O orçamento familiar costuma sofrer alguns impactos no início do ano, com as cobranças de impostos e reajustes de contas consideradas fixas. E para quem tem filhos matriculados na rede de ensino privado, o aumento previsto na mensalidade para o ano letivo de 2023 gira em torno de 11,7% nas instituições particulares de ensino gaúchas.
A informação foi divulgada pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), que calculou a média do reajuste com base em informações levantadas numa pesquisa feita com 145 escolas associadas, em outubro do ano passado.
Conforme divulgado, aproximadamente dois terços dos respondentes terão reajuste médio entre 6% e 12%. A projeção de aumento de custos das escolas para 2023, que está na faixa de 11,1%, portanto ficou próxima dos valores indicados para o acréscimo na mensalidade.
LEIA TAMBÉM
Pandemia influenciou
Dentre os principais fatores apontados na composição da mensalidade escolar atualizada, além do custo com pessoal, estão os reflexos da pandemia. Conforme divulgado pelo SINEPE, o orçamento das instituições de ensino também foi impactado pelo aumento de contas públicas, como aluguel, água e luz; e as escolas precisaram investir em infraestrutura e tecnologia.
“Em especial, no último ano tivemos um aumento significativo em investimentos para atender aos protocolos para o retorno às aulas presenciais, como ampliações de espaços físicos e aquisição de equipamentos para as aulas híbridas. Muitas escolas ainda estão pagando essa conta. E, ao mesmo tempo, não foi possível repassar na integralidade esses custos no reajuste das mensalidades porque as famílias também estavam com dificuldades”, salienta o presidente do Sinepe/RS, Oswaldo Dalpiaz.
Em Canoas, as intituições particulares de ensino não confirmaram como ficam os valores das mensalidades atualizadas, mas informaram que devem acompanhar a margem prevista pelo Sinepe para aplicar o reajuste.
Material, na ponta do lápis
E se tratando de custos com a Educação, mesmo quem tem filhos matriculados na rede pública precisa levar as contas na ponta do lápis, para não comprometer o orçamento neste início de ano letivo com as compras dos materiais escolares.
Para proteger pais e responsáveis de gastos abusivos, o próprio Procon de Canoas promoveu uma ação de fiscalização no comércio local, durante sete dias. Foi constatada variação de até 1.500% no preço de determinados materiais, como o dicionário, por exemplo.
A diretora do Procon de Canoas, Taís Marques, orientou que os pais pesquisem bastante antes de comprar, pois, assim, é possível adquirir materiais de qualidade, sem ter que pagar caro. Materiais de uso coletivo, como os de higiene, não podem ser cobrados pelas escolas.
- Categorias
- Tags