SEGURANÇA
Região terá monitoramento de agressores de mulheres por tornozeleiras eletrônicas
Central da região para instalar o dispositivo nos agressores enquadrados pela Justiça no programa será em São Leopoldo
Última atualização: 14/11/2023 07:14
O cerco contra agressores de mulheres amparadas pela Lei Maria da Penha avança. A partir de dezembro, 15 cidades do Vale do Sinos passam a integrar o projeto Monitoramento do Agressor do Programa RS Seguro, ligado ao gabinete do governador e criado pelo Comitê EmFrenteMulher. Na prática, a iniciativa permite o uso de tornozeleiras eletrônicas em agressores evitando que se aproximem das mulheres que têm medida protetiva.
O governo do Estado destinará 104 kits (aparelhos celular e tornozeleira) para atendimento de casos em Araricá, Campo Bom, Capela de Santana, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Lindolfo Collor, Morro Reuter, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Portão, Presidente Lucena, Santa Maria do Herval, São Leopoldo e Sapiranga.
A central da região para instalar o dispositivo nos agressores enquadrados pela Justiça no programa será em São Leopoldo. Já o monitoramento será feito pela Brigada Militar (BM), que terá centrais em Novo Hamburgo, São Leopoldo e Sapiranga. A partir desses locais, as equipes irão se deslocar caso seja necessário ajudar alguma vítima.
Na região, em junho deste ano a Polícia Civil e a Brigada Militar instalaram a primeira tornozeleira eletrônica do projeto em Canoas. Nesta segunda (13), a Secretaria de Segurança Pública (SSP/RS) informou que Canoas tem 20 tornozeleiras em operação, ficando atrás somente de Porto Alegre, com 27. Pelotas (6), Rio Grande (4), Gravataí e Viamão (uma cada) são as demais cidades.
Redução
Segundo a SSP/RS, os tipos de agressões contra as mulheres mais comuns são a ameaça e a lesão. Embora no acumulado do ano haja queda no número de feminicídios no Estado, com 74 mortes até outubro deste ano, contra 102 comparativamente aos mesmos dez meses do ano passado, o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, destaca que para reduzir ainda mais as forças policiais seguem mobilizadas e atuando de forma integrada para evitar novos casos.
"O Monitoramento do Agressor é um projeto de extrema importância para o Rio Grande do Sul, porque busca oferecer a máxima proteção possível às vítimas de violência doméstica e familiar. Além de trabalharmos constantemente pelo fortalecimento das estruturas de segurança, investimos em ferramentas e soluções tecnológicas que ajudam a coibir esse crime desafiador, que muitas vezes ocorre de forma silenciosa no ambiente familiar.
O delegado Alexandre Quintão, da Deam hamburguense, declara que tudo que vier para ajudar a inibir a violência contra a mulher é bem-vindo. "Só temos a comemorar qualquer iniciativa que venha a diminuir a violência doméstica", sublinha.
Na Deam em Novo Hamburgo, dos 1.340 inquéritos instalados, Quintão estima que 1 mil são de violência doméstica contra mulheres. Os demais englobam estupro e violência sexual contra crianças.
Colaborou: Juliano Piasentin
Como funciona
Mediante autorização da Justiça, a vítima receberá um celular com o aplicativo interligado à tornozeleira usada pelo agressor. No monitoramento, se ocorrer aproximação à vítima, o equipamento emite um alerta. Caso o agressor não recue e ultrapasse o raio de distanciamento determinado pela medida protetiva, o aplicativo mostrará um mapa em tempo real e alertará novamente a vítima e a central de monitoramento.
Acompanhamento
Após este segundo alerta, a Patrulha Maria da Penha ou outra guarnição da Brigada Militar mais próxima irá se dirigir para o local. O aplicativo foi programado para não ser desinstalado. Além disso, também permite o cadastro de familiares e pessoas de confiança com quem a vítima possa estabelecer contato para casos de urgência.
Kits serão antecipados no Litoral Norte
A programação para a entrega dos 75 kits a municípios do Litoral Norte foi antecipada. Ocorreria entre abril e maio de 2024 e, por conta da temporada de verão, será em dezembro. A central da região será Capão da Canoa e ,quando necessário atendimento às vítimas, as equipes da BM de Capão da Canoa e Osório irão se deslocar. As cidades serão Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, Capivari do Sul, Caraá, Cidreira, Dom Pedro de Alcântara, Imbé, Itati, Mampituba, Maquiné, Morrinhos do Sul, Mostardas, Osório, Palmares do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Tavares, Terra de Areia, Torres, Tramandaí, Três Cachoeiras, Três Forquilhas e Xangri-lá.
O cerco contra agressores de mulheres amparadas pela Lei Maria da Penha avança. A partir de dezembro, 15 cidades do Vale do Sinos passam a integrar o projeto Monitoramento do Agressor do Programa RS Seguro, ligado ao gabinete do governador e criado pelo Comitê EmFrenteMulher. Na prática, a iniciativa permite o uso de tornozeleiras eletrônicas em agressores evitando que se aproximem das mulheres que têm medida protetiva.
O governo do Estado destinará 104 kits (aparelhos celular e tornozeleira) para atendimento de casos em Araricá, Campo Bom, Capela de Santana, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Lindolfo Collor, Morro Reuter, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Portão, Presidente Lucena, Santa Maria do Herval, São Leopoldo e Sapiranga.
A central da região para instalar o dispositivo nos agressores enquadrados pela Justiça no programa será em São Leopoldo. Já o monitoramento será feito pela Brigada Militar (BM), que terá centrais em Novo Hamburgo, São Leopoldo e Sapiranga. A partir desses locais, as equipes irão se deslocar caso seja necessário ajudar alguma vítima.
Na região, em junho deste ano a Polícia Civil e a Brigada Militar instalaram a primeira tornozeleira eletrônica do projeto em Canoas. Nesta segunda (13), a Secretaria de Segurança Pública (SSP/RS) informou que Canoas tem 20 tornozeleiras em operação, ficando atrás somente de Porto Alegre, com 27. Pelotas (6), Rio Grande (4), Gravataí e Viamão (uma cada) são as demais cidades.
Redução
Segundo a SSP/RS, os tipos de agressões contra as mulheres mais comuns são a ameaça e a lesão. Embora no acumulado do ano haja queda no número de feminicídios no Estado, com 74 mortes até outubro deste ano, contra 102 comparativamente aos mesmos dez meses do ano passado, o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, destaca que para reduzir ainda mais as forças policiais seguem mobilizadas e atuando de forma integrada para evitar novos casos.
"O Monitoramento do Agressor é um projeto de extrema importância para o Rio Grande do Sul, porque busca oferecer a máxima proteção possível às vítimas de violência doméstica e familiar. Além de trabalharmos constantemente pelo fortalecimento das estruturas de segurança, investimos em ferramentas e soluções tecnológicas que ajudam a coibir esse crime desafiador, que muitas vezes ocorre de forma silenciosa no ambiente familiar.
O delegado Alexandre Quintão, da Deam hamburguense, declara que tudo que vier para ajudar a inibir a violência contra a mulher é bem-vindo. "Só temos a comemorar qualquer iniciativa que venha a diminuir a violência doméstica", sublinha.
Na Deam em Novo Hamburgo, dos 1.340 inquéritos instalados, Quintão estima que 1 mil são de violência doméstica contra mulheres. Os demais englobam estupro e violência sexual contra crianças.
Colaborou: Juliano Piasentin
Como funciona
Mediante autorização da Justiça, a vítima receberá um celular com o aplicativo interligado à tornozeleira usada pelo agressor. No monitoramento, se ocorrer aproximação à vítima, o equipamento emite um alerta. Caso o agressor não recue e ultrapasse o raio de distanciamento determinado pela medida protetiva, o aplicativo mostrará um mapa em tempo real e alertará novamente a vítima e a central de monitoramento.
Acompanhamento
Após este segundo alerta, a Patrulha Maria da Penha ou outra guarnição da Brigada Militar mais próxima irá se dirigir para o local. O aplicativo foi programado para não ser desinstalado. Além disso, também permite o cadastro de familiares e pessoas de confiança com quem a vítima possa estabelecer contato para casos de urgência.
Kits serão antecipados no Litoral Norte
A programação para a entrega dos 75 kits a municípios do Litoral Norte foi antecipada. Ocorreria entre abril e maio de 2024 e, por conta da temporada de verão, será em dezembro. A central da região será Capão da Canoa e ,quando necessário atendimento às vítimas, as equipes da BM de Capão da Canoa e Osório irão se deslocar. As cidades serão Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, Capivari do Sul, Caraá, Cidreira, Dom Pedro de Alcântara, Imbé, Itati, Mampituba, Maquiné, Morrinhos do Sul, Mostardas, Osório, Palmares do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Tavares, Terra de Areia, Torres, Tramandaí, Três Cachoeiras, Três Forquilhas e Xangri-lá.