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OPERAÇÃO ICEBERG

Revendas, loja e até supermercado da região eram usados para lavar dinheiro do tráfico de drogas

Operação contra a lavagem de dinheiro foi deflagrada pelo Ministério Público

Juliano Piasentin
Publicado em: 29/11/2023 às 09h:53 Última atualização: 29/11/2023 às 10h:02
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Visando desarticular uma organização criminosa que atua no Vale do Sinos, o Grupo de Atuação Especial de Combates ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado (Gaeco/MP-RS), deflagrou na manhã desta quarta-feira (29), uma operação contra a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Segundo o Gaeco, ao menos oito suspeitos adquiriram 32 veículos. “Eles têm praticado lavagem de dinheiro, especialmente com o comércio de veículos automotores, buscando tornar lícito o dinheiro adquirido na prática de crimes”, ressalta o promotor de Justiça André Dal Molin, coordenador do Gaeco.

Operação do MP/RS no Vale do Sinos  | Jornal NH



Operação do MP/RS no Vale do Sinos

Foto: Gabinete de Comunicação/ MPRS

Conforme o MP-RS, a investigação começou há dois anos, sendo agora colocada em prática com mandados de busca e apreensão nos municípios de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Porto Alegre. “Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em residências e nos empreendimentos: sete casas e quatro empresas”, explica Dal Molin.

O MP-RS confirma que as aquisições dos automóveis estão sendo sequestradas judicialmente. Responsável pela apuração, o promotor Diego Pessi salientou que foram descobertas duas revendas, uma locadora de veículos, um supermercado e uma loja de roupas, todos os estabelecimentos utilizados para lavar o dinheiro oriundo do crime organizado. “O MP já ofereceu denúncia há alguns anos contra um dos líderes da facção criminosa. Ele é suspeito de traficar drogas do Paraguai para o Brasil, chegou a ser procurado pela Interpol e preso neste ano em Novo Hamburgo.”

Ligação com empresários e comerciantes

Pessi afirma que durante o período de investigação, foi descoberto um elo entre o líder da facção e empresários da região. “No curso do processo, pedimos a indisponibilidade de bens e de contas bancárias, além de realizarmos a apreensão de materiais que interessavam a nossa investigação criminal. A prova, que se dispõe, até agora, indica a existência de vínculos entre esses investigados e a organização criminosa”, completa.

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