POLÍCIA
Rede neonazista com membros no Vale do Sinos espanca mendigo e festeja barbárie
É outra abominável live de comunidade sádica com integrantes na região
Última atualização: 14/10/2024 15:03
Parece não ter fim a série de atrocidades do grupo neonazista Elite Intelectual da Internet, com membros do Vale do Sinos, revelado no fim de dezembro pelo Jornal NH. Depois de mutilar animais, como na horrenda live de Lindolfo Collor na véspera de Natal, e de fazer ameaças racistas a ator do programa BBB22, na semana passada, a rede sádica agora se vangloria do espancamento de um morador de rua negro. O ataque ao vivo, restrito a membros da comunidade extremista, vazou por meio de hackers rivais. E a reportagem teve acesso.
"A vida do mendigo não valia mais que 300 reais", gaba-se um dos agressores, para dizer que fez por dinheiro em desafio on-line patrocinado por lideranças do grupo. As imagens mostram que um supremacista chegou a dar duas estocadas no peito da vítima. A live teria ocorrido na noite de 20 de janeiro, em Porto Velho, capital de Rondônia. Apesar de escuro, o vídeo permite identificar que foi na frente de um prédio comercial da Avenida Carlos Gomes, no bairro São Cristóvão, perto do Centro.
Em chat fechado, que também vazou, os racistas zombam do ataque e insinuam que o mendigo está morto.
Vestígios gaúchos
Mas, ao contrário do que tentam se vangloriar os executores, a vítima não morreu. O Samu de Porto Velho informou ontem à reportagem que sequer há registro de atendimento naquela semana no local. A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Vida de Porto Velho não se manifestou a respeito da investigação, que possivelmente vai recair sobre gaúchos. Há vestígios da participação de moradores do Vale do Sinos e do litoral gaúcho na live, assim como do principal líder do grupo, um gamer de 25 anos de família influente de Goiás.
Atos insanos idolatrados
É mais um ato de covardia encarado como heroico pelo grupo. O vídeo mostra a frieza doentia de dois homens e o desespero da vítima. São dois que surpreendem o mendigo, que está deitado em folha de papelão na entrada de um prédio. Um terceiro nazista grava tudo.
O primeiro agressor, de bermuda e moletom com capuz, chega chutando o morador de rua, que se senta com as mãos para cima, como se implorasse para não apanhar. O outro, de traje paramilitar e boné, rende o mendigo por trás e tapa a boca dele. Dá socos na barriga e, por fim, duas estocadas no peito.
Por motivo desconhecido, talvez aproximação de testemunhas, os extremistas fogem. A imagem fica tremida. Os membros comemoram e se vangloriam da barbárie, como fizeram quando o adolescente de 17 anos torturou e matou um cachorro na noite de 24 de dezembro na casa da mãe, em Lindolfo Collor.
O menor, que já teria massacrado outros animais em lives, era chamado de "mito" pelos seguidores da "Elite Intelectual". Quatro dias depois, ele foi internado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Novo Hamburgo e a delegada que investiga o caso, Raquel Peixoto, passou a sofrer ameaças de morte. A família do adolescente, que segue no Case, também virou alvo de intimidações.
Morador de Novo Hamburgo foi ouvido ontem na capital
O morador de Novo Hamburgo de 26 anos investigado pela Polícia do Rio de Janeiro por ofensas racistas ao ator Douglas Silva, da Rede Globo, foi ouvido ontem em Porto Alegre. O suspeito é negro e filho de policial civil aposentado. Conforme antecipado pelo Jornal NH, ele nega as acusações sob alegação de que seu blog e redes sociais foram hackeados. Ele seria um dos líderes da rede Elite Intelectual da internet.
"Ele disse que não tem ideia de que quem teria hackeado porque só fica em casa e só se relaciona com a família", diz a delegada de Combate à Intolerância do RS, Andréa Mattos. Na última sexta ela apreendeu computadores e celulares do hamburguense, no bairro Liberdade, e de suposto comparsa em Tramandaí. "Temos inquérito em aberto, ainda sem indiciamento."
Parece não ter fim a série de atrocidades do grupo neonazista Elite Intelectual da Internet, com membros do Vale do Sinos, revelado no fim de dezembro pelo Jornal NH. Depois de mutilar animais, como na horrenda live de Lindolfo Collor na véspera de Natal, e de fazer ameaças racistas a ator do programa BBB22, na semana passada, a rede sádica agora se vangloria do espancamento de um morador de rua negro. O ataque ao vivo, restrito a membros da comunidade extremista, vazou por meio de hackers rivais. E a reportagem teve acesso.
"A vida do mendigo não valia mais que 300 reais", gaba-se um dos agressores, para dizer que fez por dinheiro em desafio on-line patrocinado por lideranças do grupo. As imagens mostram que um supremacista chegou a dar duas estocadas no peito da vítima. A live teria ocorrido na noite de 20 de janeiro, em Porto Velho, capital de Rondônia. Apesar de escuro, o vídeo permite identificar que foi na frente de um prédio comercial da Avenida Carlos Gomes, no bairro São Cristóvão, perto do Centro.
Em chat fechado, que também vazou, os racistas zombam do ataque e insinuam que o mendigo está morto.
Vestígios gaúchos
Mas, ao contrário do que tentam se vangloriar os executores, a vítima não morreu. O Samu de Porto Velho informou ontem à reportagem que sequer há registro de atendimento naquela semana no local. A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Vida de Porto Velho não se manifestou a respeito da investigação, que possivelmente vai recair sobre gaúchos. Há vestígios da participação de moradores do Vale do Sinos e do litoral gaúcho na live, assim como do principal líder do grupo, um gamer de 25 anos de família influente de Goiás.
Atos insanos idolatrados
É mais um ato de covardia encarado como heroico pelo grupo. O vídeo mostra a frieza doentia de dois homens e o desespero da vítima. São dois que surpreendem o mendigo, que está deitado em folha de papelão na entrada de um prédio. Um terceiro nazista grava tudo.
O primeiro agressor, de bermuda e moletom com capuz, chega chutando o morador de rua, que se senta com as mãos para cima, como se implorasse para não apanhar. O outro, de traje paramilitar e boné, rende o mendigo por trás e tapa a boca dele. Dá socos na barriga e, por fim, duas estocadas no peito.
Por motivo desconhecido, talvez aproximação de testemunhas, os extremistas fogem. A imagem fica tremida. Os membros comemoram e se vangloriam da barbárie, como fizeram quando o adolescente de 17 anos torturou e matou um cachorro na noite de 24 de dezembro na casa da mãe, em Lindolfo Collor.
O menor, que já teria massacrado outros animais em lives, era chamado de "mito" pelos seguidores da "Elite Intelectual". Quatro dias depois, ele foi internado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Novo Hamburgo e a delegada que investiga o caso, Raquel Peixoto, passou a sofrer ameaças de morte. A família do adolescente, que segue no Case, também virou alvo de intimidações.
Morador de Novo Hamburgo foi ouvido ontem na capital
O morador de Novo Hamburgo de 26 anos investigado pela Polícia do Rio de Janeiro por ofensas racistas ao ator Douglas Silva, da Rede Globo, foi ouvido ontem em Porto Alegre. O suspeito é negro e filho de policial civil aposentado. Conforme antecipado pelo Jornal NH, ele nega as acusações sob alegação de que seu blog e redes sociais foram hackeados. Ele seria um dos líderes da rede Elite Intelectual da internet.
"Ele disse que não tem ideia de que quem teria hackeado porque só fica em casa e só se relaciona com a família", diz a delegada de Combate à Intolerância do RS, Andréa Mattos. Na última sexta ela apreendeu computadores e celulares do hamburguense, no bairro Liberdade, e de suposto comparsa em Tramandaí. "Temos inquérito em aberto, ainda sem indiciamento."
"A vida do mendigo não valia mais que 300 reais", gaba-se um dos agressores, para dizer que fez por dinheiro em desafio on-line patrocinado por lideranças do grupo. As imagens mostram que um supremacista chegou a dar duas estocadas no peito da vítima. A live teria ocorrido na noite de 20 de janeiro, em Porto Velho, capital de Rondônia. Apesar de escuro, o vídeo permite identificar que foi na frente de um prédio comercial da Avenida Carlos Gomes, no bairro São Cristóvão, perto do Centro.