COMBATE AO TRÁFICO
Responsáveis por rede de fornecimento de drogas e armas no Vale do Sinos são alvos da Polícia
Ordens de prisões e mandados de busca e apreensão são cumpridos nesta quinta-feira em cidades como Novo Hamburgo, São Leopoldo e Campo Bom
Última atualização: 26/02/2024 10:24
Uma organização criminosa do Vale do Sinos é investigada por manter uma rede de fornecimento de drogas na região. Nesta quinta-feira (23), a Polícia Civil cumpre 36 mandados de prisão preventiva, 77 mandados de busca e apreensão, 36 medidas cautelares de bloqueio de contas e apreensão de 19 veículos. As ordens judiciais são cumpridas em 10 cidades: São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Parobé, Canoas, Porto Alegre, Gravataí e Imbé.
A investigação começou em julho de 2021. Em dezembro daquele ano, a Polícia fez uma operação e cumpriu 26 mandados de prisão e 22 mandados de busca e apreensão. Após a ação, 11 pessoas foram indiciadas por tráfico e associação para o tráfico de drogas.
Uma das prisões de 2021 ocorreu em Novo Hamburgo, quando um homem foi preso em flagrante com entorpecentes. Na residência dele, um telefone celular foi apreendido. A partir da análise do aparelho, a Polícia descobriu a rede de distribuição de drogas e comércio de armas. Conforme o delegado Eduardo Hartz, o investigado atuava na intermediação de venda de drogas e armas e recebia uma parte dos lucros decorrente desse "agenciamento". Ele é considerado pela Polícia um "concierge do tráfico", por fazer todo o trabalho de prestar informações e controlar a distribuição de drogas para o grupo.
Além do morador de Novo Hamburgo, a investigação identificou outras pessoas de maior importância dentro da organização criminosa. Essas pessoas dão instruções sobre os pontos de venda de entorpecentes para os compradores e recebem grandes quantias de dinheiro vinda da prática criminosa. O grupo também negocia armas, o que foi constato com a descoberta de fotografias de armamentos de diversos calibres no celular apreendido. Segundo a Polícia, os investigados ostentam essas armas em publicações nas redes sociais. O dinheiro adquirido de forma ilegal é usado pelos investigados, segundo a Polícia, para comprar carros de luxo e fazer viagens.