RELEMBRE

RETROSPECTIVA 2023: Um ano marcado por perdas no trecho da morte, desastres naturais e solidariedade

Confira os casos que marcaram a região e o Estado no ano que está prestes a encerrar

Publicado em: 31/12/2023 11:02
Última atualização: 31/12/2023 11:02

O ano está prestes a encerrar, mas antes da chegada de 2024, preparamos uma retrospectiva de acontecimentos que marcaram a região em 2023: obras nas rodovias que impactaram o trânsito e o cotidiano, bem como mortes no trecho da morte, que registrou 14 óbitos, e em desastres ambientais, como a catástrofe de setembro, que deixou 53 mortos no RS e milhares e desabrigados e desalojados no RS. Além disso, também contamos por aqui histórias de mobilizaram e inspiraram a comunidade. Relembre:

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Trânsito: Um ano marcado por obras e vidas perdidas nas rodovias da região

Usuários das rodovias que atravessam na região tiveram que ter muita paciência para trafegar neste ano. Isso, porque além o trânsito habitual, obras de melhorias com várias frentes de trabalhos também causaram transtornos.

Algumas dessas intervenções, como a construção dos novos viadutos da Scharlau (junto à RS-240) e da terceira faixa das pistas centrais entre São Leopoldo e Novo Hamburgo, tinham previsão para serem concluídas ainda neste ano, mas o prazo para terminar foi estendido para o primeiro semestre de 2024.


Obras do Complexo Scharlau realizadas pelo Dnit Foto: Débora Ertel/GES-Especial

A região também conta com um pacote de obras que prevê a construção de viaduto, alargamento de faixas em frente à Refap e acessos em Esteio (próximo de onde viadutos já estão sendo erguidos); junto à BR-290, em Porto Alegre, e também o alargamento de viadutos.

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), as intervenções contempladas pelo lote 1 das obras de melhoramentos de tráfego e segurança viária da BR-116, entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, devem ser concluídas até o fim de 2025.

Para além das obras, a rodovia também chamou atenção por outro motivo: acidentes com mortes. Somente no trecho entre a RS-239 e Dois Irmãos, 14 pessoas morreram neste ano. Esse trajeto de 14 quilômetros ficou conhecido como trecho da morte.

No caso mais recente, uma mulher morreu no dia 17 de dezembro no limite entre Novo Hamburgo e Estância Velha. Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a vítima era passageira de uma motocicleta, que era conduzida por um homem e seguia no sentido capital-interior quando caiu. O condutor de 44 anos ficou ferido e a caroneira morreu no local.


BR-116: mulher morre em queda de motocicleta no "trecho da morte" neste domingo Foto: Arquivo pessoal

Obras para minimizar os acidentes fatais neste trecho estão previstas para iniciar em janeiro do próximo ano. Dois projetos serão executados no perímetro. Entre os quilômetros 232 e 233, será construído um canteiro de espera central, com acesso simplificado ao bairro Rincão Gaúcho pela Rua Rio de Janeiro, além de uma alça de retorno e acesso ao bairro Roselândia.

Já entre os quilômetros 230 e 231, no acesso à pedreira da Incomel, haverá o alargamento da pista com a construção de uma rótula alongada, que se transformará em um canteiro. Essa rotatória permitirá acesso à pedreira, bem como a realização de retornos em ambos os sentidos da rodovia.


Obras Trecho da Morte Foto: Obras Trecho da Morte

Neste ano, também iniciou a implementação de uma alternativa à praças de pedágio: o sistema free flow. A operação do novo modelo de cobrança de pedágio começou dia 15 de dezembro em trecho da RS-122, em Antônio Prado. Outros cinco pórticos devem entrar em funcionamento até fevereiro de 2024. Um deles, em Capela de Santana, moradores e políticos protestam contra a cobrança e pedem isenção aos munícipes que usam o trecho da rodovia para ir trabalhar, estudar e até buscar ajuda médica diariamente.

Desastres naturais e mortes no RS 

Diferentes episódios climáticos deixaram rastros de destruição e causaram mortes no Rio Grande do Sul no decorrer de 2023. Entre os mais intensos do ano, o ciclone extratropical que atingiu o Estado em junho deixou centenas de pessoas desabrigadas e desalojadas na região.

Em Novo Hamburgo, com o avanço da água do Rio dos Sinos, cachorros abrigados por uma ONG precisaram ser resgatados por um barco na madrugada. Os animais foram levados para abrigos temporários disponibilizados por voluntários. Outra história que marcou foi a da Dona Rosa, que é moradora do bairro Santo Afonso e teve a casa alagada.


Alagamento no bairro Santo Afonso, em Novo Hmaburgo Foto: Débora Ertel/GES-Especial

Ela emocionou os gaúchos no domingo, 18 de junho, quando recebeu a ligação do prêmio Tri Legal, e ao vivo, chorando, falou da situação em que encontrava: a água invadia a sua casa e ela perdia bens que batalhou a vida inteira para conquistar. O vídeo do programa apresentado Fernando Waschburger e Anelise Lopes com a cena emocionante se espalhou pelas redes sociais como alento para um momento caótico

Pelo efeito desse ciclone, o governo do Estado criou uma bolsa auxílio para ajudar as famílias afetadas pelas enchentes. A Prefeitura de Novo Hamburgo também lançou um benefício para seus munícipes afetados pelo fenômeno. Cada família recebeu R$ 1 mil da administração municipal.

Catástrofe de setembro

No início de setembro aconteceu um dos maiores desastres naturais da história do Rio Grande do Sul. Ao todo 53 pessoas morreram e milhares ficaram desabrigados e desalojados, principalmente no Vale do Taquari, a região mais atingida pelas enchentes. Muçum e Roca Sales, por exemplo, ficaram embaixo d'água e receberam o apoio da população de diversas parte do Rio Grande do Sul. Casas ficaram completamente destruídas.

O vice-governador, Gabriel Souza, chegou a colocar o gabinete no Vale do Taquari para acompanhar o apoio aos moradores da região. 

O último corpo encontrado foi de um bombeiro que trabalhava no resgate das vítimas da enchente. O cadáver foi localizado no dia 26 de outubro em Muçum

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