Viex.
A capacidade do Rio Grande do Sul para receber investimentos em energia eólica, potencializada pela segurança de licenciamento ambiental, foi um dos destaques do Wind of Change - Encontro de investidores em Hidrogênio Verde e Eólicas Offshore/Nearshore.
Em Brasília, dos 74 projetos nacionais apresentados para energia eólica na costa, 22 são do Rio Grande do Sul, o Estado com maior número. Juntas, todas as propostas somam 12.508 torres e quase 183 Gigawatss, o que equivale a toda energia disponibilizada atualmente, por todas as matrizes energéticas, no País.
O evento, que ocorre em Porto Alegre, reúne cerca de 300 empresários e lideranças setoriais e políticas de todo o Brasil entre terça-feira (18) e hoje para discutir investimentos futuros em alto-mar e áreas de lagoas. A aposta é que a partir de 2030 esta tecnologia possa se tornar realidade nas águas gaúchas.
O papel da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), tido no passado como um órgão que "atrapalhava", foi destacado como impulsionador no setor elétrico. Hoje, na Fepam há 38 parques onshore (em terra) com licenças prévias e de instalação em andamento e 63 projetos funcionando, somando 3.346 torres em 31 municípios, com R$ 90 milhões em investimentos.Além disso, como informou a secretária estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, um estudo sobre a instalação de parques nas áreas de lagoas será concluído ainda neste semestre. Nas lagoas Mirim, dos Patos e Mangueira são projetadas a produção de quase 40 Gigawatts.
Em 2014, foi publicado o zoneamento de energia eólica do Estado, mas sem prever este tipo de investimento nas lagoas. Um termo de referência foi finalizado em 2022.
Ibama é responsável por licenciar parques no mar
Conforme o coordenador de Licenciamento Ambiental de Energia Nuclear, Térmicas, Eólicas e Outras Fontes Alternativas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Wagner, a eólica offshore já é assunto no órgão desde 2017. O Ibama é órgão responsável por licenciar empreendimentos instalados no mar.
Em 2019, foi publicado um termo de referência para este tipo de empreendimento, o que impulsionou o interesse de empresas do setor neste tipo de negócio.
Wagner salienta que muitos projetos estão sobrepostos, incluindo aqueles da costa gaúcha. No Nordeste, alguns a quatro quilômetros da costa, próximos a praias turísticas. Não há uma distância definida para a instalação dos parques. "Ainda tem que levar em conta as comunidades pesqueiras, que às vezes chegam a pescar 30 quilômetros da costa", alerta Wagner.
O Congresso Nacional ainda não definiu a legislação específica para o offshore. Sobre isso, a advogada Luciana Gil chamou atenção para a necessidade de estudos socioambientais bem feitos, de modo a avaliar os impactos sobre as comunidades tradicionais.
Embaixadora dos EUA estará hoje
Nesta quarta-feira, participa do Wind of Change a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e o governador Eduardo Leite. A iniciativa é do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do RS (Sindienergia), em parceria com a empresa de eventos em energias renováveis e meio ambiente Viex.
Em Brasília, dos 74 projetos nacionais apresentados para energia eólica na costa, 22 são do Rio Grande do Sul, o Estado com maior número. Juntas, todas as propostas somam 12.508 torres e quase 183 Gigawatss, o que equivale a toda energia disponibilizada atualmente, por todas as matrizes energéticas, no País.
O evento, que ocorre em Porto Alegre, reúne cerca de 300 empresários e lideranças setoriais e políticas de todo o Brasil entre terça-feira (18) e hoje para discutir investimentos futuros em alto-mar e áreas de lagoas. A aposta é que a partir de 2030 esta tecnologia possa se tornar realidade nas águas gaúchas.