Representantes do governo federal vão se reunir nesta terça-feira (30) com prefeitos gaúchos para detalhar o aporte de R$ 6,5 bilhões do PAC Seleções anunciados na semana passada para o Rio Grande do Sul. O dinheiro será destinado prioritariamente para prevenção de enchentes e queda de barreiras.
Foto: Paulo Pires/GES
Nesta manhã, em entrevista à Rádio Gaúcha, os ministros da Casal Civil, Rui Costa, da Reconstrução, Paulo Pimenta, do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Góes, e das Cidades, Jader Filho, detalharam as obras.
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“Começa com uma obra grande lá em cima, no Paranhana. Uma obra de proteção em Igrejinha. Depois contempla um conjunto de obras que vêm: São Leopoldo, Sapucaia, Esteio e Canoas”, explicou Pimenta. Somente em Canoas, uma obra para elevação dos diques custará mais de R$ 700 milhões.
Além disso, o recurso bilionário será destinado ao sistema do Rio Gravataí, entre Canoas e Cachoerinha, onde será finalizado o dique.
Também serão feitas obras na área do Arroio Feijó, que divide Porto Alegre, Alvorada e Viamão. As obras beneficiadoo município de Eldorado do Sul.
Conforme os ministro, serão feitas obras de macrodrenagem em Porto Alegre e na região metropolitana.
O que já se sabe sobre a verba de R$ 6,5 bilhões para conter enchentes
Segundo divulgado pelo governo na última semana, cerca de R$ 2 bilhões serão destinados para recuperação de estruturas comprometidas.
Os outros R$ 4,5 bilhões irão para projetos novos divididos em quatro bacias: Sinos (incluindo o Vale do Paranhana), Caí, Jacuí e Arroio Feijó (Porto Alegre, Alvorada e Gravataí). Segundo a Casa Civil, os projetos são integrados, ou seja, contemplam mais de uma cidade e visam reforçar a proteção contra cheias. Há projetos prontos, mas ainda não executados, e novos.
O governo não dá detalhes, mas a expectativa é que tenham sido incluídos no PAC Seleções projetos elaborados há dez anos pela Metroplan, com recursos do PAC, e que nunca saíram do papel. Eles foram detalhados pelo diretor-superintendente Francisco José Soares Horbe no seminário “Desafio da Região Metropolitana: O que fazer após a maior enchente da história do RS”, promovido pelo Grupo Sinos no início de julho, na Ulbra, em Canoas. Assista ao vídeo do seminário.
Segundo Horbe, os estudos foram licitados em 2012 e concluídos em 2018 e podem ser utilizados para ampliar a proteção contra enchentes no Vale do Sinos e Grande Porto Alegre. Alguns estão inclusive com licenciamento ambiental em vigor, ou seja, bastaria contratar a obra. Entre as medidas previstas estão a elevação de diques em São Leopoldo e construção de novos em Campo Bom, Sapucaia do Sul, Canoas e Nova Santa Rita.
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