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SAÚDE

Rio Grande do Sul confirma caso de sarampo em menino de 3 anos; doença não era registrada no Estado desde 2020

Após a confirmação, a Secretaria da Saúde (SES) reforçou a recomendação da aplicação da vacina tríplice viral

Kassiane Michel
Publicado em: 26/01/2024 às 09h:19 Última atualização: 26/01/2024 às 09h:30
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O Rio Grande do Sul registrou um caso de sarampo após quase quatro anos sem confirmações da doença. Nesta quinta-feira (25), o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) informou que o paciente trata-se de um menino de 3 anos que chegou no dia 27 de dezembro ao município de Rio Grande. Ele estava no Paquistão, no sul do continente asiático, e não era vacinado.

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Rio Grande do Sul confirma caso de sarampo em menino de 3 anos; doença não era registrada no Estado desde 2020

Foto: Arquivo

Após a confirmação, a Secretaria da Saúde (SES) reforçou a recomendação da aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à população de um a 59 anos de idade, de acordo com o calendário nacional de vacinação, nas unidades de saúde municipais.

Conforme o Governo do Estado, a criança chegou do exterior a São Paulo em 26 de dezembro. Porém, a SES destaca que, durante o deslocamento, o menino não estava no período de transmissibilidade para a doença. A família procurou atendimento no dia 2 de janeiro, quando ele apresentou dor abdominal e febre. A criança ficou internada e em isolamento até o dia 15.

Ele passou por exames de sorologia do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do RS e de biologia molecular pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, que confirmaram a infecção por sarampo.

Antes da confirmação oficial, como já havia a suspeita de infecção, familiares, vizinhos e profissionais da saúde foram vacinados. O menino já está bem e seus parentes não apresentaram sintomas.

Rio Grande segue monitorando atendimentos por febre, exantema, tosse, coriza ou conjuntivite e não registrou nenhuma identificação de caso suspeito.

A Secretaria da Saúde ressalta que se trata de um caso importado sem cadeia de transmissão associada. “A ação mais importante para a proteção de todos certamente é a vacinação”, disse a diretora do Cevs, Tani Ranieri. “Com a circulação global de pessoas e situações em que, em algumas horas, é possível atravessar continentes, é importante buscar a imunização, garantindo a proteção necessária.”

Adultos precisam se vacinar com a tríplice viral?

O esquema vacinal completo consiste em duas doses até 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Nas crianças, a vacinação deve ocorrer aos 12 e 15 meses de idade. Profissionais de saúde devem realizar duas doses independentemente da idade. Em situações de bloqueio vacinal, a vacinação seletiva é recomendada para todas as pessoas acima de seis meses de idade.

Morte de bebê na Argentina

Nas últimas semanas, países como México, Estados Unidos, Reino Unido e Portugal, emitiram alertas após a confirmação de casos, com o óbito de uma criança de 19 meses na província de Salta, na Argentina, sem histórico de deslocamento. No Brasil, os últimos casos confirmados foram em 2022 no Rio de Janeiro, Pará, Amapá e São Paulo. No Rio Grande do Sul, os últimos casos confirmados haviam sido registrados em abril de 2020.

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