O Ministério da Saúde iniciou uma nova fase da campanha de vacinação contra a Covid-19, visando imunizar pelo menos 70 milhões de pessoas.
Na primeira metade de maio, o Brasil recebeu 9,5 milhões de doses da vacina atualizada para a variante XBB.1.5 (cepa predominante no momento), que estão sendo distribuídas aos estados conforme agendamento logístico.
A monovalente XBB é a versão mais atualizada da vacina para combater as variantes da doença, mantendo eficácia e segurança semelhantes às versões bivalentes. Foi aprovada pela Anvisa em 6 de março deste ano, atendendo à solicitação da empresa Moderna em agosto de 2023.
Elas são oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), após passarem por rigorosos controles de qualidade.
Conforme o esquema vacinal atualizado em 1º de janeiro, a vacina contra a Covid-19 deve ser aplicada em crianças de 6 meses a menores de 5 anos e está inclusa no Calendário de Vacinação.
Grupos prioritários com 5 anos de idade ou mais, independentemente do número de doses prévias recebidas, deverão receber uma dose anual ou semestral, enquanto pessoas com mais de cinco anos, que não pertencem aos grupos prioritários, poderão receber uma dose.
O primeiro lote foi entregue em 9 de maio, permitindo a aplicação imediata por parte dos estados. As doses adquiridas emergencialmente, de acordo com o Ministério da Saúde, são suficientes para suprir as necessidades dos estados e municípios até que novas aquisições sejam feitas.
Embora as primeiras doses tenham validade até junho e julho de 2024, a Anvisa estendeu esse prazo para setembro e outubro de 2024, seguindo recomendações internacionais.
A mudança para 2024 passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI) e considerou as atuais recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre priorização de vacinação para os grupos de alto risco e aqueles mais expostos.
O Ministério da Saúde enfatiza que as vacinas disponíveis nos postos de vacinação continuam efetivas contra as variantes em circulação no país. O esquema vacinal completo, incluindo as doses de reforço, quando recomendado, é essencial para evitar formas graves e óbitos pela doença.
Novo Hamburgo
Em Novo Hamburgo foram vacinadas aproximadamente 5,2 mil pessoas contra a Covid-19 em 2024, enquanto foram registrados 1.342 casos da doença. Por conta das enchentes, a cidade chegou a ter oito unidades de saúde fechadas, mas quatro já estão abertas.
Permanecem fechadas as unidades de saúde da família (USF) Kroeff, Liberdade, Getúlio Vargas e Palmeira. As duas primeiras serão reabertas nos próximos dias, enquanto as outras duas não há previsão de retomada em razão do volume de estragos. “A orientação é que a população que necessite de atendimento busque a unidade mais próxima que estiver aberta”, informa a Prefeitura.
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Por sua vez, a partir deste sábado (8), a Casa da Vacina volta a abrir também aos sábados das 9h às 16h, para aplicar os imunizantes contra a gripe e a Covid em crianças e adultos, além de realizar a atualização da caderneta de vacinação. Nos outros dias, o atendimento segue normal de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h30. A Casa da Vacina fica na Avenida Coronel Frederico Linck, nº 900, bairro Rio Branco.
Idosos são os que mais procuram
Conforme a Prefeitura, normalmente, quem mais adere à vacinação são os idosos, seja ela contra a Covid ou as demais disponíveis no calendário vacinal. Entre as estratégias para a vacinação, além da abertura da Casa da Vacina nos sábados, o Município também tem levado as vacinas aos bairros por meio da unidade móvel (Ônibus da Saúde) e com ações em escolas aos finais de semana.
No caso da vacina contra a gripe, Novo Hamburgo também chegou a levar a imunização diretamente para a casa das pessoas nos bairros Santo Afonso, Guarani, Operário, Canudos e Rondônia, além de drive thru no estacionamento da Prefeitura.
Para receber qualquer imunizante, é necessário apresentar documento de identidade com foto, comprovante de residência em Novo Hamburgo ou cartão do SUS do Município. Além desta documentação, para a vacina contra a Covid, é preciso o comprovante de vacinação das doses recebidas anteriormente.
Em São Leopoldo, secretário fala em baixa procura
Em São Leopoldo, 16 Unidades Básicas de Saúde (UBS) foram atingidas pela enchente do final de abril e todo o mês de maio. Apesar disso, o Município aplicou 4.10 doses em 2024, sendo 687 da nova vacina monovalente XBB.
“A procura por parte da população é baixa. Mas a Prefeitura não mede esforços para que a imunização chegue até a população, apesar da catástrofe climática.
Das 16 UBS atingidas, oito tiveram perda total. No entanto, reabrimos imediatamente 10 pontos com salas de vacina, além da unidade móvel que circula pela cidade, atendendo comunidade e abrigos”, destacou o secretário da Saúde Julio Dorneles.
A população pode buscar o imunizante de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h às 16h30, nas UBS’s: Campestre, Centro do Idoso, Cohab Duque, Parque Mauá, Santa Marta, Santo André, Cohab Feitoria, Imigrante, Rio Branco e Scharlau.
Canoas teve 20 mortes em 2024
Canoas foi uma das cidades que mais sofreu com a enchente de maio no Rio Grande do Sul, no entanto, não já não há mais áreas alagadas. Por isso, equipes volantes do município estão realizando a vacinação e ações com atendimento nas áreas alagadas.
Somente neste ano, 20 óbitos em decorrência da Covid-19 foram registrados na cidade e um total de 1563 casos confirmados da doença.
Os idosos também são o público que mais busca a vacinação em Canoas e já estão em funcionamento as unidades: Caic, Estância Velha, Guajuviras e São Vicente das 7h às 19h, e Concoban, Igara, Fernandes, Olaria, Santa Isabel, São José e São Luís das 8h às 17 horas.
“É importante que as pessoas de maior risco realizem a vacina periódica para Covid. Foi observado pela Organização Mundial da Saúde, que esse grupo tem o maior risco de infecção e evolução de formas mais graves da doença. Então, a vacina está disponível, é importante que todos busquem e fiquem em dia com a vacinação para diminuir as internações”, alerta a secretária-adjunta de Saúde de Canoas, Caroline Schirmer.
Vacinação contra a Poliomielite
Devido à catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul, o Estado não irá realizar, neste momento, a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite, que começou em território nacional no dia 27 de maio e seguirá até o dia 14 de junho.
O Estado aguarda orientação do Ministério da Saúde para saber se a campanha será realizada em outro período, contudo, a vacinação deve continuar a ser feita em crianças aos 2, 4, e 6 meses com vacina injetável, além de um reforço aos 15 meses e outro aos 4 anos com a vacina oral, a gotinha.
O objetivo do Ministério da Saúde é imunizar pelo menos 95% do público alvo, correspondente a cerca de 13 milhões de crianças menores de cinco anos. A vacina contra a poliomielite combate a paralisia infantil.