SÃO LEOPOLDO
Restauro da Casa do Imigrante segue no papel 4 anos após colapso estrutural
Anteprojeto do restauro da Casa do Imigrante deve estar pronto até o final de abril
Última atualização: 01/02/2024 17:31
A Praça do Imigrante foi construída sobre um aterro junto ao antigo Porto das Telhas, tendo sido o local de desembarque dos primeiros 39 alemães, que desembarcaram em 25 de julho de 1824. Eles foram instalados na antiga sede da Real Feitoria do Linho Cânhamo, construção de 1788 onde era feita a matéria-prima para velas e cordéis de navios, iniciando outra história: a Casa do Imigrante. Há quatro anos, em 5 de março de 2019, uma parte da Casa do Imigrante desabou.
O local, administrado pelo Museu Histórico Visconde de São Leopoldo (MHVSL), já estava fechado para visitas desde 2014 justamente por conta de problemas estruturais. Logo se iniciou uma mobilização pela recuperação. Um processo complexo, especialmente pelo fato de ser tombada como patrimônio histórico.
Atualmente, o local segue com proteções e isolamentos para evitar novos colapsos. Mas ações avançam, pois a proposta para a revitalização da Casa da Feitoria/Museu do Imigrante em São Leopoldo foi uma das contempladas, no ano passado, projeto Iconicidades, do governo do Estado.
O gestor do projeto pelo Município é o coordenador de Patrimônio Cultural da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais (Secult), Joel Santana, que está fazendo a colaboração com as informações necessários para o Estado. Conforme a equipe do Escritório de Desenvolvimento de Projetos (EDP), que responsável pela iniciativa da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do RS (SPGG), o trabalho está na etapa de anteprojetos em finalização, devendo ser concluída em abril. A próxima etapa será o desenvolvimento dos projetos executivos arquitetônico e complementares.
Restauro do espaço
Conforme a SPGG, o Complexo Casa da Feitoria/Museu do Imigrante envolve a constituição de um complexo cultural englobando a reconstrução do setor que ruiu e o restauro do espaço da Casa da Feitoria/Museu do Imigrante – tombada pelo Iphae –, proposição de edificação anexa, tratamento paisagístico da área adjacente e proposição de diretrizes para um futuro parque, tendo valor de contrato de R$ 607.321,14.
O Iconicidades foi lançado pelo governo do Estado justamente para fazer frente ao desafio de tornar as cidades gaúchas mais inovadoras, criativas e empreendedoras. A iniciativa é voltada para ressignificar e estimular a retomada de espaços arquitetônicos icônicos em suas regiões – ambientes que fazem parte da identidade local, seja pela localização, pelo estilo arquitetônico que imprimem, ou mesmo pelo uso que deles se fez no passado.
"O museu ficou impossibilitado de procurar outros caminhos"
“Nós ficamos extremamente frustrados em ver o tempo passar e a situação nada definida de forma efetiva”, destaca a presidente do MHVSL, Renata Rotermund. “No próximo dia 13 começa a contagem para os 500 dias faltantes para o bicentenário. Com a inscrição no Iconicidades pela Prefeitura, o museu ficou impossibilitado de procurar outros caminhos para financiamento da obra. Seguimos fazendo o possível para ao menos manter intacto o perímetro, pagando luz, segurança e pequenos consertos. Vale lembrar como o tráfego pesado e constante na Avenida Feitoria afeta gravemente a estrutura da casa. O que temos não é somente uma questão da estrutura que vemos, mas da base dela. Sem esta, o restante é redundante.”
A Praça do Imigrante foi construída sobre um aterro junto ao antigo Porto das Telhas, tendo sido o local de desembarque dos primeiros 39 alemães, que desembarcaram em 25 de julho de 1824. Eles foram instalados na antiga sede da Real Feitoria do Linho Cânhamo, construção de 1788 onde era feita a matéria-prima para velas e cordéis de navios, iniciando outra história: a Casa do Imigrante. Há quatro anos, em 5 de março de 2019, uma parte da Casa do Imigrante desabou.
O local, administrado pelo Museu Histórico Visconde de São Leopoldo (MHVSL), já estava fechado para visitas desde 2014 justamente por conta de problemas estruturais. Logo se iniciou uma mobilização pela recuperação. Um processo complexo, especialmente pelo fato de ser tombada como patrimônio histórico.
Atualmente, o local segue com proteções e isolamentos para evitar novos colapsos. Mas ações avançam, pois a proposta para a revitalização da Casa da Feitoria/Museu do Imigrante em São Leopoldo foi uma das contempladas, no ano passado, projeto Iconicidades, do governo do Estado.
O gestor do projeto pelo Município é o coordenador de Patrimônio Cultural da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais (Secult), Joel Santana, que está fazendo a colaboração com as informações necessários para o Estado. Conforme a equipe do Escritório de Desenvolvimento de Projetos (EDP), que responsável pela iniciativa da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do RS (SPGG), o trabalho está na etapa de anteprojetos em finalização, devendo ser concluída em abril. A próxima etapa será o desenvolvimento dos projetos executivos arquitetônico e complementares.
Restauro do espaço
Conforme a SPGG, o Complexo Casa da Feitoria/Museu do Imigrante envolve a constituição de um complexo cultural englobando a reconstrução do setor que ruiu e o restauro do espaço da Casa da Feitoria/Museu do Imigrante – tombada pelo Iphae –, proposição de edificação anexa, tratamento paisagístico da área adjacente e proposição de diretrizes para um futuro parque, tendo valor de contrato de R$ 607.321,14.
O Iconicidades foi lançado pelo governo do Estado justamente para fazer frente ao desafio de tornar as cidades gaúchas mais inovadoras, criativas e empreendedoras. A iniciativa é voltada para ressignificar e estimular a retomada de espaços arquitetônicos icônicos em suas regiões – ambientes que fazem parte da identidade local, seja pela localização, pelo estilo arquitetônico que imprimem, ou mesmo pelo uso que deles se fez no passado.
"O museu ficou impossibilitado de procurar outros caminhos"
“Nós ficamos extremamente frustrados em ver o tempo passar e a situação nada definida de forma efetiva”, destaca a presidente do MHVSL, Renata Rotermund. “No próximo dia 13 começa a contagem para os 500 dias faltantes para o bicentenário. Com a inscrição no Iconicidades pela Prefeitura, o museu ficou impossibilitado de procurar outros caminhos para financiamento da obra. Seguimos fazendo o possível para ao menos manter intacto o perímetro, pagando luz, segurança e pequenos consertos. Vale lembrar como o tráfego pesado e constante na Avenida Feitoria afeta gravemente a estrutura da casa. O que temos não é somente uma questão da estrutura que vemos, mas da base dela. Sem esta, o restante é redundante.”