Depois de quatro meses da maior enchente da história do Rio Grande do Sul, a Câmara de Vereadores de São Leopoldo retoma as suas sessões presenciais nesta terça-feira (3), às 10 horas, novo horário que teve início em agosto e será mantido até o fim das eleições, em outubro. A sessão, como ocorre tradicionalmente nas terças-feiras, é sem votações de projetos e tem tribuna livre.
Foto: Camila Capelão/Divulgação
O Legislativo, na Rua Independência, 66, no Centro, também foi severamente atingido pela cheia de maio, exigindo melhorias e reforma. Neste período, as sessões eram somente virtuais. Enquanto não ocorriam as sessões, a comunidade seguiu atendida, com todos os gabinetes abertos.
“O imóvel estava colapsado, rede elétrica, água, Internet, mobiliário, paredes e divisórias”, recorda a presidente da Câmara, vereadora Iara Cardoso. “Também a grande dificuldade pela precariedade de empresas a disposição para realizar os serviços. Tudo foi muito difícil e trabalhoso. Os vidros, por exemplo, foram mais de 30 dias para uma empresa conseguir ir até a Câmara para orçar. Mas vencemos, e agora é honrar a instituição com o trabalho e dedicação de cada um de seus representantes.”
Prejuízos
Além do plenário, vários outros espaços do primeiro piso, como cozinha, setor de informática, Recursos Humanos e Departamento Jurídico, foram atingidos. No caso do plenário, a água chegou a dois metros de altura. Foram necessários, além da limpeza e higienização, reparos no reboco, pintura, troca de móveis do plenário, entre outras áreas.
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No fim de junho, Iara estimava que o local pudesse ser reaberto ainda em julho, para sediar as convenções partidárias, mas acabou não se concretizando.
Segundo Iara, o total gasto com limpeza, manutenção e reforma chegou a R$ 227.245,00. Inicialmente se estimou que chegaria a mais de R$ 290 mil. Segundo a presidente, efetivamente a Câmara investiu R$ 142.970,00, pois R$ 84.275,00 foram e estão sendo abatidos do aluguel do prédio.
Desconto no aluguel
A sede do Legislativo leopoldense é o prédio histórico alugado do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Servidores Municipais de São Leopoldo (IAPS), na Rua Independência, 66. Conforme a presidente da Câmara de Vereadores, Iara Cardoso, gastos com higienização, limpeza, pintura, elétrica, piso somaram R$ 113.245,00, sendo que R$ 84.275,00 deste valor estão sendo descontados do aluguel da Câmara.
Foto: Fotos Divulgação
O valor do aluguel mensal é R$ 41 mil. O piso do plenário, material, mão de obra tiveram um custo de R$ 47.500,00 e os móveis do plenário outros R$ 47 mil. Com equipamentos de informática para o plenário, para o RH e o setor de Informática foram investidos R$ 67 mil.
Prédio histórico é tombado
Dificuldades para reforma também ocorreram em função do prédio ser tombado. “Mas conservamos tudo que era original”, informa a presidente. O prédio onde funciona o Legislativo municipal é tombado pelo patrimônio histórico do Estado desde 1982. Os três prédios construídos nas primeiras décadas do século 20 formavam o antigo Seminário Evangélico.
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Sua última reforma, para então abrigar a Câmara de Vereadores, havia ocorrido em 1996. A possibilidade da Câmara de Vereadores ocupar a antiga sede da Unisinos fica adiada com a enchente. “Possivelmente nesta Legislatura, a Câmara fica na atual sede”, diz Iara.
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