Maria Eduarda da Silva Lima, 21 anos, é moradora de Cachoeirinha, na região metropolitana e será uma das representantes do Brasil no Certiport’s Adobe Cerified Professional World Championship. A competição acontece entre os dias 28 e 31 de julho, na Califórnia, Estados Unidos e vai escolher as pessoas mais criativas do mundo.
“A ficha ainda não caiu 100%, estou muito feliz, muito emocionada.” A classificação para a etapa mundial ocorreu após o 1º lugar conquistado na seletiva nacional, onde ela representou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS). No dia da competição, o tema do trabalho foi definido na hora: a identidade visual para uma ONG. “Fiz uma arte carrossel, de quatro fotos e uma arte para stories, todos de redes sociais.”
A gaúcha afirma que o momento é algo inédito em sua vida. “Completamente fora da minha realidade, nunca fui para outro país, mal para fora do meu Estado.”
No total, a etapa no Brasil reuniu 152 concorrentes. “Ficamos meses estudando. Todo mundo merecia, mas posso dizer que não fiquei surpresa, nos empenhamos muito para conseguir esse resultado. Estamos aproveitando cada momento e cada segundo disso.”
Estudante de escolas públicas e de cursos gratuitos, a jovem moradora de Cachoeirinha começou a preparação profissional desde cedo, aos 14 anos. “Foi quando comecei meu primeiro curso pelo Senai. Depois nunca mais parei de estudar.”
Em 2019 Maria Eduarda se formou em Comunicação Visual no Senai Artes Gráficas. “Agora as oportunidades estão surgindo. Os retornos estão vindo, minha família está muito orgulhosa, a minha professora Karine Collioni, que vai me acompanhar também.”
Inspiração
A aluna mais criativa do Brasil acredita que as experiências da vida são fonte de inspiração. “A vida toda vamos aprendendo coisas novas e montando uma espécie de banco de criação em nosso cérebro, então olhamos algumas ideias e vamos nos inspirando, guardando na memória, pensando em algo fora da caixinha. A arte aplicada na vida faz muita diferença na hora de criar.”
E a moradora de Cachoeirinha destaca que não consegue se imaginar fazendo outra coisa. “Eu amo o que faço. Sempre que tem algo novo, algum projeto de cultura, gosto de participar para agregar novas referências e ideias.”
Mensagens de antigos professores
Maria Eduarda recorda de momentos da infância e avalia que a participação em projetos foram fundamentais para o momento que está vivendo. “Participava de projetos culturais, no Ivo Rech tive aulas de desenho, coral, inglês, me inscrevia em qualquer novidade que surgia na escola.”
A designer contou que, inclusive, professores do ensino fundamental enviaram mensagens. “Falaram que lembram de mim, achei isso muito legal e gratificante.”
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“Não pensava que se tornaria uma profissão”
O interesse pela arte surgiu desde cedo e quem a incentivou foi a mãe, Dona Margarete. “Sempre gostei de desenhar, mas não imaginava que poderia se tornar uma profissão. O primeiro incentivo foi proporcionado pela minha mãe, que com 12 anos me inscreveu em um curso do Senai. No entanto, precisei esperar até os 14 para começar.”
O curso teve a duração de dois anos. “Fizemos todos os tipos de trabalho: criação de embalagens, Photoshop, redes sociais. É um curso bem completo que o Senai oferece, principalmente para pessoas de baixa renda, já que paga um valor para podermos estudar”, completa.