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Reajuste das escolas particulares: Veja qual é a previsão de aumento das mensalidades para 2024

Sinepe/RS aponta aumento de custos das escolas no mesmo patamar do valor projetado para o reajuste

Eduardo Amaral
Publicado em: 01/11/2023 às 03h:00 Última atualização: 01/11/2023 às 11h:14
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As mensalidades das escolas privadas do Estado devem ter um aumento médio de 8,6% no próximo ano. Essa é a perspectiva do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), divulgada na terça-feira (31) durante evento realizado em Porto Alegre. Mesmo com esse aumento nas mensalidades, a expectativa é de uma alta nas matrículas da rede privada no Estado, especialmente na educação básica.

Mensalidades das escolas privadas do Estado devem ter um aumento médio de 8,6% no próximo ano | Jornal NH



Mensalidades das escolas privadas do Estado devem ter um aumento médio de 8,6% no próximo ano

Foto: FreePik

O prognóstico do Sindicato é baseado em uma pesquisa realizada em 87 escolas privadas do Estado que responderam um questionário on-line até a primeira semana de outubro.

Os dados projetados levam em conta a expectativa de custos das instituições em 2024, os quais, segundo o Sinepe/RS, devem crescer os mesmos 8,6% que serão aplicados às mensalidades.

Segundo a pesquisa, as escolas privadas do Estado esperam um aumento de 4,2% nas matrículas, sendo que 88,6% esperam manter ou aumentar o número de alunos matriculados.

Presidente do sindicato, Oswaldo Dalpiaz, avalia que o aumento em matrículas é consequência uma mudança no perfil dos pais ao buscarem uma instituição de ensino.

“Está havendo um deslocamento das chamadas creches e escolas infantis para uma escola mais regular onde você tem educação infantil, fundamental e ensino médio, então muitas famílias querem fazer uma história dentro da escola, que a criança entre e continue”, avalia. Os novos valores de mensalidade devem começar a vigorar, na maior parte das escolas, já a partir de janeiro.

Principais custos

Durante a pesquisa, as escolas também foram questionadas a respeito das projeções de custos para o próximo ano. O pagamento de pessoal foi apontado como uma das principais despesas. Entretanto, um dos pontos que chamou atenção foi o aumento no investimento em segurança.

“A escola não pode ficar preocupada só com o portão, mas tem que ficar preocupada com lá dentro”, explicou Dalpiaz ao ser questionado sobre como as escolas devem se preparar para evitar casos de violência dentro do ambiente escolar. “É fácil contratar uma empresa de segurança e colocar na porta da escola, mas é preciso fazer mais do que isso”, pontuou o presidente.

Na avaliação de Dalpiaz, outro custo que deve subir no próximo ano, e ser uma tendência nos próximos anos, são os investimentos em tecnologias, que vêm ganhando mais espaço nas salas de aula.

Déficit a ser recuperado

O número de matrículas na rede privada teve um decréscimo considerável durante a pandemia, que também influencia no desempenho dos estudantes. Vencer esse déficit de aprendizagem é um dos desafios do setor educacional, o qual não tem como definir um prazo para que o problema seja resolvido.

Essa recuperação depende muito da realidade de cada escola, que também pode ser influenciada por questões locais. O Sinepe/RS aponta, por exemplo, que um dos fatores que podem aumentar as dificuldades é o cenário econômico.

Um dos exemplos do impacto econômico, que podem influenciar inclusive na inadimplência, são os prejuízos causados pelas chuvas, especialmente em regiões dependentes do agronegócio. “Na área que produz trigo, muitos perderam toda a plantação”, aponta Dalpiaz.

Outra preocupação apresentada pelo setor é quanto às incertezas envolvendo o novo ensino médio. Um novo projeto de reforma deve ser enviado ao Congresso nas próximas semanas, já que o modelo aprovado no governo Michel Temer foi rechaçado por profissionais das escolas públicas e pela base de apoio da gestão Luiz Inácio Lula da Silva.

Mesmo assim, o Sinepe/RS aponta que a rede particular tem capacidade de se adaptar mais rápido à mudança, embora investimentos já tenham sido feitos para implementar o modelo anunciado em 2016.

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