O estudo do Instituto de Longevidade que apresenta o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), divulgado na última semana, traz um ranking brasileiros das melhores cidades para se envelhecer, levando em conta aspectos econômicos, de saúde e socioambientais.
O levantamento vem de encontro com uma constatação dos dados levantados no Censo 2022, divulgados pelo IBGE: a população brasileira está envelhecendo cada vez mais. Estamos com a média de idade em 35 anos, já a média do Rio Grande do Sul é ainda mais alta: 38 anos.
Entre os município da região de cobertura do Grupo Sinos, há alguns destaques no estudo que avalia a capacidade dos municípios em criar as condições adequadas para um envelhecimento saudável e sustentável.
Novo Hamburgo aparece em destaque, na 93º posição, entre os 326 municípios na categoria de grandes cidades. Na categoria de cidades médias, de um universo de 674 cidades, os destaques regionais vão para Gramado e Montenegro, em 2º e 34º lugares, respectivamente. Já entre as cidades pequenas, que somam 4.570 cidades brasileiras, o melhor desempenho foi de Nova Petrópolis, na 131ª posição.
Confira a seguir o desempenho dos 50 municípios da região:
Cidades grandes (100 mil habitantes ou mais – 326 municípios brasileiros)
30º lugar – Porto Alegre
93º lugar – Novo Hamburgo
123º lugar – Canoas
177º lugar – Cachoeirinha
224º lugar – Gravataí
231º lugar – Sapucaia do Sul
245º lugar – São Leopoldo
Cidades médias (entre 34.850 e 99.999 habitantes – 674 municípios brasileiros)
2º lugar – Gramado
34º lugar – Montenegro
110º lugar – Esteio
116º lugar – Tramandaí
167º lugar – Campo Bom
177º lugar – Igrejinha
225º lugar – Canela
228º lugar – Osório
270º lugar – Santo Antônio da Patrulha
301º lugar – Estância Velha
308º lugar – Sapiranga
318º lugar – Portão
376º lugar – Parobé
390º lugar – Taquara
Cidades pequenas (população até 34.849 habitantes – 4.570 municípios brasileiros)
131º lugar – Nova Petrópolis
291º lugar – Bom Princípio
321º lugar – Presidente Lucena
331º lugar – Feliz
347º lugar – Salvador do Sul
477º lugar – São José do Hortêncio
491º lugar – Riozinho
506º lugar – Ivoti
520º lugar – Dois Irmãos
528º lugar – Brochier
575º lugar – Harmonia
618º lugar – Tupandi
718º lugar – São Vendelino
825º lugar – Alto Feliz
1.122º lugar – Linha Nova
1.129º lugar – Picada Café
1.144º lugar – Imbé
1.357º lugar – Santa Maria do Herval
1.428º lugar – Rolante
1.521º lugar – São Sebastião do Caí
1.743º lugar – Araricá
2.215º lugar – Pareci Novo
2.229º lugar – Três Coroas
2.292º lugar – São Francisco de Paula
2.533º lugar – Nova Santa Rita
2.624º lugar – Lindolfo Collor
2.632º lugar – Morro Reuter
2.857º lugar – Vale Real
2.912º lugar – Nova Hartz
3.250º lugar – Capela de Santana
Destaques segmentados do RS
No ranking nacional que avalia individualmente o desempenho das cidade em cada uma das três variáveis avaliadas – saúde, economia e socioambiental – há cidades gaúchas no top 10 nacional de melhores cidades para as finanças, para bem-estar e para cuidar da saúde.
Economia: No quesito economia aparecem os municípios gaúchos Bento Gonçalves (5º), Erechim (6º), Santa Cruz do Sul (8º) e Novo Hamburgo (10º), na categoria cidades grandes. Nas cidades médias aparecem Garibaldi (3º) e Lajeado (9º). Nas cidades pequenas aparecem Dois Lajeados (1º), Muçum (2º), Humaitá (3º), Monte Belo do Sul (5º), Viadutos (6º), Putinga (7º), Campinas do Sul (8º) e Mariano Moro (9º).
Saúde: No quesito que avalia as melhores cidade para cuidar da saúde, apenas um município gaúcho aparece no rankin de cidades grandes: Passo Fundo, na 9ª posição. Porto Alegre, por exemplo, aparece apenas na 16ª colocação nacional. Nas cidades médias e pequenas, não há municípios gaúchos no top 10.
Socioambioental: Na avaliação das melhores cidades para o bem-estar, nas categorias cidades grandes e médias, não há municípios do Rio Grande do Sul entre os 10 melhores resultados no Brasil. Na categoria das cidades pequenas, dois municípios litorâneos gaúchos estão no top 10: Xangri-lá, em 1º lugar e Imbé 10º lugar.
A avaliação
Para avaliar todos esses municípios o IDL 2023 considerou dados públicos como IBGE, DataSUS e INSS que foram consultadas e foram definidos 23 indicadores divididos em três variáveis:
Saúde – Estabelecimentos de saúde; Leitos hospitalares; Profissionais de saúde; Cobertura vacinal; Procedimentos ambulatoriais; Procedimentos hospitalares; Óbitos por doenças infecciosas e parasitárias, endócrinas, nutricionais e metabólicas, e por doenças de aparelho circulatório ou causas externas.
Socioambiental – Mortalidade por causas não naturais; Carga tributária; Engajamento cívico de idosos; Relações afetivas; Conectividade; e aprendizado contínuo entre idosos.
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Economia – Representatividade da população de idosos; Longevidade esperada aos 60 anos; Produção de riqueza municipal; Capacidade de consumo de aposentados; Segurança financeira dos idosos; Vulnerabilidade social dos idosos; Endividamento municipal.