EDUCAÇÃO
Retroescavadeira e trabalhadores movimentam rotina de escola em Novo Hamburgo
Obra estadual era aguardada há oito anos pela comunidade escolar
Última atualização: 17/09/2024 16:09
Quem passou pela Escola Estadual de Ensino Fundamental Antônio Vieira, no bairro Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo, na manhã desta segunda-feira (26) pode perceber o início da movimentação da obra estadual que prevê a reestruturação de boa parte da instituição. Uma retroescavadeira e seis trabalhadores da empresa Ziller Construtora, que venceu a licitação, se dedicavam à derrubada do muro na lateral da escola.
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A expectativa é que a finalização desta primeira parte seja na primeira quinzena de setembro. O projeto é dedicado quase que majoritariamente à estrutura externa da Antônio Vieira, com a reestruturação do muro, do telhado e da escadaria, que dá acesso aos alunos e professores ao pátio. Na parte interna, estão previstas apenas obras em uma sala de aula e em outro anexo utilizado como depósito.
Segundo Carlos Ronei Lima, proprietário da construtora que veio de Dois Irmãos, a previsão do tempo é crucial para o bom andamento da obra, mas de qualquer forma o prazo de cinco meses, até dezembro, é razoável para a conclusão.
“Dependo muito de tempo bom. Quando se trata de telhado, as próprias normas não me permitem que os funcionários trabalhem em altura em dias chuvosos ou úmidos”, afirma.
Uma das partes mais delicadas da reestruturação é justamente o telhado, que sofre há anos com goteiras. O plano da Ziller Construtora é avançar por etapas e dentro da agenda da escola, o que vai evitar que o teto fique descoberto e que os alunos tenham interferência em sua rotina. “Vamos substituir totalmente o telhado, é uma reforma em cima de um prédio antigo, com apenas reformas paliativas”, explica Lima.
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Preocupação com estrutura segue
Reparos paliativos resolveram em partes algumas goteiras na Antônio Vieira, mas em dias de muita chuva a instituição ainda precisa lidar com água escorrendo pelos corredores.
A diretora Eunice Ana Werle Moeller conta que essa é uma das partes mais esperadas pela comunidade. “Isso nos preocupa porque reformamos toda a escola internamente, pintamos tudo e aí começa de novo o bolor”, pondera.
Além disso, não é apenas o telhado e o muro que precisam de reparos. Apesar de não estarem contemplados na obra estadual, a instituição ainda requer atenção na arquibancada ao lado de uma das quadras de esportes e no inexistente refeitório.
Construída em um terreno desnivelado, a Antônio Vieira tem sua porta de entrada em uma parte mais plana, mas o acesso ao pátio precisa ser feito pela escadaria pois fica localizado na parte de trás e mais baixa do terreno. “A arquibancada é uma parte que sustenta a escola, e continuamos sem refeitório, os alunos recebem a merenda em bandejões nas salas de aula”, disse Eunice.